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Vontade
____Vontade: s. f.

  • 1. Filos. Faculdade de livremente praticar ou deixar de praticar algum ato.
  • 2. Energia, firmeza de ânimo.
  • 3. Desejo, intenção.
  • 4. Resolução.
  • 5. Capricho.
  • 6. Arbítrio, mando.
  • 7. Gosto, prazer.
  • 8. Apetite.
  • 9. Desvelo, interesse.
  • 10. Necessidade física ou moral.

Usando a alavanca da vontade, atingimos a realização de verdadeiros milagres ... Entretanto, para isso, precisariam despender esforço heróico.

[28a - página 140] - André Luiz - 1954

____A vontade, contudo, é o impacto determinante. Nela dispomos do botão poderoso que decide o movimento ou inércia da máquina. Só a vontade é suficientemente forte para sustentar a harmonia do espírito. Em verdade, ela não consegue impedir a reflexão mental, quando se trate de conexão entre os semelhantes, porque a sintonia constitui lei inderrogável, mas pode impor o jugo da disciplina sobre os elementos que administra, de modo a mantê-los coesos na corrente do bem.

[30] - EMMANUEL

As predisposições instintivas, que o homem já traz consigo ao nascer, são as do Espírito antes de encarnar. Conforme seja este mais ou menos adiantado, elas podem arrastá-las à prática de atos repreensíveis, no que será secundado pelos Espíritos que simpatizam com essas disposições. Não há, porém, arrastamento irresistível, uma vez que se tenha a vontade de resistir. Lembrai-vos de que querer é poder.

[9a - página 388 questão 845]

Há diferença essencial e universal entre as ações da vontade e todas as outras.
A vontade é um dos principais órgãos da crença, não porque forme a crença, mas porque as coisas são verdadeiras ou falsas segundo o ângulo pelo qual as encaramos. A vontade, que se apraz mais em um do que em outro, desvia o espírito da consideração das qualidades que não quer ver; assim, o espírito, marchando de comum acordo com a vontade, detém-se a olhar do ângulo que esta aprecia. Julga-se desse modo pelo que se vê.

[Livro "PENSAMENTOS", página 100, pensamento 99 - Pascal]

DECISÃO E VONTADE

  • Incerteza parece coisa de pouca monta, mas é assunto de importância fundamental no caminho de cada um.
  • As criaturas entram na instabilidade moral, habituam-se a ela, e passam ao domínio das forças negativas sem perceber.
    Dizem-se confiantes pela manhã e acabam indecisas à noite.
    Freqüentemente rogam em prece:
  • ____- Senhor! Eis-me diante de tua vontade!...
    Mostra-me o que devo fazer!...
    ____E quando o Senhor lhes revela, através das circunstâncias, o quadro de serviço a expressar-se, conforme as necessidades a que se ajustam, exclamam em desconsolo:
    - Quem sou eu para realizar semelhante tarefa?
    Não tenho forças.
    Ai de mim que sou inútil!...

    Sabem que é preciso servir para se renovarem, mas paradoxalmente esperam renovar-se sem servir.

____Dispõem de verbo fácil e muitas vezes se proclamam inabilitadas para falar auxiliando a alguém nas construções do Espírito.
Possuem dedos ágeis, quais filtros inteligentes engastados nas mãos; entretanto, costumam asseverar-se inseguras na execução das boas obras.
____Ouvem preleções edificantes ou mergulham-se na assimilação de livros nobres, prometendo heroísmo para o dia seguinte, mas, passada a emoção, volvem à estaca zero, à maneira de viajante que desiste de avançar nos primeiros passos de qualquer jornada.
Louvam na rua o equilíbrio e a serenidade e, às vezes, dentro de casa, disputam campeonatos de irritação.
____O dever jaz à frente, a oportunidade de elevação surge brilhando, os recursos enfileiram-se para o êxito e realizações chamam urgentes, mas preferem a fuga da obrigação sob o pretexto de que é preciso cautela para evitar o mal, quando o bem francamente lhes bate à porta.

  • Trabalho, ação, aprendizado, melhoria!...
    Não te ponhas à espera deles sob a imaginária incapacidade de procurá-los, à vista de imperfeições e defeitos que te marcaram ontem.
    Realização pede apoio da fé.
    Mãos à obra.
    Tudo o que serve para corrigir, elevar, educar e construir, nasce primeiramente no esforço da vontade unida à decisão.

[117 - página 95] - EMMANUEL

____Somos, no palco da Crosta Planetária, os mesmos atores do drama evolutivo. Cada milênio é ato breve, cada século um cenário veloz.

  • Utilizando corpos sagrados, perdemos, entretanto, quais despreocupadas crianças, entretidas apenas em jogos infantis, o ensejo santificante da existência;
  • destarte, fazemo-nos réprobos das leis soberanas, que nos enredam aos escombros da morte, como náufragos piratas por muito tempo indignos do retorno às lides do mar.
  • Enquanto milhões de almas desfrutam bons ensejos de emenda e reajustamento, de novo entregues ao esforço regenerativo nas cidades terrestres,
  • milhões de outras deploram a própria derrota, perdidas no atro recesso da desilusão e do padecimento.

____Não nos reportamos aqui aos missionários heróicos que suportam as sangrentas feridas dos testemunhos angustiosos, por espírito de renúncia e de amor, de solidariedade e de sacrifício; são luzes provisoriamente apartadas da Luz Divina e que voltam ao domicilio celeste, como o trabalhador fiel regressa ao lar, finda a cotidiana tarefa.

____Referimo-nos às bastas multidões de almas indecisas, presas da ingratidão e da dúvida, da fraqueza e da dissipação, almas formadas à luz da razão, mas escravizadas à tirania do instinto.

____Falamos de todos nós, viajores que extravagamos no deserto da própria negação; de nós, pássaros de asas partidas, que tentamos voar ao ninho da liberdade e da paz, e que, no entanto, ainda nos debatemos no chavascal dos prazeres de ínfima estofa.

  • Porque não represar o curso das paixões corrosivas que nos flagelam o espírito?
  • porque não sofrear o ímpeto da animalidade, em que nos comprazemos, desde os primeiros laivos de raciocínio?

____Sempre o terrível dualismo:

  • da luz e das trevas,
  • da compaixão e da perversidade,
  • da inteligência e do impulso bestial.

____Estudamos a ciência da espiritualidade consoladora desde os primórdios da razão, e, todavia, desde as épocas mais remotas, consagramo-nos ao aviltamento e ao morticínio.

[25 - página 25] - A preleção de Eusébio

Com o esforço da vontade é possível apressar a solução de muitos enigmas e ruduzir muitas dores.

[28a - página 85] - André Luiz

Nossa mente é uma entidade colocada entre forças_inferiores e superiores, com objetivos de aperfeiçoamento. Nosso organismo_perispíritual, fruto sublime da evolução, quanto ocorre ao corpo_físico na esfera da Crosta, pode ser comparado aos pólos de um aparelho magneto-elétrico. O espírito encarnado ...

____Quando a criatura busca manejar a própria vontade, escolhe a companhia que prefere e lança-se ao caminho que deseja.

  • Se não escasseiam milhões de influxos primitivistas, constrangendo-nos, mesmo aquém das formas terrestres, a entreter emoções e desejos, em baixos círculos, e armando-nos quedas momentâneas em abismos do sentimento destrutivo, pelos quais já peregrinamos há muitos séculos,
  • não nos faltam milhões de apelos santificantes, convidando-nos à ascensão para a gloriosa imortalidade .

[96 - página 31]- André Luiz - 1949

Os adversários mais difíceis são o egoísmo, o orgulho, a vaidade, o desânimo, a intemperança mental e tantos outros agentes nocivos que se nos instalam no espírito, corroendo-nos as energias e depredando-nos a estabilidade mental. Para extirpá-los, vale tão-somente o auxílio de Deus e nosso próprio esforço no trabalho árduo da auto-educação.

EMMANUEL

João Gonçalves Filho - (INIMIGOS - 1552)

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