Dizem
todos os Espíritos que, na erraticidade,
eles se aplicam a pesquisar, estudar, observar,
a fim de fazerem a sua escolha para a próxima reencarnarão.
[9a - página 176 questão 266]
(Ver: Fatalidade) Os
Espíritos pressentem em que época reencarnarão,
como sucede ao cego que se aproxima do fogo. Sabem que têm de retomar a
um corpo, como sabemos que temos de morrer um dia, mas ignoram quando isso
se dará. A reencarnação é uma
necessidade da vida espírita, como a morte o é da vida corporal.
[9a - página 195 questão 330] Nem
todos os Espíritos se preocupam com a sua reencarnação. Muitos há que em tal
coisa não pensam, que nem sequer a compreendem. Depende de estarem mais ou
menos adiantados. Para alguns, a incerteza em que se acham do futuro que os
aguarda constitui punição.
[9a - página 195 questão 331] O
Espírito pode apressar ou retardar o momento da sua reencarnarão.
Pode apressá-lo, atraindo-o por um desejo ardente. Pode igualmente distanciá-lo,
recuando diante da prova, pois entre os Espíritos também há covardes e indiferentes. Nenhum, porém
assim procede impunemente, visto que sofre por isso, como aquele que recusa o
remédio capaz de curá-lo.
[9a - página 195 questão 332] Se
o Espírito se considerasse bastante feliz, numa condição mediana entre os Espíritos_errantes e, conseguintemente, não ambicionasse elevar-se, poderia
prolongar esse estado, não
indefinidamente. Cedo ou tarde, o Espírito sente a necessidade de
progredir. Todos têm que se elevar; esse o destino de todos.
[9a - página 196 questão 333] O
Espírito pode, também, escolher o corpo, porquanto as imperfeições que este
apresente ainda serão, para o Espírito, provas
que lhe auxiliarão o progresso, se vencer os obstáculos que lhe oponha. Nem sempre, porém, lhe é permitida a escolha do seu invólucro_corpóreo; mas,
simplesmente, a faculdade de pedir que seja tal ou qual. Se o
Espírito recusar, à última hora, tomar o corpo por ele escolhido, sofreria
muito mais do que aquele que não tentasse prova alguma. [9a - página 196 questão 335]
Especialistas do plano_espiritual examinam a geografia dos genes
nas estrias cromossômicas,
a fim de certificarem até que ponto podem colaborar em favor do reencarnante,
com recursos magnéticos para a organização das propriedades hereditárias. (Ver: Epigenética) [16a - página 188 ] -André Luiz ____São inúmeros os projetos de corpos futuros nos setores de serviço das instituições
reencarnacionistas. Depreende-se, da maioria deles, que todos os enfermos na
carne são almas em trabalho da ingente conquista de si próprias. Ninguém trai
a Vontade de Deus, nos processos_evolutivos, sem graves tarefas de reparação, e todos os que tentara
enganar a Natureza, quadro legítimo das Leis Divinas, acabam por enganar a si
mesmos. A vida é uma sinfonia perfeita. Quando procuramos desafiná-la, no círculo
das notas que devemos emitir para a sua máxima glorificação, somos compelidos
a estacionar em pesado serviço de recomposição da harmonia quebrada. [16a - página 165 ] -André Luiz Todo plano
traçado na Esfera Superior tem por objetivos fundamentais o bem e a ascensão,
e toda alma que reencarna no círculo da Crosta,
ainda aquela que se encontre em condições aparentemente desesperadoras, tem
recursos para melhorar sempre. [16a - página 209 ] - André Luiz ____Depoimento de um espírito, momentos antes da reencarnação:
____"Já estive mais animado — disse ele, triste — entretanto, agora,
falece-me a energia ... Sinto-me fraco, incapacitado ... Enquanto
lutei por obter a transformação de meu futuro pai, experimentava mais confiança
e serenidade ... agora, porém ..., que consegui a dádiva do
retorno à luta, tenho receio de novos fracassos ... ____Dentre
todos os irmãos que me assistem agora, Herculano me acompanhará com desvelo e
constância ... Bem sei. No entanto, o renascimento
na carne, com os valores espirituais que já possuímos, representa
um fato gravíssimo em nosso processo de elevação ... Ai de mim, se cair
outra vez! ..." ____O orientador falou-lhe com afetuosa autoridade: ____Restaure sua fé, regenere a esperança. Não deixe de cooperar com a sua confiança em nosso Labor para o seu próprio
benefício. Dê trabalho à sua imaginação criadora. Mentalize os primórdios
da condição fetal, formando em sua mente o modelo adequado. Você encontrará
na maternidade nobre de Raquel os mais eficientes auxílios e receberá de nós
outros a mais decidida colaboração; entretanto, lembre-se de que o seu
trabalho individual será muito importante, no setor da adaptação e da recepção,
para que triunfe na presente oportunidade. Não perca tempo em expectativas
ansiosas, cheias de dores e apreensões. Levante o padrão de suas forças
morais. ____Um
dos Espíritos Construtores, que parecia o chefe do grupo em operações, abraçou-o,
comovidamente, e falou: ____Contamos
com o seu concurso para a divisão da cromatinano útero materno. ____A
modelagem fetal e o desenvolvimento do embrião obedecem a leis físicas
naturais, qual ocorre na organização de formas em outros reinos da Natureza,
mas, em todos esses fenômenos, os ascendentes de cooperação espiritual
coexistem com as leis, de acordo com os planos de evolução ou resgate.
O concurso da espiritualidade, portanto, em processos tais, é uma das tarefas
mais comuns. [16a - página 188 ] - André Luiz (Ver: Epigenética )
Os nossos irmãos ignorantes e infelizes, reclamam quase absoluto estado de
inconsciência para penetrarem, de novo, o santuário material.
[16a - página 189 ] - André Luiz
(Ver: restringimento
) ____No
momento de encarnar, o Espírito sofre perturbação muito maior e
sobretudo mais longa à que experimenta ao desencarnar.
[9a - página 197 questão 339 ] Na
incerteza em que se vê o Espírito, quanto às eventualidades do seu triunfo
nas provas que vai
suportar na vida, tem o Espírito uma causa de grande ansiedade antes da sua
encarnação. Pois que as provas
da sua existência o retardarão ou farão avançar (progredir), conforme as
suporte.
[9a - página 198 questão 341 ] ____Assim
como, para o Espírito, a morte do corpo é uma espécie de renascimento, a reencarnarão é uma espécie de morte, ou antes, de exílio, de clausura. Reencarnará, como o homem sabe que
morrerá. Mas, como este com relação à morte, o Espírito
só no instante supremo, quando chegou o momento predestinado, tem consciência de que vai reencarnar. Então, qual do homem em agonia,
dele se apodera a perturbação, que se prolonga
até que a nova existência se ache positivamente encetada. À aproximação do momento de reencarnar, sente uma espécie de agonia. Procede como o viajante que embarca para uma travessia perigosa e que não sabe
se encontrará ou não a morte nas ondas que se decide a afrontar. O viajante
que embarca sabe a que perigo se lança, mas não sabe se naufragará. O mesmo
se dá com o Espírito: conhece o gênero das provas a que se submete, mas não
sabe se sucumbirá.
[9a - página 197 questão 340 ]
____Aproximando-se o momento de reencarnação, o Espírito
reencarnante, comumente, entra em gradativo processo de redução_psicossômica
(lembrando o chamado fenômeno da ovoidização), o qual acontece
concomitantemente com a diminuição da consciência de si. Para os Espíritos
superiores dispensariam esse apagamento da consciência, pelo menos, até as
fases finais.No momento da concepção
do corpo que se lhe destina, o Espírito é apanhado por uma corrente fluídica
que, semelhante a uma rede, o toma e aproxima da sua nova morada.Desde o instante da concepção, a perturbação ganha o Espírito; suas
ideias se tornam confusas; suas faculdades se somem. No ato da reencarnação,
as faculdades do Espírito não ficam apenas entorpecidas por uma espécie de
sono momentâneo, todas, sem exceção, passam ao estado de latência. [1 - páginas 39/40] [15 - cit. páginas
202 / 203]* (Ver: Monoideísmo e
Reencarnação
) ____... Túlio, algo melhor ante as promessas de futura assistência por parte
daquela a quem amava tanto, concordou em matricular-se voluntàriamente no Instituto
de Serviço para a Reencarnação (1),internando-se, de pronto, num
dos gabinetes de restringimento,
entregando-se aos aprestos necessários. ____Antecedendo, porém, a medida, certa noite, em que Serpa se ausentara do lar,
foi levado à presença de Vera, para familiarizar-se, de algum modo, com aquela
que o receberia nos braços de mãe...
____... Na base da verdade prometida, Túlio renasceria de Caio
Serpa, absolutamente magnetizado pelo devotamento materno, a fim de se
reaproximar do antigo adversário e metamorfosear ressentimento em amor,
pela terapêutica do esquecimento...
____... Toda construção nobre há que ser dirigida. Primeiro,
o projeto; em seguida, a execução...
- No plano físico, idealiza-se a continuação da vida,
no mundo espiritual...
- No mundo espiritual, idealiza-se a correção, o
reajuste, a melhoria e o polimento dessa mesma vida, no plano físico.
____Somos
viajores do berço para o túmulo e do túmulo para o berço, renascendo na Terra
e na Espiritualidade, tantas vezes quantas se fizerem precisas, aprendendo,
renovando, retificando e progredindo sempre, conforme as Leis do Universo, até
alcançarmos a Perfeição, nosso destino comum...
____(1)
Organização do Plano Espiritual. — Nota
do autor espiritual. [73 - página 229/232] - André Luiz No
momento de reencarnar,
depende da esfera a que pertença. Se já está nas em que reina a afeição, os
Espíritos que lhe querem o acompanham até o último
momento, animam e mesmo lhe seguem, muitas
vezes, os passos pela vida em fora.
[9a - página 198 questão 342]
____Quando
o Espírito tem de encarnar num corpo_humano em vias de formação,
um laço_fluídico, que mais não é do que uma expansão do seu
perispírito,
o liga ao gérmen que o atraí por uma força irresistível, desde o momento
da concepção. A medida que o gérmen se desenvolve, o laço se encurta.
Sob a influência do princípio_vito-material do gérmen, o perispírito, que possui
certas propriedades da matéria,
se une, molécula a molécula, ao corpo em
formação, donde o poder dizer-se que o Espírito, por intermédio do seu perispírito, se enraíza, de certa maneira,
nesse gérmen, como uma planta na terra. Quando o gérmen chega ao seu pleno desenvolvimento, completa é a união;
nasce então o ser para a vida exterior. [38 - cap. XI página 214 item 18] |
Os processos
de reencarnação, tanto quanto os da morte física, diferem
ao infinito, não existindo, segundo cremos, dois absolutamente iguais. As
facilidades e obstáculos estão subordinados a fatores numerosos, muitas vezes
relativos ao estado consciencial dos próprios interessados no regresso
à Crosta ou na libertação
dos veículos carnais.
- Há
companheiros de grande elevação que, ao voltarem à esfera mais densa em
apostolado de serviço e iluminação, quase dispensam o nosso
concurso.
- Outros
irmãos nossos, contudo, procedentes de zonas inferiores, necessitam de
cooperação muito mais complexa que a exercida no caso
de Segismundo.
[16a - página 189 ] - André Luiz ____Na reencarnação_de_Segismundo, Herculano - amigo do plano espiritual - permaneceu em definitivo junto a ele, na nova
experiência, até que Segismundo atinja os sete anos, após o renascimento,
ocasião em que o processo reencarnacionista estará consolidado. Depois desse período, a sua tarefa de amigo_e_orientador será amenizada, visto que seguirá o nosso irmão em
sentido mais distante. Sei que o devotado companheiro tomará todas as providências
indispensáveis à harmoniosa organização fetal, seja auxiliando o
reencarnante, seja defendendo o templo maternal contra o assédio de forças
menos dignas; entretanto, peço-lhes muita atenção nos primórdios de formação
do timo, glândula, como sabem, de importância essencial para a vida_infantil,
desde o útero materno. Precisamos do equilíbrio perfeito desse departamento
glandular, até que se forme a medula óssea e se habilite à produção dos
corpúsculos vermelhos para o sangue. Os diversos gráficos das disposições cromossômicas facilitarão os serviços dessa natureza. [16a - página 201] - André Luiz Se é muito difícil explicar aos homens encarnados fatos rotineiros como
os do alimento_mental,
a que nos referimos repetidas dezenas de vezes, durante cada dia de luta carnal,
como informá-los, com exatidão e minúcias, quanto à ambientação do molde
vivo para a edificação fetal na intimidade uterina? Precisamos esperar pelo
concurso do tempo para conjugar as nossas experiências.
[16a - página 221] - André Luiz O trabalho completo de reencarnação, com a plena integração do espírito
reencarnante nos elementos físicos, somente se verifica aos sete anos de idade.
[16a - página 229] - André Luiz Escolha
das crenças ou cultos
____Todos
os Espíritos, reencarnando_no_planeta, trazem consigo a ideia de Deus,
identificando-se de modo geral nesse sagrado princípio.
____Os
cultos_terrestres, porém, são
exteriorizações desse princípio divino, dentro do mundo convencional, depreendendo-se
daí que a Verdade é uma só, e que as seitas terrestres são materiais
de experiência e de evolução, dependendo a preferência de cada um do estado_evolutivo em que se encontre no aprendizado da existência humana,
e salientando-se que a escolha está sempre de pleno acordo com o seu estado íntimo,
seja na viciosa tendência
de repousar nas ilusões do culto externo, seja, pelo esforço sincero de
evolutir, na pesquisa incessante da edificação divina.
[41a - página 173] - EMMANUEL - 1940 Prelúdio da volta - Livro dos Espíritos
Oração
de Druso (instrutor de André Luiz), antes de sua reencarnação. ____Druso ergueu-se e rogou permissão para orar à despedida.
____Todas as frontes penderam silenciosas, enquanto
a voz dele se elevou para o Infinito, à maneira de melodia emoldurada de lágrimas.
____- Senhor Jesus - clamou humilde - neste
instante em que te oferecemos o coração, dera que nossa alma se incline, reverente, para agradecer-te as bênçãos de luz que a
tua incomensurável bondade aqui nos concedeu em cinqüenta anos de amor...
____Tu, Mestre, que ergueste Lázaro do sepulcro, levantaste-me
também das trevas para a alvorada remissora, lançando no inferno de minha
culpa o orvalho de tua compaixão...
____Estendeste os braços magnânimos ao meu espírito
mergulhado na lodosa corrente do crime.
____Trouxeste-me do pelourinho do remorso para o serviço da
esperança.
____Reanimaste-me quando minhas forças desfaleciam...
____Nos dias agoniados, foste o alimento de minhas ânsias; Nas sendas mais escabrosas, eras, em tudo, o meu
companheiro fiel.
____Ensinaste-me, sem ruído, que somente através da
recuperação do respeito a mim mesmo, no pagamento de meus débitos, é que poderei empreender a reconquista
de minha paz...
____E confiaste-me, Senhor, o trabalho neste pouso
restaurador, com assistência constante de tua benevolência infinita, a fim de que eu pudesse avançar das sombras da noite
para o fulgor de novo dia!...
____Agradeço-te, pois, os instrutores que me deste, a
cuja devoção afetuosa tão pesado tenho sido, os companheiros generosos que tantas vezes me suportaram as
exigências e os irmãos enfermos que tantos ensinamentos preciosos me trouxeram ao coração!...
____E agora, Senhor, que a_esfera dos homens me_descerrará_de_novo as portas, acompanha-me, por acréscimo de misericórdia, com a
graça de tua bênção.
____Não permitas que o reconforto_do_mundo me faça
esquecer-te e constrange-me ao convívio da humildade para que o orgulho me não sufoque.
____Dá-me a luta edificante por mestra do meu resgate
e não retires o teu olhar de sobre os meus passos, ainda que, para isso, deva ser o sofrimento constante a marca de meus
dias.
____E, se possível, deixa que os irmãos desta casa me
amparem com os seus pensamentos em orações de auxilio, para que, no pedregoso caminho da regeneração
de que careço, não me canse de louvar-te o excelso amor para sempre!...
____Calou-se Druso, em pranto.
[83 - página 271] - André Luiz
Trabalhos reencarnacionistas na Casa Transitória de Fabiano
____Irmão_Gotuzo : Aqui acompanhamos situações dolorosas, através de incidentes desagradabilíssimos para a sensibilidade. São trabalhos reencarnacionistas de ordem inferior, mais difíceis e complexos. Não calcula o que sejam. Há verdadeira mobilização de inúmeros benfeitores sábios e piedosos, dos planos mais altos, que nos traçam as necessárias diretrizes. Por vezes surgem problemas torturantes no esforço de aproximação e ligação dos interessados ao ambiente em que serão recebidos, de tal modo deploráveis, que muito angustiosas para nós se fazem as situações, sendo imprescindível o concurso de elevado número de obreiros. Segue-se a reencarnação_expiatória de inenarráveis padecimentos, pelas vibrações contundentes do ódio e das humilhações punitivas.
- Na esfera venturosa em que você habita, André, há institutos para considerar as sugestões da escolha pessoal. O livre_arbítrio, garantidor de créditos naturais, pode solicitar modificações e apresentar exigências justas,
- mas, aqui, as condições são diferentes... Almas grosseiras e endividadas não podem ser atendidas em suas preferências acerca do próprio futuro, em virtude da ignorância deliberada em que se comprazem, indefinidamente, e, de acordo com aqueles que as tutelam da região superior, são compelidas a aceitar os roteiros estabelecidos pelas autoridades competentes para os seus casos individuais. Por nossa vez, somos executores das providências respectivas e constitui-nos obrigação vencer os mais extensos e escuros obstáculos.
- Nesses quadros de dor, vemos pais e mães que, instintivamente, repelem a influenciação dos filhinhos, antes do berço, dando pasto a discórdias sem nome, a antagonismos aparentemente injustificáveis, a moléstias indefiníveis, a abortos_criminosos.
- Enquanto isso ocorre, os adversários que reencarnam, em obediência ao trabalho redentor, programado pelos mentores abnegados dessas personagens de dramas sombrios, com longa representação no cenário da existência humana, penetram o campo psíquico dos ex-inimigos e futuros progenitores, impondo-lhes sacrifícios intensos e quase insuportáveis.
____Interrompeu as considerações, fêz curta pausa, para acrescentar em seguida:
____— Repare que a diversidade, entre as suas informações e as minhas, é efetivamente considerável, os Espíritos que se esforçam nas aquisições da luz divina, através do serviço persistente na própria_iluminação, conquistam o intercâmbio direto com instrutores mais sábios, aprimoram-se, consequentemente, e, pelos atos meritórios a que se consagram, podem escolher seus elementos de vida nova na Crosta Terrestre, como o trabalhador digno que, pelos créditos morais conquistados, pode exigir as próprias ferramentas destinadas ao seu trabalho. Os servos do ódio e do desequilíbrio, da intemperança e das paixões, contudo, que se preparem para as exigências da vida.
- Aos primeiros, a reencarnação será verdadeira bênção em aprendizado feliz
- todavia, aos segundos constituirá necessária e legítima imposição do destino criado por eles mesmos, com o menosprezo a que votaram as dádivas de Nosso Pai, no espaço e no tempo.
[40 - páginas 75/76] - André Luiz
Platão: doutrina de escolha das provas
____Vimos, pelos curiosos documentos célticos que publicamos em nosso número de abril, a doutrina da reencarnação professada pelos Druidas, segundo o princípio da marcha ascendente da alma humana, à qual faziam percorrer os diversos graus da nossa escala espírita. Todo o mundo sabe que a idéia da reencarnação remonta à mais alta antigüidade, e que o próprio Pitágoras a hauriu entre os Indianos e os Egípcios. Não é, pois, de se admirar que Platão, Sócrates e outros, partilhassem uma opinião admitida pelos mais ilustres filósofos da época; mas o que, talvez, seja mais notável é encontrar, nessa época, o princípio da doutrina de escolha das provas, ensinada hoje pelos Espíritos, doutrina que pressupõe a reencarnação sem a qual não teria nenhuma razão de ser. Não discutiremos hoje essa teoria, que estava tão longe do nosso pensamento quando os Espíritos no-la revelaram, que nos surpreendeu estranhamente, porque o confessamos, com toda a humildade, que o que Platão havia escrito sobre esse assunto especial, nos era, então, totalmente desconhecido, prova nova, entre mil, que as comunicações que nos foram feitas não são o reflexo de nossa opinião pessoal. (Ver: Reencarnação através dos tempos)
____Quanto à de Platão, constatamos simplesmente a idéia principal, podendo cada um facilmente convir quanto à parte da forma sob a qual ela é apresentada, e julgar os pontos de contato que pode ter, em certos detalhes, com a nossa teoria atual. Em sua alegoria do Fuso da necessidade, supõe uma conversa entre Sócrates e Glauco, e empresta ao primeiro o discurso seguinte sobre as revelações do Armênio Er, personagem fictício, segundo toda a probabilidade, embora alguns o tomem por Zoroastro.
____Compreender-se-á, facilmente, que esse relato não é senão um quadro imaginado para conduzir à idéia principal:
"A narração que vou lembrar-vos, disse Sócrates a Glauco, é a de um homem de coração, Er, o Armênio, originário de Panfília. Foi morto em uma batalha. Dez dias depois, como se carregavam os cadáveres, já desfigurados, daqueles que tombaram com ele, o seu foi encontrado são e inteiro. Levaram-no para casa para fazerem seus funerais, e no segundo dia, quando estava sobre a fogueira, ele reviveu e contou o que vira na outra vida.
____"Logo que a sua alma saiu de seu corpo, partiu com uma multidão de outras almas e chegou a um lugar maravilhoso, onde se viam, na terra, duas aberturas, vizinhas uma da outra, e duas outras aberturas no céu que correspondiam àquelas. Entre essas duas regiões estavam sentados os juizes. Desde que pronunciavam uma sentença, ordenavam aos justos para tomarem seu caminho à direita, por uma das aberturas do céu, depois de lhes afixar à frente um letreiro contendo o julgamento dado em seu favor, e aos maus de tomarem o caminho à esquerda, nos abismos, tendo atrás do dorso um escrito semelhante, onde estavam marcadas todas as suas ações. Quando, por sua vez, se apresentou, os juizes declararam que ele deveria levar aos homens a novidade do que se passava nesse outro mundo, e lhe ordenaram escutar e observar tudo o que se lhe oferecia.
____"Viu primeiro as almas julgadas desaparecerem, umas subindo ao céu, outras descendo sob a terra pelas duas aberturas que se correspondiam:
- enquanto que, pela primeira abertura, via saírem as almas cobertas de pó e de imundície. Aqui, entre os gemidos e as lágrimas, evocava-se tudo o que se sofrerá, ou vira sofrer, viajando sob a terra;
- pela segunda abertura do céu desciam outras almas puras e sem mácula. Todas pareciam vir de uma longa viagem e deterem-se com prazer na campina como num lugar de reunião. Aquelas que se conheciam, se saudavam, umas às outras, e perguntavam as novidades do que se passava nos lugares de onde vinham: o céu e a terra. Contavam-se as alegrias do céu e a felicidade de contemplar as maravilhas divinas.
____"Seria muito longo seguir o discurso inteiro do Armênio, mas eis, em suma, o que dizia. Cada uma das almas levava dez vezes a pena das injustiças que cometera durante a vida. A duração de cada punição era de cem anos, duração natural da vida humana, a fim de que o castigo fosse, sempre, o décuplo para cada crime.
- Assim os que fizeram perecer em grande quantidade seus semelhantes, atraiçoado cidades, exércitos, reduzido seus concidadãos à escravidão ou cometido outros crimes enormes, eram atormentados no décuplo para cada um dos seus crimes.
- Aqueles, ao contrário, que fizeram o bem ao seu redor, que foram justos e virtuosos, recebiam, na mesma proporção, a recompensa de suas boas ações.
____O que dizia das crianças que a morte levou pouco tempo após o seu nascimento, merece menos ser repetido; mas assegurava que ao ímpio, ao filho desnaturado, ao homicida, estavam reservadas as penas mais cruéis, e ao homem religioso e ao bom filho as maiores felicidades.
____"Presenciara quando uma alma perguntou a uma outra onde estava o grande Ardieu. Esse Ardieu fora um tirano de uma cidade de Panfília mil anos antes; ele havia matado seu velho pai, seu irmão mais velho, e cometido, dizia-se, vários outros crimes enormes. "Ele não veio, respondeu a alma, e não virá jamais aqui. Todos fomos testemunhas, a esse respeito, de um horrível espetáculo. Quando estávamos sobre o ponto de sair do abismo, depois de cumprirmos nossas penas, vimos Ardieu e um grande número de outros, dos quais a maioria eram tiranos como ele ou seres que, numa condição particular, haviam cometido grandes crimes: faziam vãos esforços para subirem, e todas as vezes que esses culpados, cujos crimes eram irremediáveis, ou não haviam suficientemente expiado, tentavam sair, o abismo repelia-os rugindo. Então personagens horríveis, de corpo inflamado, que se achavam lá, acorriam a esses gemidos. Carregaram primeiro, com viva força, um certo número desses criminosos; quanto a Ardieu e aos outros, uniram-lhes os pés, as mãos e a cabeça, e os tendo lançado à terra e os esfolado à força de pancadas, arrastaram-nos fora do caminho, através de sarças sangrantes, repetindo às sombras, à medida que passava algum: "Eis tiranos e homicidas, nós os carregamos para lançá-los no Tártaro."
____Essa alma acrescentou que, entre tantos objetos terríveis, nada lhe causou mais medo do que o mugido do abismo, e que foi uma extrema alegria para ela sair dali em silêncio.
____"Tais eram, mais ou menos, os julgamentos das almas, seus castigos e suas recompensas.
____"Depois de sete dias de repouso nessa campina, as almas deveriam dali partir no oitavo, e se puseram na estrada. Ao cabo de quatro dias de caminho, perceberam no alto, sobre toda a superfície do céu e da terra, uma imensa luz, direita como uma coluna e semelhante à íris, mas mais brilhante e mais pura. Um único dia bastou-lhes para atingi-la, e elas viram, então, na direção do meio dessa muralha, a extremidade das correntes que nela prendem os céus. Aí está o que a sustenta, é o envoltório do vaso do mundo, o vasto cinto que o rodeia. No topo, estava suspenso o Fuso da necessidade, ao redor do qual se formam todas as circunferências (1).
____"Ao redor do Fuso, e a distâncias iguais, tinham assento sobre os tronos as três Parcas: Láqueis, Cloto e Átropos, vestidas de branco e com a cabeça coroada com uma faixinha. Elas cantavam, unindo-se ao concerto das sereias: Láqueis o passado, Cloto o presente, Átropos o futuro. Cloto tocava, por intervalos, com a mão direita, o exterior do fuso; Átropos, com a mão esquerda, imprimia movimento aos círculos internos, e Láqueis, com uma e com a outra mão, alternativamente, tocava ora o fuso, ora as balanças interiores.
____"Logo que as almas chegavam, era-lhes preciso se apresentarem diante de Láqueis. Primeiro um hierofante faziam-nas enfileirar em ordem, uma depois da outra. Em seguida, tendo tomado de sobre os joelhos de Láqueis as sortes ou números na ordem pela qual a alma deveria ser chamada, assim como as diversas condições humanas oferecidas à sua escolha, montado em um estrado, falava assim: "Eis o que disse a virgem Láqueis, filha da Necessidade; Almas passageiras, ides começar uma nova carreira e renascer na condição mortal. Não se vos assinalará vosso gênio, será vós que o escolhereis por vós mesmas.
- Aquela primeira que a sorte chamar escolherá, e sua escolha será irrevogável. A virtude não está com ninguém: ela se prende a quem a honre, e abandona quem a negligencia. Cada um é responsável por sua escolha, Deus é inocente."
____A essas palavras esparramou os números, e cada alma pegou aquele que caiu diante dela, exceto o Armênio, aquém não se lhe permitiu. Em seguida o hierofante expôs sobre a terra, diante delas, os gêneros de vida de toda espécie, em número muito maior que não havia de almas reunidas.
- A variedade deles era infinita; ali se achavam, ao mesmo tempo, todas as condições de homem, assim como de animais. Havia tiranias: umas que duram até a morte, as outras bruscamente interrompidas acabando na pobreza, no exílio e no abandono. A ilustração se mostrava sob várias faces: podia-se escolher a beleza, a arte de agradar, os combates, a vitória ou a nobreza de raça. Condições sociais completamente obscuras por todos esses lugares, ou intermediárias, misturas de riqueza e de pobreza, de saúde e de enfermidade, eram oferecidas à escolha: haviam, também, condições de mulher da mesma variedade.
____"Evidentemente, aí está, caro Glauco, a prova terrível para a Humanidade. Que cada um de nós nela pense, e que deixe todos os vãos estudos, para não se entregar senão à ciência que faz a sorte do homem. Procuremos um mestre que nos ensine a discernir o bom e o mau destino, e a escolher todo o bem que o céu nos entrega. Examinemos com ele quais situações humanas, separadas ou reunidas, conduzem às boas ações: se a beleza, por exemplo, unida à pobreza ou à riqueza, ou se tal disposição da alma deve produzir a virtude ou o vício; que vantagem pode ter um nascimento brilhante ou comum, a vida privada ou pública, a força ou a fraqueza, a instrução ou a ignorância, enfim, tudo o que o homem recebe da Natureza e tudo o que tem de si mesmo. Esclarecidos pela consciência, decidamos qual destino nossa alma deve preferir. Sim, o pior dos destinos é aquele que a toma injusta, e o melhor aquele que a formará, sem cessar, para a virtude: tudo o mais nada é para nós. Iríamos esquecer que não há nenhuma escolha mais salutar depois_da_morte como durante a vida! Ah! que esse dogma sagrado se identifique para sempre com a nossa alma, a fim de que ela não se deixe ofuscar, lá embaixo, nem pelas riquezas nem pelos outros males dessa natureza, e que ela não se exponha, lançando-se na condição do tirano ou em qualquer outra semelhante, a cometer um grande número de males sem remédio e a sofrê-los ainda maiores.
____"Segundo o relato de nosso mensageiro, o hierofante dissera: Aquele que escolherá por último, contanto que o faça com discernimento, e que em seguida seja conseqüente em sua conduta, pode se prometer uma vida feliz. Aquele que escolherá primeiro, guarde-se de muita confiança, e que o último não se desespere." Então aquele que a sorte nomeou o primeiro avançou com diligência e escolheu a mais considerável tirania; levado por sua imprudência e sua avidez, e sem considerar suficientemente o que fazia, não viu essa fatalidade ligada ao objeto de sua escolha de ter que comer, um dia, a carne de seus próprios filhos e bem outros crimes horríveis. Mas quando ela considerou a sorte que havia escolhido, gemeu, lamentou-se, e esquecendo as lições do hierofante, acabou por acusar de seus males a fortuna, os gênios, tudo, exceto ela mesma (2).
____Essa alma era do número daquelas que vieram do céu: ela vivera, precedentemente, em um estado bem governado e fizera o bem pela força do hábito antes que por filosofia. Eis por que, entre aquelas que caíam em semelhantes decepções, as almas vindas do céu não eram as menos numerosas, por falta de terem sido experimentadas pelos sofrimentos. Ao contrário, aquelas que, tendo passado por moradas subterrâneas, sofreram e viram sofrer, não escolhiam assim às pressas. Daí, independentemente do risco das classes para serem chamadas a escolher, uma espécie de troca de bens e de males para a maioria das almas. Assim, um homem que, a cada renovação da sua vida neste mundo, se aplicasse constantemente a sã filosofia e tivesse a felicidade de não ter as últimas sortes, aparentemente, depois desse relato, não somente seria feliz neste mundo, mais ainda que, em sua viagem daqui para lá embaixo, e em seu retorno, caminharia pela via unida ao céu e não pela vereda penosa do abismo subterrâneo.
____"O Armênio acrescentava que era um espetáculo curioso de se ver a maneira pela qual cada alma fazia sua escolha. Nada de mais estranho e mais digno, ao mesmo tempo, de compaixão e de zombaria. Era, na maior parte do tempo, segundo seus hábitos da vida anterior, que fazia a sua escolha. Er vira a alma que havia pertencido a Orfeu escolher a alma de um cisne, por ódio das mulheres que lhe deram a morte, não querendo dever seu nascimento a nenhuma delas; a alma de Thomyres escolhera a condição de um rouxinol; e, reciprocamente, um cisne, assim como outros músicos como ele, adotaram a natureza do homem. Uma outra alma, a vigésima chamada a escolher, tomou a natureza de um leão: era Ajax, filho de Telamon.
____Ele detestava a humanidade, recordando-se do julgamento que lhe tirara as armas de Aquiles. Depois desta, veio a alma de Agamenon, que suas infelicidades tomaram, também, o inimigo dos homens: ele tomou a condição de águia. A alma de Atalanta, chamada a escolher, pela metade, considerando as grandes honras prestadas aos atletas, não pôde resistir ao desejo de se tornar atleta. Epeu, que construiu o cavalo de Tróia, tomou-se uma mulher laboriosa. A alma do bobo Tersita, das últimas a se apresentarem, revestiu as formas de um macaco. A alma de Ulisses, a quem o acaso dera o último destino, veio também para escolher: mas a recordação de seus longos revezes, tendo-o desenganado da ambição, procurou por muito tempo e descobriu, com dificuldade, em um canto, a vida tranqüila de um homem privado, que todas as outras almas deixaram à parte. Descobrindo-o, disse que, mesmo que tivesse sido a primeira a escolher, não teria feito outra escolha. Os animais, quaisquer que sejam, passam igualmente uns nos outros ou nos corpos de homens: aqueles que foram maus, tornam-se bestas ferozes, e os bons, animais domésticos.
____"Depois que todas as almas fizeram escolha de uma condição, elas se aproximaram de Láqueis, na ordem segundo a qual haviam escolhido. A Parca deu, a cada uma, o gênio que ela havia preferido, a fim de que lhe servisse de guardião durante a sua vida, e a ajudasse a cumprir o seu destino. Esse gênio primeiro a conduzia a Cloto que, com sua mão e com um giro do fuso, confirmava o destino escolhido. Depois de ter tocado o fuso, conduzia-a daí para Átropos, que enrolava o fio para tornar irrevogável o que fora tecido por Cloto. Em seguida avançava-se para o trono da Necessidade, sob o qual a alma e seu_gênio passavam juntos. Logo que todas passaram, elas seguiram para o espaço cheio de Letes (o Esquecimento) (3), onde toleraram um calor insuportável, porque não havia nem árvore e nem planta. Chegada a tarde, elas passaram a noite junto do rio Ameles (ausência de pensamentos sérios), rio do qual nenhum vaso podia conter a água: se era obrigado a dele beber mas os imprudentes dele beberam muito. Aqueles que dele bebem sem parar, perdem a memória. Dormiu-se depois; mas, pelo meio da noite, sobreveio um estrondo de trovão com um tremor de terra: logo as almas foram dispersadas, aqui e ali, para os diversos pontos de seu nascimento terrestre, como estrelas que jorrassem, de repente, do céu. Quanto a ele, disse Er, impediram-no de beber da água do rio: entretanto, não sabia onde e nem como sua alma se reuniu ao seu corpo; mas pela manhã, tendo de repente aberto os olhos, percebeu que estava estendido sobre a fogueira.
____"Tal é o mito, caro Glauco, que a tradição fez viver até nós. Ele pode nos preservar de nossa perda: se lhe acrescentarmos fé, passaremos felizes o Letes e manteremos nossa alma pura de toda mancha." _____________________________________
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( 1) Essas são as diversas esferas dos planetas ou os diversos estágios do céu, girando ao redor da Terra fixada ao próprio eixo do fuso. (Victor Cousin - filósofo francês - 1792-1767 - tradutor das obras de Platão)
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( 2) Os Antigos não atribuíam a palavra tirano a mesma idéia que nós; davam esse nome a todos aqueles que se apoderavam do poder soberano, quaisquer que fossem suas qualidades, boas ou más. A história cita tiranos que fizeram o bem; mas como, mais freqüentemente, ocorria o contrário, e, para satisfazer sua ambição ou se manter no poder, nenhum crime lhes importava, essa palavra tomou-se, mais tarde, sinônimo de cruel, e se diz de todo homem que abusa de sua autoridade.
A alma da qual Er fala, escolhendo a mais considerável tirania, não buscara a crueldade mas, simplesmente, o poder mais vasto como condição de sua nova existência; quando sua escolha fez-se irrevogável, ela percebeu que esse mesmo poder a arrastaria ao crime, e lamentou fazê-lo, acusando de seus males todos, exceto ela mesma; é a história da maioria dos homens que são os artífices de sua própria infelicidade sem querer confessá-lo.
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( 3) Alusão ao esquecimento que se segue à passagem de uma existência à outra.
[37 - página 251] -Allan Kardec - Setembro/1858
http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/re/1858/09b-platao.html
(Link desativado)
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