Intermissão: Termo empregado por
Hernani Guimarães Andrade
(cientista brasileiro) para designar, em Espiritismo, o intervalo entre encarnações.
[1 - página 85] ____A
alma no intervalo das
encarnações foi definida por Allan Kardec como Espírito
errante, que aspira a novo destino, que espera.
____Esses
intervalos podem durar desde algumas horas até
alguns milhares de séculos. Propriamente falando, não há extremo
limite estabelecido para o estado de erraticidade,
que pode prolongar-se muitíssimo, mas que nunca é perpétuo. Cedo ou tarde, o
Espírito terá que volver a uma existência
apropriada a purificá-lo das máculas de suas existências precedentes. ____Essa
duração é
uma conseqüência do livre-arbítrio. Os Espíritos sabem perfeitamente o que
fazem.
Mas, também, para alguns, constitui uma punição que Deus lhes inflige. Outros
pedem que ela se prolongue, a fim de continuarem
estudos que só na condição de Espírito livre
podem efetuar-se com proveito.
[9a
- questão 224]
- A percentagem de tempo no plano_espiritual para as criaturas de evolução mediana varia com o grau
de aproveitamento de tempo no estágio recente que desfrutaram no corpo
físico.
- Quão mais vasta a provisão de conhecimento e maior a aquisição de virtudes,
por parte do Espírito, mais largo período desfruta na Esfera Superior para
obtenção de mais nobres recursos para mais alta ascensão.
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A erraticidade não é, por si só, um sinal de
inferioridade dos Espíritos. Há Espíritos
errantes de todos os graus. A encarnação é um estado transitório,
já o dissemos. O Espírito se acha no seu estado normal, quando liberto da matéria. [9a
- questão 225] Não
são errantes, porém, os Espíritos
puros, os
que chegaram à perfeição. Esses se encontram no seu estado definitivo. [9a
- questão 226] Os Espíritos errantes
estudam e procuram meios de
elevar-se. Vêem, observam o que ocorre nos lugares aonde
vão; ouvem os discursos dos homens doutos e os conselhos dos Espíritos mais
elevados e tudo isso lhes incute ideias que
antes não tinham.
[9a
- questão 227] Na erraticidade, o Espírito pode
melhorar-se muito, tais sejam a vontade
e o desejo que tenha de consegui-lo. Todavia, na
existência corporal é que põe em prática as ideias que adquiriu. [9a
- questão 230] ____Os Espíritos
errantes são mais ou menos
felizes, conforme seus méritos. Sofrem por efeito das paixões
cuja essência conservaram, ou são felizes, de
conformidade com o grau de desmaterialização a que
hajam chegado. Na erraticidade,
o Espírito percebe o que lhe falta para ser mais feliz e, desde
então, procura os meios de alcançá-lo. Nem sempre, porém, é permitido reencarnar como fora de seu agrado,
representando isso, para ele, uma punição.
[9a
- questão 231] ____Os Espíritos errantes não têm liberdade para ir a todos os mundos. Pelo simples fato de haver deixado o corpo, o Espírito não se acha completamente
desprendido da matéria e continua a pertencer ao mundo onde acabou de viver,
ou a outro do mesmo grau, a menos que, durante a vida, se tenha elevado, o que, aliás, constitui o objetivo para que devem tender seus
esforços, pois, do contrário, nunca se aperfeiçoaria.
Pode, no entanto, ir a alguns mundos superiores, mas na qualidade de estrangeiro.
A bem dizer, consegue apenas entrevê-los, donde lhe nasce o desejo de melhorar-se,
para ser digno da felicidade de que gozam os que os habitam, para ser digno também de habitá-los mais tarde.
[9a
- questão 232] As
ideias dos Espíritos se modificam muito
na erraticidade. Sofrem
grandes modificações, à proporção que o Espírito se desmaterializa. Pode este, algumas vezes, permanecer longo tempo
imbuído das ideias que tinha na Terra; mas,
pouco a pouco, a influência da matéria diminui e ele vê as coisas com maior
clareza. É então que procura os meios de se
tornar melhor. [9a
- questão 318] ____Ele se
acha como tendo saído de um nevoeiro e
vê o que o distancia da felicidade. Mais sofre então, porque compreende quanto
foi culpado. Não tem
mais ilusões: vê as coisas na sua realidade. Na erraticidade, o Espírito descortina, de um
lado, todas as suas existências passadas; de
outro, o futuro que lhe está prometido e percebe o que lhe falta para
atingi-lo. É qual viajor que chega ao cume de
uma montanha: vê o caminho que percorreu e o que lhe resta
percorrer, a fim de chegar ao fim da sua jornada.
[9a
- questão 975]
Nas fases de intermissão
os centros_vitais nada perdem em importância, na sustentação do dinamismos perispirítico,
embora com algumas transformações importantes, principalmente, nos centros_gástrico
e genésico, como informa André Luiz
(espírito).
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