Desposaste alguém que não mais te parece a criatura ideal
que conheceste. A convivência de arrastou aos olhos as cores diferentes
com que o noivado te resguardava o futuro que hoje se faz presente.Em torno, provações, encargos renascentes, familiares que te pedem apoio, obstáculos por vencer. E sofres. Entretanto, recorda que antes da união falavas de amor e te mostravas na firme disposição em que assumiste os deveres que te assinalam agora os dias, e não recues da frente de trabalho a que o mundo te conduziu. Se a criatura que te compartilha transitoriamente o destino não é aquela que imaginaste e sim alguém que te impõe difícil tarefa a realizar, observa que a união de ambos não se efetuaria sem fins justos e dá de ti quanto possível para que essa mesma criatura venha a ser como desejas. Diante de filhos ou parentes outros que se valem de títulos domésticos para menosprezar-te ou ferir-te, nem por isso deixes de amá-los. São eles, presentemente na Terra, quais os fizemos em outras épocas, e os defeitos que mostrem não passam de resultados das lesões espirituais causadas por nós mesmos, em tempos outros, quando lhes orientávamos a existência nas trilhas da evolução. É provável tenhamos dado um passo à frente. Talvez o contato deles agora nos desagrade pela tisna de sombra que já deixamos de ter ou de ser. Isso, porém, é motivação para auxílio, não para fuga. Atentos ao princípio de livre arbítrio que nos rege a vida espiritual, é claro que ninguém te impede de cortar laços, sustar realizações, agravar dívidas ou delongar compromissos. O divórcio é medida perfeitamente compreensível e humana, toda vez que os cônjuges se confessam à beira da delinqüência, conquanto se erija em moratória de débito para resgate em novo nível. E o afastamento de certas ligações é recurso necessário em determinadas circunstâncias, a fim de que possamos voltar a elas, algum dia, com o proveito preciso. Reflete, porém, que a existência na Terra é um estágio educativo ou reeducativo e tão só amor com que amamos, mas não pelo amor com que esperamos ser amados, ser-nos-á possível trabalhar para redimir e, por vezes, saber perder para realmente vencer. EMMANUEL
Há
mães que odeiam os filhos e, não raro, desde a infância destes. Às vezes, é uma prova que o Espírito do filho escolheu, ou uma expiação, se aconteceu ter sido mau pai, ou mãe perversa, ou mau filho, noutra existência. Em todos os casos, a mãe má não pode deixar de ser animada por um mau Espírito que procura criar embaraços ao filho, a fim de que sucumba na prova que buscou. Mas, essa violação das leis da Natureza não ficará impune e o Espírito do filho será recompensado pelos obstáculos de que haja triunfado.
Quando
os filhos causam desgostos aos pais, não têm estes desculpa para o fato
de lhes não dispensarem a ternura.Isso representa um encargo que lhes é confiado e a missão deles consiste em se esforçarem por encaminhar os filhos para o bem (Educação). Demais, esses desgostos são, amiúde, a conseqüência do mau feitio que os pais deixaram que seus filhos tomassem desde o berço. Colhem o que semearam.
Indagações da Vida A Terra, de certo modo, assemelha-se a um palco imenso sobre o qual nós outros, as criaturas de Deus, somos os atores na peça que nos cabe representar, com o objetivo de aprender a amar e a servir. A realidade permanece, na Vida_Espiritual, na retaguarda dos bastidores, para onde todos volvemos, um dia, para a verificação dos nossos acertos e desacertos no trabalho realizado. Os ensinamentos_religiosos, em si, constituem o ponto, orientando o comportamento dos atores em cena. Nesta exposição sintética, esboçamos uma resposta às indagações do cotidiano, na experiência física.
Só a reencarnação possui lógica suficiente para explicá-los. E unicamente as lições do Cristo são claras na orientação da existência de cada um, a fim de que não venhamos a perder o ensejo de aprender:
(EMMANUEL
A palavra tratamento, numa de suas mais justas acepções, significa processo de cura. E existem tratamentos de vários modos.
Ocorre o mesmo no reino do espírito, quanto à cura da alma. Antes da reencarnação, a criatura que se vê defrontada por obrigações de resgate e reajuste, é levada espontaneamente ou_não a renascer, junto dos companheiros de antigas faltas, a fim de granjear os recursos indispensáveis à própria quitação diante da Lei. Por essa razão, verificarás que não é difícil amar a humanidade em seu conjunto, mas nunca fácil harmonizar-se na organização doméstica, onde a vida nos transforma, transitoriamente, em instrutores particularizados uns dos outros. [136 - capítulo 11] |
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