CONCENTRAÇÃO DINÂMICA E DESAGREGAÇÃO ATÔMICA
- De ,
o espírito, puro pensamento, princípio, a Lei que é Deus
- caminha
para ,
num devenir contínuo, movimento feito de energia e vontade,
- para
atingir seu último termo (). A matéria, estrutura, ação,
a forma. E, iniciar o seu regresso para .
|
Vosso
ciclo poderia definir-se como um físio-dínamo-psiquismo
Movimento
concêntrico (ciclo
inverso). |
[63
- A GRANDE SÍNTESE - A Lei]
____Aprofundemos, pois, o
problema do nascimento e da morte da matéria,
depois (entre esses dois extremos) o da evolução de suas individuações, isto
é, o de sua vida.
____Pode definir-se a matéria como uma forma de energia,
isto é, um modo de ser da substância,
que nasce da energia por condensação ou por concentração e regressa
à energia por desagregação, após haver percorrido uma série evolutiva
de formas cada vez mais complexas e diferenciadas, que reencontram a unidade em
reagrupamentos coletivos.
____A matéria nasce, vive e morre,
para renascer, reviver e tornar a morrer, tal como o homem, eternamente,
descendo de a e voltando a , quando o vórtice interior, por_ter_atingido_o_máximo_de_condensação dinâmica, não mais pode suportá-la e se quebra.
____Assistamos, então ao fenômeno da desagregação
da matéria, a que chamais radioatividade,
própria dos corpos velhos, com peso atômico maior, seu máximo de condensação.
Assim, o átomo representa uma quantidade enorme, uma mina de energia condensada,
que podereis libertar, perturbando o equilíbrio interno do sistema núcleo-eletrônico
do átomo.
____O significado da palavra condensação só pode ser compreendido se reduzirmos a energia à sua expressão mais simples
(isto também vale para a substância): o movimento. Condensação de energia
é expressão demasiadamente sensória. É melhor dizer concentração de
energia, pois isso significa aceleração de movimento, de velocidade. Veremos melhor essa essência do fenômeno no estudo do íntimo mecanismo do
transformismo fenomênico.
____Vemos, todavia, que toda a
estrutura planetária do átomo nos fala de energia e de velocidade. Logo que
observamos, em profundidade, o fenômeno matéria, esta se dissolve em sua aparência
exterior e se revela em sua substância, a energia. O conceito sensório de
solidez e de concreto desaparece diante do conceito de elétrons que giram,
velocíssimos, em espaços ilimitados, proporcionalmente a seu volume, em redor
de um núcleo incomensurávelmente menor. Assim a matéria, tal como a concebeis
habitualmente, desvanece em vossas mãos, deixando-vos apenas sensações
produzidas por algo que é apenas energia e determina um movimento que se
estabiliza por sua altíssima velocidade. Eis a matéria reduzida à sua última
expressão. Da mesma forma que o movimento é a essência da substância ,
assim também é o de cada um de seus aspectos: , , .
- Velocidade
é energia ,
- velocidade
é matéria,
- velocidade
é idêntica em sua substância,
- é
o denominador comum que vos permite a passagem de uma à outra forma.
Coloquemos lado
a lado estas duas formas da substância, matéria e energia. Aquecendo um corpo,
transmitimos energia à matéria, isto é outra
modalidade de energia. Somamos energia. O calor significa aumento de velocidade
nos sistemas atômicos moleculares. Quando dizemos que um corpo está mais
quente, isto significa que seu movimento íntimo sofre um rápido aumento de
velocidade. Então o calor infunde na matéria, como em todas as demais formas
de vida, um ritmo mais intenso; é verdadeiro aumento de potência, um acréscimo
de individualidade que, no mundo da matéria, expressa-se com a dilatação do
volume. De imensa distância, o sol acende essa dança dos átomos e toda a matéria
do planeta responde. A dança propaga-se de corpo em corpo, tudo o que lhe está
perto o sente, participa, exulta. Os corpos condutores de energia são aqueles
cujas moléculas são mais ágeis a realizar a corrida. O movimento, essência
do universo, vai de uma coisa à outra, ávido de comunicar-se, como as ondas do
mar, ávido de expandir-se. Dá-se sempre, pelo universal princípio do amor;
fecunda e se dispersa depois de haver dado a vida, para reencontrar-se,
recondensar-se ao longe, em todos os novos vórtices de criação. Os homens e as coisas, na Terra, arrebatam o mais que podem, tudo que chega do sol e o dividem entre si. O
homem transforma esse movimento em outras formas de energia (já que nada se
cria e nada se destrói, tudo se transforma, sempre): luz, som,
eletricidade, para suas necessidades. Mas o fenômeno é irresistível e a cada
transformação há uma perda, um consumo, um desgaste, um atrito e um esforço
para suprir isso (porque estais em fase de evolução = descentralização cinética). O fornecimento do sol renova-se
continuamente; ele dá o que tem e em formas sempre novas, reconquistará
tudo o que dá. Isso porque o movimento, substância do universo, é um ciclo
que sempre volta e está fechado e completo em si mesmo.
[63
- A GRANDE SÍNTESE - Nascimento e morte da matéria] |
O
ÉTER, A RADIOATIVIDADE E A DESAGREGAÇÃO DA MATÉRIA
____Nas duas extremidades da série
estequiogenética, temos H (Hidrogênio) e U (URÂNIO). Esses dois elementos
individualizam as duas formas extremas da fase . A escala evidentemente “deve” estender-se além das formas que
vos mostra a evolução terrestre. Vimos que, antes de H, temos o éter, forma
da qual voltaremos a falar, intermediária entre b e .
Vejamos agora a que formas tende a progressão evolutiva de U.
- Hidrogênio é o
elemento constitutivo dos corpos jovens: nebulosas, estrelas brancas, quentes,
de espectro extenso ao ultravioleta, como Sírio e da Lira.
- O
URÂNIO
é o elemento constitutivo dos corpos velhos, mais adiantados na evolução e
que, portanto, puderam produzir elementos mais densos (peso atômico maior) e
mais diferenciados.
(Ver: Radioatividade )
____Resumo, ainda, e fecho este capítulo.
Partindo do Hidrogênio — forma primitiva da matéria, derivada por condensação
(concentração) das formas dinâmicas, através da forma de transição, o éter
— estabelecemos uma escala, em que os elementos químicos encontraram, até o
URÂNIO (U), seu lugar, de acordo com a própria fase de evolução. A repetição periódica
das isovalências mostrou-nos que essa evolução — ao mesmo tempo condensação
progressiva e estequiogênese — constitui um ritmo que é também expresso
pelo progredir constante dos pesos atômicos. Essas grandes pulsações rítmicas
da matéria são sete, as quais apresentei em sete séries, de acordo com as
letras S1, S2, S3, S4, S5, S6 e S7.
Partindo da série S1 até S7, aparece uma mudança alternada de fases
periódicas que se sucedem à maneira de notas musicais, a distâncias de
oitavas. O conjunto da série é apenas uma oitava
maior, o que prenuncia outras oitavas que invadem as fases b e .
Vimos a tendência que assume a matéria ao chegar a U — seu limite de máxima
descida, condensação, involução — e, ao mesmo tempo, retomada da ascensão
evolutiva, o regresso à fase
____Em vosso sistema planetário a matéria é velha, ou melhor, está envelhecendo
e vos mostra todas as formas em que sua vida se fixou e criou. A fase vivida por
vosso recanto de universo é a fase
b®
, isto é, os fenômenos da vida e do espírito.
____Mas se quiserdes continuar a série
evolutiva de suas formas conhecidas, recorrei ao citado princípio de analogia
e continuai a série nas direções já iniciadas, ou seja, antes de H, com
corpos de peso atômico decrescente, e depois de U, com peso atômico e
radioatividade cada vez mais
acentuadas. Conservai a relação de progressão já anotada e encontrareis,
para os elementos químicos aquém de H e além de U, um salto no peso atômico
de 2 ou 4 unidades, e o mesmo retorno periódico de isovalências. Assim, o
elemento
que vier depois de U terá um peso atômico 240-242, com qualidades radioativas
ainda mais fortes. Sabei que os produtos mais densos e radioativos do que U
vos escapam, porque ainda não “nasceram” em vosso planeta e que os corpos
que precederam o H já desapareceram, portanto, escapam de vossa observação.
Esse aumento de qualidades radioativas nos corpos que devem nascer depois do U,
significa para eles uma tendência cada vez mais acentuada à desagregação
espontânea, ao regresso às formas dinâmicas. Esses corpos nascem para
morrer logo e sua vida tem a função
de transformar em , a substância que regressa à sua fase de espírito. Esse o grande e verdadeiro
problema de que tratarei e do qual esta é apenas singela preparação.
____À outra extremidade da escala, aquém de H, sempre pelo mesmo princípio de
analogia, encontrareis corpos de peso atômico menor que H, de -2 e assim por
diante, do grupo e valência do Oxigênio. Prosseguindo nessa direção,
encontrareis o éter.
[63
- A GRANDE SÍNTESE - O éter, a radioatividade e desagregação da
matéria]
____Quando
novamente a
matéria estiver velha, a energia que dela renascer
mais madura não tenderá a reenvolver-se num novo núcleo-matéria, mas
subirá para a, entrando nos caminhos da vida e da consciência.
A razão pela qual apareceu a
vida
em vosso_planeta e nos do sistema_solar é justamente porque este sistema é
velho, como vimos. Aqui a matéria está em sua última maturidade, está
morrendo por desagregação
radioativa e a energia dirige-se decididamente para a fase superior, a.
[63
- A GRANDE SÍNTESE - Gênese da gravitação]
____Vossa ciência já fala de vida de
elementos químicos e define a duração desses períodos de vida. A radioatividade, fenômeno perceptível para vós materialmente apenas nos corpos
que a apresentam destacadamente, é, não obstante, propriedade universal da matéria.
Isto significa que a matéria, toda e
sempre, é susceptível de decomposição, em maior ou menor grau, transformável
em formas dinâmicas e que a pulsação de sua evolução, a estequiogênese, jamais para.
[63
- A GRANDE SÍNTESE - O éter, a radioatividade e desagregação da
matéria]
Enquanto a
energia concentra-se no núcleo (éter)
— centro genético das formas de —
paralelamente
o universo, na fase dinâmica,
concentra-se na nebulosa mãe da expansão espiralóide galáctica.
[63
- A GRANDE SÍNTESE - Da matéria à vida]
|