Não
há pactos. Há, porém, naturezas más que
simpatizam com os maus
Espíritos.
- Por
exemplo: queres atormentar o teu vizinho e não sabes como hás de fazer.
Chamas então por Espíritos inferiores que, como tu, só querem o mal e que,
para te ajudarem, exigem que também os sirvas em seus maus desígnios. Mas,
não se segue que o teu vizinho não possa livrar-se deles por meio de uma
conjuração oposta e pela ação da sua vontade.
Aquele que intenta praticar uma ação má, pelo simples fato de alimentar essa
intenção, chama em seu auxílio maus Espíritos, aos quais fica então
obrigado a servir, porque dele também precisam esses Espíritos, para o mal que
queiram fazer. Nisto é que consiste o pacto.
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____O
fato de o homem ficar, às vezes, na dependência dos Espíritos inferiores
nasce de se entregar aos maus pensamentos que estes lhe sugerem e não de estipulação quaisquer que com eles faça. o pacto,
no sentido vulgar do termo, é uma alegoria representativa da simpatia existente entre um indivíduo de natureza má e Espíritos malfazejos. [9a - página 276 questão 549]
____São
apenas lendas, as estórias em que figuram indivíduos que teriam vendido suas
almas a Satanás para obterem certos favores. ____Todas
as fábulas encerram um ensinamento e um sentido moral. O vosso erro consiste em
tomá-las ao pé da letra. Isso a que te referes é uma alegoria, que se pode
explicar desta maneira: aquele que chama em seu auxílio os Espíritos, para
deles obter riquezas, ou qualquer outro favor, rebela-se contra a Providência;
renuncia à missão que
recebeu e às provas que lhe cumpre suportar neste mundo. Sofrerá na vida futura as conseqüências
desse ato. Não quer isto dizer que sua alma fique para sempre condenada à
desgraça. Mas, desde que, em lugar de se desprender da matéria, nela cada vez
se enterra mais, não terá, no mundo dos Espíritos, a satisfação de que haja
gozado na Terra, até que tenha resgatado a sua falta, por meio de novas provas,
talvez maiores e mais penosas. Coloca-se, por amor dos gozos materiais, na
dependência dos Espíritos impuros. Estabelece-se assim, tacitamente, entre
estes e o delinqüente, um pacto que o leva
à sua perda, mas que lhe será sempre fácil romper, se o quiser firmemente,
granjeando a assistência dos bons
Espíritos. [9a - página 277 questão 550]
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