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20 Anos
Levitação - Os novos problemas
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Crianças e Adolescentes
DESAPARECIDOS

CAPÍTULO XIV, do livro "MECÂNICA PSÍQUICA", 2ª Edição - 1975, de W. J. Crawford
LAKE - Livraria Allan Kardec Editora

____Nas minhas primeiras experiências, vários problemas ficaram mais ou menos sem solução. São os seguintes:

  • 1º) Estando a mesa suspensa, qual o efeito de uma adição gradual de peso? Se a teoria_da_alavanca é exata, não poderia o momento do peso alcançar um volume tal que fizesse o médium cair de sua cadeira?
  • 2º) Quando um homem faz pressão sobre a mesa suspensa, com grande força, não implica a teoria da alavanca a queda do médium?
  • 3º) A teoria da alavanca justifica todos os fenômenos ou somente um caso especial?
  • 4º) Qual o tipo de mecanismo psíquico que arrasta sobre o assoalho uma cadeira e o médium que nela está sentado?
  • 5º) Como é possível que o médium não sinta nenhuma reação em seu corpo?
  • 6º) Qual o tipo de mecanismo psíquico empregado quando a mesa, descansando sobre o assoalho a um ou dois metros de distância do médium, resiste totalmente a um homem que tenta aproximá-la ou afastá-la do médium?
  • 7º) Qual a forma exata do braço da alavanca que ergue a mesa?

____Ao lado dos tipos comuns de levitação, outros foram produzidos nas minhas novas experienclas. Numa sessão realizada recentemente, estando a mesa caída do lado, ergueu-se nessa posição e ficou no ar durante cerca de meio minuto, a aresta mais baixa a 30 cms. acima do assoalho e a superfície a mais de um metro do médium. Ergueu-se novamente, virou no ar, no princípio muito de vagar, depois por movimentos bruscos, até voltar à posição normal.
____Nas sessões seguintes, a mesa virou sobre si mesma como mais acima, ora no sentido da largura, ora no sentido do comprimento. Enquanto a mesa se achava inclinada a 45º sobre o assoalho, os operadores pareciam encontrar a maior dificuldade em efetuar a levitação começada, e às vezes deixavam cair a mesa. Neste momento crítico, ouvia-se os ruídos de sucção na superfície e nos pés, como se ventosas deslizassem sobre a madeira para tomar nova posição.
____Ao terminar minha primeira série de experiências, eu tinha dúvidas sobre a forma da alavanca. Imaginava-a tal como a descrevi no capítulo_IX. Aproveitei então a ocasião para interrogar detalhadamente os operadores sobre essa forma. Realizou-se uma sessão em minha casa, e as respostas foram dadas por meio de raps, arranhões sobre o assoalho, etc.

  • Três pancadas significavam sim,
  • duas pancadas, duvidoso,
  • e uma pancada, não.
  • Uma série contínua significava que os operadores desejavam dizer alguma coisa, por soletração alfabética.
  • Um longo e monótono ruído significava que minha suposição não era absolutamente certa.

____Grande número de emoções, tais como a alegria, a tristeza, o acôrdo, a oposição, o gracejo, a amizade, a cólera, etc., eram traduzidas por modalidades diversas. For exemplo, pancadas solenes e sonoras indicavam uma aquiescência total ou uma negação categórica. Se certo número de perguntas eram formuladas, as quais aproximavam-se da verdade, uma pequena fuzilaria de raps assinalava que a solução correta finalmente tinha sido encontrada. Algumas vezes os operadores pareciam tão satisfeitos com minhas profecias que, repentinamente, tamborilavam uma curta ária alegre sobre o assoalho.
____O leitor deve compreender que não sou responsável pela descrição que os operadores me fizeram e que a ela não dou muita importância. Contudo tem seu interêsse.

M= médium ....... T= Table (mesa)


Fig. 6 — Forma da alavanca segundo os operadores.

____Quanto às dimensões da alavanca, primeiramente perguntei-lhes se compreendiam o que era “um corte transversal”. Responderam-me que não. Em compensação, sabiam o sentido de “diâmetro”, “espessura” e conheciam o comprimento de uma polegada. Realmente, quando pedi que dissessem o número de polegadas de uma determinada parte da estrutura, hesitaram um pouco, como se meditassem e responderam com decisão. Segundo êles, as dimensões e a forma de uma alavanca normal, são aquelas indicadas na figura 6. O cume da coluna é uma superfície plana tão grande quanto a da mesa. Tem o aspecto de um cogumelo. A coluna vertical, de forma regular, tem mais ou menos 10 cms. de diâmetro. Ela inclina-se para o ângulo direito, ficando a 10 cms. acima do solo. A parte que penetra no corpo do médium se dilata até um diâmetro de 20 cms.; não se estende como as raízes de uma árvore, mas nele penetra de forma inteiriça.
____Toda a estrutura é geralmente invisível às pessoas de visão normal. Todavia dizem os operadores que, sob certas condições, algumas pessoas insensíveis teriam capacidade de vê-la. Recentemente eu o comprovei.
____Quanto à teoria dos raps, estaria exata em seu conjunto. As pequenas pancadas leves, o ruído da bomba que ressalta, etc., são produzidos batendo o lado da haste sobre o assoalho, como nos servimos de uma bengala para bater um tapete; as pancadas mais vigorosas são dadas na direção do eixo. Neste último caso, o diâmetro da haste uniformemente é de 5 cm. salvo na proximidade do corpo do médium, onde atinge de 7 a 8 cms. A mesma haste pode produzir grande variedade de golpes, segundo a força com que for manejada. Os operadores deram grande número de exemplos em apoio a suas explicações.

Ver também:

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