|
Desencadeado, com a concepção, o processo morfogênico, e ligado o Espírito ao embrião, o perispírito passa a expandir-se, moldando e sustentando o novo organismo em crescimento.
É por intermédio do perispírito que a alma rege sua encarnação. “Na câmara uterina” [1 - página 68][14 - página 55]*
No
momento de encarnar,
o Espírito sofre muito maior perturbação e
sobretudo mais longa do que experimenta ao
desencarnar.
No nascimento o Espírito procede como o viajante que
embarca para uma travessia perigosa e que não sabe se
encontrará ou não a morte nas ondas que se decide a afrontar. O
viajante que embarca sabe a que perigo se lança, mas não sabe se naufragará.
O mesmo se dá com o Espírito:
Ao nascer o Espírito não recobra imediatamente a plenitude das suas faculdades. Elas se desenvolvem gradualmente com os órgãos. O Espírito se acha numa existência nova; preciso é que aprenda a servir-se dos instrumentos de que dispõe. As ideias lhe voltam pouco a pouco, como a uma pessoa que desperta e se vê em situação diversa da que ocupava na véspera.
[105 - página 49] |
