GUIA.HEU 22 Anos |
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Continuação das experiências concernentes a levitação direta sobre a balança CAPÍTULO VII, do livro "MECÂNICA PSÍQUICA", 2ª Edição - 1975, de W. J. Crawford ____As experiências de levitação realizadas sobre a plataforma da balança, não sendo decisivas, a reação oblíqua tendo determinado a torsão e fricção do mecanismo, pensei em empregar uma balança dinâmica (dinamômetro). Com esse instrumento, somente a componente vertical da reação poderia ser acusada, e ele não seria suficientemente sensível para ser afetado por pequenas componentes horizontais, admitindo que estas existissem. Exp. 44. — Levitação sem reação sobre a balança. ____A balança era do tipo quadrante, com prato côncavo, empregada nos lares para pesar mercadorias. Sua força era de 6 quilogramas 350 e sua altura de 33 cms. Foi colocada no chão sob a mesa_(nº1) e tão exatamente no centro quanto possível. Havia uma distância pelo menos de 35 cms. entre a balança e a parte inferior da mesa e naturalmente, nenhuma parte do instrumento achava-se em contacto com o móvel. Exp. 45. — Pesquisa da reação vertical. ____Pedimos aos operadores não levar em consideração a balança e concluir normalmente a levitação. Um pedaço de pano escuro foi colocado sobre o prato. O fiel, que eu seguia com o dedo, fez a volta completa do quadrante a uma velocidade mais ou menos uniforme, e parou no fim de 3 ou 4 segundos. A mesa elevou-se no ar quase logo depois, balançando-se ligeiramente de diante para trás; depois caiu, enquanto o fiel voltava ao zero, prendendo meu dedo entre ela e o mostrador. A pressão, na base de seu curso, era de 6 kg. 580. Não creio que a reação tenha excedido de muito esse peso, porquanto a mesa pareceu lançar-se ao ar quase imediatamente após a revolução total do fiel. A levitação, aqui, foi sensivelmente mais fácil. Dizem os operadores ser esse seu método normal. O esforço não parecia maior que para a levitação comum, sem aparelho sob a mesa; a única diferença, pelo que me foi possível julgar, era uma estabilidade menor: durante a suspensão, havia uma espécie de oscilação insólita. Provinha sem dúvida, por ser a mesa sustentada por uma superfície sensivelmente igual àquela do prato, quando, comumente, a força sustentadora aplicava-se mais uniformemente sob a mesa. Se a balança estava mais ou menos no centro da mesa, a levitação era invariavelmente boa e a velocidade do fiel ao redor do mostrador, constante. A tal ponto era essa a regra que tive tempo de exclamar: “vai se realizar a levitação” muito antes que esta se realizasse. Repito que quando o fiel parava, a mesa lançava-se inteiramente no ar.Aqui, o fato importante, é que a energia psíquica necessária à levitação não é fornecida instantaneamente: é-lhe necessário um tempo apreciável (cerca de 3 ou 4 segundos para o caso que tratamos) para atingir o seu máximo. exp. 46. — Reação no caso de uma levitação parcial.____A mesa, erguida nos dois pés, agitava-se no ar com movimentos bruscos e rápidos e o fiel da balança seguia todos os seus movimentos. O máximo atingido foi mais ou menos de 3 kg. 200, variação de oscilação de 1kg. 350.
Exp. 47. — Reação sobre uma balança mais forte. ____Nas experiências anteriores, a força da balança sendo muito pequena para a pressão máxima durante a levitação, usei uma balança do mesmo tipo mas de força dupla. Verifiquei a exatidão de todos os resultados obtidos durante as exp. 45 e 46 (à exceção da exp. 46, 1º). No entanto houve um erro importante. Quando se efetuava a levitação presente, o fiel não marcou alguns quilos acima de 6 kg. 350, como acreditei, mas chegou ao seu ponto extremo, tendo lugar então a levitação. Fiquei muito surpreso, pois estava quase certo de que a reação vertical não excedia de muito 6 quilos 350. Exp. 48. — Competente horizontal da reação. ____A balança foi colocada sobre um carro de rodas, o qual foi preso a uma balança romana de molas, cuja capacidade era de 9 quilos, fixa por sua outra extremidade a um prego enterrado no assoalho, aos pés do médium. Podia assim registrar, perto de 50 grs., a tração horizontal exercida sobre a balança. Exp. 49. — Medida exata da componente horizontaL ____Dispus meu aparelho como anteriormente. A balança registrava até 12 quilos 600 e a balança romana 9 quilos. Constatei, para minha completa satisfação, que as forças horizontal e vertical, são componentes de uma única força. Senti, por duas ou três vezes, com o dedo, o perfeito sincronismo das duas agulhas. Se houvesse alguma dificuldade na levitação e uma agulha se imobilizasse, aconteceria o mesmo com a outra. Tendo lugar a levitação, tinha lugar o movimento simultaneamente. ____Na exp. 48, eu havia obtido 1 quilo 800, mas a balança empregada não era tão exata; além disso, as balanças, ainda que diferindo pouco, não tinham a mesma altura; enfim, pode haver razões para que a componente horizontal da reação varie ligeiramente determinados dias; nesse caso, o dispositivo é o mesmo. Exp. 50. — Medida exata da componente vertical. ____Com a mesa de 4 quilos 700, utilizei-me de uma balança, para pesar os grandes fardos. Sua força era de 25 quilos. Tinha um prato retangular, de aço, medindo 14 x 22 e sua altura total, descarregada, era de 34 cms. As experiências finais com esse instrumento, foram realizadas conjuntamente com aquelas destinadas a avaliar a componente horizontal da reação. Exp. 51. — Relação entre a altura do prato e a reação vertical. ____Concebi um dispositivo que permitisse medir, a diferentes alturas, a pressão vertical sob a mesa em levitação. Ao prato da balança forte, atarrachei uma haste chata de ferro onde corria em ângulo direito uma haste sustentando uma chapa retangular horizontal em madeira mole, de 30 x 2 cms. Essa haste, vertical, podia ser fixa de 4 em 4 cms.
____Durante uma das últimas experiências, a uma altura de 19 cms., a pressão psíquica produziu-se evidentemente um pouco fora do centro da chapa, porquanto as duas tarrachas que a mantinham foram arrancadas. Substitui então por madeira dura a madeira mole e as tarrachas por parafusos de 6 mm. O dispositivo pesava 4 quilos 100. Exp. 52. — Relação entre a altura do tabuleiro e a reação vertical. ____Antes de iniciar essa experiência, algumas semanas depois da exp. 51, eu havia mandado retirar da mesa_nº1 as duas barras transversais dos pés, para mostrar que não eram essenciais à levitação. O peso da mesa não ia além de 4 quilos 550.
____Fiz duas séries de experiências, recomeçando duas ou três vezes a levitação a cada altura. Insisto aqui sobre um ponto que me parece essencial para elucidar o mistério da força_psíquica: a maior altura, a pressão vertical sobre o tabuleiro não se estabilizava desde que tivesse lugar a levitação, como poderíamos esperar. Ao contrário, ela não cessava de aumentar alguns segundos após a levitação. O acréscimo era de 2 a 8 quilos 500. Anotei os valores finais.
Exp. 53 — Reação vertical durante a levitação de um tamborete. ____Coloquei a prancha de desenho, coberta por um pedaço de tapete escuro, sobre a balança de 25 kgs e o tamborete_(mesa_nº_4) sobre essa prancha. Pedi então a levitação.Foi uma das mais difíceis da série. Os operadores recomeçaram pelo menos uma dúzia de vezes. A agulha ia até cerca de 9 quilos, mas no momento em que se ia realizar a levitação, o tamborete caia de pernas para o ar e era necessário pô-lo a prumo novamente. Alguma coisa tentava passar por baixo, sem resultado, em conseqüência do pouco espaço disponível e altura do estratado. Eu estava a ponto de renunciar à experiência, malgrado o desejo dos operadores, que me diziam por meio de raps, que tivesse paciência, quando finalmente o tamborete subiu a 20 cms. no ar e aí ficou imóvel de 8 a 10 segundos. Duas dessas levitações marcaram 10 quilos 900 para a pressão vertical sobre a balança, e duas outras 11 quilos 100. Sendo o peso da prancha juntamente com o tapete de 2 quilos 500, a pressão média era de 8 quilos 500, ou seja 6 a 8 vezes o peso do tamborete. Exp. 54.— Medida da reação vertical por registro elétrico. ____Coloquei a agulha da balança e um cursor móvel sobre o mostrador, no circuito de uma pulha de campainha. Tendo fixo o cursor em 9 quilos e operando com a mesa_nº1, constatei:
Exp. 55. — Reacão vertical, estando o médium sentado sobre a balança. ____Equilibrei exatamente o peso do médium, da cadeira e da prancha de desenho (ou seja 62 quilos 100) e deixei o fiel parado contra o buttoir. Coloquei em seguida a balança sob a mesa (ver exp. 44) e pedi a levitação. Conservava meu dedo sobre a agulha. Infelizmente essa experiência ficou incompleta e nunca mais tive ocasião de refazê-la. O resultado, mais ou menos exato de uma forma geral, não o é quanto às cifras. A agulha permaneceu contra o buttoir durante a levitacão. Pedi aos operadores que deixassem cair a mesa bruscamente, o que fizeram, e a agulha voltou a zero. Quatro segundos depois, houve um deslocamento do fiel. Enquanto a mesa estava em levitação, havia então reação vertical sobre a balança e, também, sem dúvida, alteração de peso no médium. A lentidão do movimento, não tem, creio eu, nenhuma importância; é devida unicamente à inércia das partes motrizes da báscula. (Ver: Medida dos componentes da reação) Exp. 56. — Estalos na superfície da mesa durante a levitação. ____Durante uma das experiências mencionadas neste capítulo, ouvi como se fossem estalos na madeirada superfície inferior da mesa, no momento mesmo da levitação; as fibras pareciam distender-se e separar-se uma das outras. Ouvi esse ruído singular somente duas vezes. Exp. 57. — Ruído sob a mesa no início da levitação. ____Ouvi um ruído surdo sob a mesa, no centro, como se fosse impelida uma coluna de substância mole. Chamei a atenção dos assistentes, e percebi o mesmo ruído leve na levitação seguinte. Os operadores pareciam ouvir-me e recomeçar para mim. Foram estas as únicas vezes em que percebi esse ruído, devido talvez à ação um pouco mais brusca da força elevatória. |
Ver também:
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DESAPARECIDOS (Crianças e Adolescentes) |