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Tenho acompanhado vários amigos à tarefa reencarnacionista, quando, atraídos por imperativos de evolução e redenção, tornam ao corpo de carne.
De outras vezes, raras aliás, tive notícias de amigos que perderam o veículo perispiritual, conquistando planos mais altos. A esses missionários, distinguidos por elevados títulos na vida superior, não me foi possível seguir de perto. Informou o orientador de André Luiz:
Os primeiros são servidores enobrecidos e gloriosos, no dever bem cumprido, enquanto que os segundos são colegas nossos, que já merecem a reencarnação trabalhada por valores intercessores, mas, tanto quanto ocorre aos companheiros respeitáveis desses dois tipos, os ignorantes e os maus, os transviados e os criminosos também perdem, um dia, a forma perispiritual. Pela densidade da mente, saturada de impulsos inferiores, não conseguem elevar-se e gravitam em derredor das paixões absorventes que por muitos anos elegeram em centro de interesses fundamentais. Grande número, nessas circunstâncias, mormente os participantes de condenáveis delitos, imantam-se aos_que se_lhes associaram nos crimes. (Ver: Ovóides)
Enriquecer a mente de conhecimentos novos, aperfeiçoar-lhe as faculdades de expressão, purificá-la nas correntes iluminativas do bem e engrandecê-la com a incorporação definitiva de princípios nobres é desenvolver nosso corpo glorioso, na expressão do apóstolo Paulo, estruturando-o em matéria sublimada e divina. Essa matéria, André, é o tipo de veículo a que aspiramos, ao nos referirmos à vida que nos é superior. Estamos ainda presos às aglutinações celulares dos elementos físio-perispiríticos, tanto quanto a tartaruga permanece algemada à carapaça. Imergimo-nos dentro dos fluidos carnais e deles nos libertamos, em vicioso vaivém, através de existências numerosas, até que acordemos a vida mental para expressões santificadoras. Somos quais arbustos do solo planetário. Nossas raízes emocionais se mergulham mais ou menos profundamente nos círculos da animalidade primitiva. Vem a foice da morte e sega-nos os ramos dos desejos terrenos; todavia, nossos vínculos guardam extrema vitalidade nas camadas inferiores e renascemos entre aqueles mesmos que se converteram em nossos associados de longas eras, através de lutas vividas em comum, e aos quais nos agrilhoamos pela comunhão de interesses da linha evolutiva em que nos encontramos. [96 - página 85]
Os Espíritos declaram, ao demais, que uma espécie de “segunda morte” se verifica nas esferas espirituais, precisamente como se morre no mundo dos vivos, isto é, quando um Espírito tem chegado à maturidade espiritual, adormece e desaparece de seu meio, sem que os outros saibam o que foi feito dele.São, pois, levados, como nós, a fazer, sobre esse ponto, induções muito diferentes. Eis em que termos fala a respeito o Espírito Jorge Dawson, no livro da Sra. Dawson Scott, From Four who are Dead (página 126):
Sra. Dawson Scott – Ignoras para onde eles foram?
Sra. Dawson Scott – Qual será a finalidade dessa longa e lenta evolução?
A passagem da mais elevada esfera de provação à mais baixa das esferas de contemplação é uma mudança análoga à que chamais morte. Essa vida de além nos é pouco conhecida, ainda que saibamos que os bem-aventurados que aí vivem...
Por experiência nada sabemos daquilo em que se ocupam, a não ser que uma ciência superior lhes permite melhor compreender a Divina Perfeição, apreender mais exatamente a origem das coisas e de adorar mais de perto o Supremo. Achamo-nos muito distanciados desse estado de bem-aventurança. Temos a nossa tarefa a desempenhar e nela trabalhando achamos as nossas delícias. Lembrai-vos sem cessar de que os Espíritos falam segundo a experiência e o saber que possuem; alguns, interrogados sobre pontos abstratos, a que respondem conforme as suas capacidades, enganam-se. Não os censureis contudo. [108 - página 48]
[118 - questão 149] |
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