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O perispírito,
ou corpo fluídico dos Espíritos, é um dos mais importantes produtos do fluido cósmico; é uma condensação desse fluido em torno
de um foco de inteligência ou alma.
O corpo perispirítico e o corpo carnal têm pois origem no mesmo elemento primitivo; ambos são matéria, ainda que em dois estados diferentes. A
Gênese
O
fluido universal,
onde se contém o principio da vida, é o agente principal das manifestações,
agente que recebe impulsão do Espírito, seja encarnado, seja errante.
O perispírito, formado
por substâncias químicas que transcendem a série estequiogenética conhecida até agora
pela ciência terrena, é aparelhagem de matéria rarefeita, alterando-se, de acordo com o padrão vibratório do campo interno.
Organismo delicado, com extremo poder_plástico, modifica-se sob o comando do pensamento.
É necessário, porém, acentuar que o poder apenas existe onde prevaleçam a
agilidade e a habilitação que só a experiência consegue conferir.
Nas mentes primitivas, ignorantes e ociosas, semelhante vestidura se caracteriza
pela feição pastosa, verdadeira continuação do corpo
físico, ainda animalizado ou enfermiço.
O progresso mental é o grande doador de renovação ao equipamento do espírito em qualquer plano de evolução.EMMANUEL - 1952 Ver: Matéria
PSI
Constituído à base de princípios químicos semelhantes, em suas propriedades, ao hidrogênio, a se expressarem através de moléculas significativamente distanciadas umas das outras. [4 - páginas 232]
"O nosso envoltório fluídico, mais imponderável e mais sutil do que o mais sutil e o mais imponderável dos vossos gases, com uma propriedade de expansão e de penetrabilidade inapreciável para os vossos sentidos grosseiros e quase inexplicável para vós ..." Espírito ERASTO
Ditado espontâneo a propósito de uma discussão que ocorrera, na Sociedade, sobre a natureza do Espírito e do Perispírito. Médium Sr. A. Didier.Sim, faltam cor e forma às palavras para exprimir o perispírito e a sua verdadeira natureza; mas há uma coisa certa, é que o que uns chamam perispírito não é outra coisa senão o que outros chamam de envoltório fluídico, material. Quando se discutem semelhantes questões, não são as frases que é preciso procurar, são as palavras.
A alma, para o seu progresso, tem sempre necessidade de um agente; a alma sem agente nada é para vós, ou, melhor dizendo, não pode ser concebida por vós. o perispírito, para nós outros Espíritos errantes, é o agente pelo qual nos comunicamos convosco, seja indiretamente por vosso corpo ou vosso perispírito, seja diretamente pela vossa alma; daí as infinitas nuanças de médiuns e de comunicações.
LAMENNAIS. http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/
Os cadáveres da matéria, já solidificada e sem vida própria, de formação química, lançados e sustentados nos espaços pela gravitação, inundados de radiações de toda espécie, são apenas o sustentáculo de formas de existência mais altas.
(Ver: Matéria PSI )
O perispírito, quanto à forma somática, obedece a leis de gravidade, no plano a que se afina. [10 - página 33]
Revista
SCIENTIFIC AMERICAN - Brasil
Revista
SCIENTIFIC AMERICAN - Brasil [0]
Entre esses dois extremos, dão-se inúmeras transformações, mais ou menos aproximadas de um e de outro. Os fluidos mais próximos da materialidade, os menos puros, conseguintemente, compõem o que se pode chamar a atmosfera espiritual da Terra.
Por muito sutis e impalpáveis que nos sejam esses fluidos, não deixam por isso de ser de natureza grosseira, em comparação com os fluidos etéreos das regiões superiores. O mesmo se dá na superfície de todos os mundos, salvo as diferenças de constituição e as condições de vitalidade próprias de cada um. Quanto menos material é a vida neles, tanto menos afinidades têm os fluidos espirituais com a matéria propriamente dita. Não é rigorosamente exata a qualificação de fluidos espirituais, pois que, em definitiva, eles são sempre matéria mais ou menos quintessenciada. De realmente espiritual, só a alma ou princípio inteligente. Dá-se-lhes essa denominação por comparação apenas e, sobretudo, pela afinidade que eles guardam com os Espíritos. Pode dizer-se que são a matéria do mundo espiritual, razão por que são chamados fluidos espirituais. [38 - capítulo XIV página 276 item 5 ]
Não
conhecemos a natureza íntima do perispírito.
Suponhamo-lo, todavia, formado de matéria elétrica, ou de outra tão sutil
quanto esta: por que, quando dirigido por uma vontade,
não teria propriedade idêntica à daquela matéria?
Eis
aqui a resposta que, sobre este assunto, deu o Espírito Lamennais:
"O
que uns chamam perispírito não é
senão o que outros chamam envoltório material
fluídico. Direi, de modo mais lógico, para me fazer
compreendido, que esse
fluido ...
A alma, para progredir, necessita sempre de um agente; sem agente, ela nada é, para vós, ou, melhor, não a podeis conceber. o perispírito, para nós outros Espíritos errantes, é o agente por meio do qual nos comunicamos convosco, ...
"Agora o ponto de vista científico, ou seja: a essência mesma do perispírito. Isso é outra questão. Compreendei primeiro moralmente. Resta apenas uma discussão sobre a natureza dos fluidos, coisa por ora inexplicável. A ciência ainda não sabe bastante, porém lá chegará, se quiser caminhar com o Espiritismo.
Não vades mais longe, por este lado; trata-se de um ponto que não pode ser explicado. Supondes que, como vós, também eu não perquiro? Vós pesquisais o perispírito; nós outros, agora, pesquisamos a alma. Esperai, pois." Lamennais. [17b - página 72 item 51]
Dissemos
que, embora fluídico, o perispírito
não deixa de ser uma espécie de matéria, o que decorre do fato das
aparições tangíveis, a que volveremos.Sob a influência de certos médiuns,
tem-se visto aparecerem mãos com todas as propriedades de mãos vivas, que,
como estas, denotam calor, podem ser palpadas, oferecem a resistência de um
corpo sólido, agarram os circunstantes e, de súbito, se dissipam, quais
sombras.
No
homem, além da alma e do corpo, há o laço - perispírito
-
que liga a alma ao corpo. Esse laço é de natureza semimaterial, isto é, de natureza
intermédia entre o Espírito e o corpo. É preciso que
seja assim para que os dois se possam comunicar um com o outro. Por meio desse
laço é que o Espírito atua sobre a matéria e
reciprocamente.
O
Espírito, propriamente dito, é envolvido por
uma substância, vaporosa para os nossos olhos, mas ainda bastante grosseira
para os Espíritos; assaz vaporosa, entretanto, para poder elevar-se na
atmosfera e transportar-se aonde queira.
Os
seres que habitam os diferentes mundos, é fora
de dúvida que têm corpos, porque o Espírito precisa estar revestido de matéria para atuar sobre a matéria.
Esse envoltório,
porém, é mais ou menos material, conforme o
grau de pureza a que chegaram os Espíritos. É isso o que assinala a diferença
entre os mundos que temos de percorrer, porquanto
muitas moradas há na casa de nosso Pai, sendo,
conseguintemente, de muitos graus essas moradas. Alguns o sabem e desse fato têm consciência na Terra;
com outros, no entanto, o mesmo não se dá.
O perispírito
não tem a mesma constituição em
todos os Espíritos encarnados ou desencarnados. Sua natureza
varia, ...
A
substância do perispírito não é a mesma em todos os mundos. É mais ou
menos etérea.Passando de um mundo a outro, o Espírito se reveste da
matéria própria desse outro, operando-se, porém, essa mudança com a rapidez
do relâmpago.
Por
sua natureza e em seu estado normal, o perispírito é invisível e tem isto de comum com uma
imensidade de fluidos que
sabemos existir, sem que, entretanto, jamais
os tenhamos visto. Mas, também, do mesmo modo que alguns desses fluidos, pode ele sofrer modificações que o tornem
perceptível à vista, quer por meio de uma espécie de condensação, quer por meio de uma mudança na disposição de suas
moléculas.
Aparece-nos então sob uma forma vaporosa.
A condensação (preciso é que não se tome esta palavra na sua significação literal; empregamo-la apenas por falta de outra e a título de comparação), dizemos, pode ser tal que o perispírito adquira as propriedades de um corpo sólido e tangível, conservando, porém, a possibilidade de retomar instantaneamente seu estado etéreo e invisível. Podemos apreender esse efeito, atentando no vapor, que passa do de invisibilidade ao estado brumoso, depois ao estado líquido, em seguida ao sólido e vice-versa. Esses diferentes estados do perispírito resultam da vontade do Espírito e não de uma causa física exterior, como se dá com os nossos gases. Quando o Espírito nos aparece, é que pôs o seu perispírito no estado próprio a torná-lo visível. Mas, para isso, não basta a sua vontade, porquanto a modificação do perispírito se opera mediante sua combinação com o fluido peculiar ao médium. Ora, esta combinação nem sempre é possível, o que explica não ser generalizada a visibilidade dos Espíritos. Assim, não basta que o Espírito queira mostrar-se; não basta tão pouco que uma pessoa queira vê-lo; é necessário que os dois fluidos possam combinar-se, que entre eles haja uma espécie de afinidade e também, porventura, que a emissão do fluido da pessoa seja suficientemente abundante para operar a transformação do perispírito e, provavelmente, que se verifiquem ainda outras condições que desconhecemos. É necessário, enfim, que o Espírito tenha a permissão de se fazer visível a tal pessoa, o que nem sempre lhe é concedido, ou só o é em certas circunstâncias, por motivos que não podemos apreciar.
A natureza do envoltório
fluídico está sempre em relação com o grau de
adiantamento moral do Espírito. Os Espíritos_inferiores não podem mudar de envoltório
a seu bel-prazer, pelo que não podem passar, a vontade,
de um mundo espiritual para outro. Alguns há,
portanto, cujo envoltório fluídico, se bem que etéreo
e imponderável com relação à matéria tangível, ainda é por demais pesado,
se assim nos podemos exprimir, com relação ao mundo espiritual, para não
permitir que eles saiam do meio que lhes é próprio. Nessa categoria se devem
incluir aqueles cujo perispírito é tão grosseiro, que eles o confundem com o corpo_carnal, razão por que continuam a crer-se vivos.
Os Espíritos superiores, ao contrário, podem vir aos mundos inferiores, e, até, encarnar neles. Tiram, dos elementos constitutivos do mundo onde entram, os materiais para a formação do envoltório fluídico ou carnal apropriado ao meio em que se encontrem. Fazem como o lie que despe temporariamente suas vestes, para envergar os trajes plebeus, sem deixar por isso de ser nobre.É assim que os Espíritos da categoria mais elevada podem manifestar-se aos habitantes da Terra ou encarnar em missão entre estes. Tais Espíritos trazem consigo, não o invólucro, mas a lembrança, por intuição, das regiões donde vieram e que, em pensamento, eles vêem. São videntes entre cegos. A
Gênese - Allan Kardec
Os Espíritos chamados a viver num determinado meio tiram dele seus perispíritos; porém, conforme seja mais ou menos depurado o Espírito, seu perispírito se formará das partes mais puras ou das mais grosseiras do fluido peculiar ao mundo onde ele encarna. O Espírito produz aí, sempre por comparação e não por assimilação, o efeito de um reativo químico que atrai a si as moléculas que a sua natureza pode assimilar.Resulta disso este fato capital:
Por isso, em todos, são os mesmos os efeitos que o corpo produz, semelhantes as necessidades, ao passo que diferem em tudo o que respeita ao perispírito.Também resulta que: o envoltório perispirístico de um Espírito se modifica com o progresso moral que este realiza em cada encarnação, embora ele encarne no mesmo meio; que os Espíritos superiores, encarnando excepcionalmente, em missão, num mundo inferior, têm perispírito menos grosseiro do que o dos indígenas desse mundo. A
Gênese
Do
meio onde se encontra é que o Espírito extrai o seu perispírito, isto
é, esse envoltório ele o forma dos fluidos ambientes. Resulta daí que oselementos constitutivos do perispírito
naturalmente variam, conforme os mundos. Dando-se Júpiter como
orbe muito adiantado em comparação com a Terra,
como um orbe onde a vida corpórea não apresenta a materialidade da nossa,
os envoltórios perispirituais hão de ser lá de natureza muito mais quintessenciada do que aqui. Ora, assim como não poderíamos existir naquele mundo
com o nosso corpo carnal, também os nossos Espíritos não poderiam nele
penetrar com o perispírito terrestre que os reveste. Emigrando da Terra, o Espírito deixa aí o seu invólucro fluídico e
toma outro apropriado ao mundo onde vai habitar.A
Gênese |
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