Os Espíritos pertencem a diferentes classes e não são iguais, ...
[9ª - Introdução p.24] e [9ª - página 86 questão 96]
As ordens ou graus de perfeição dos Espíritos são em número ilimitadas, porque entre elas não há linhas de demarcação traçadas como barreiras, de sorte que as divisões podem ser multiplicadas ou restringidas livremente.
A classificação dos Espíritos se baseia ...
Podem, pois, formar-se maior ou menor número de classes, conforme o ponto de vista donde se considere a questão ...
Não esqueçais nunca que o Espírito, qualquer que seja o grau de seu adiantamento, sua situação como encarnado, ou na erraticidade, está sempre colocado entre ...
São VICENTE DE PAULO
Os
próprios Espíritos nos
ensinam não haver entre eles igualdade de conhecimentos nem de qualidades
morais, [9ª - página 34 Introdução X ]
Os Espíritos que desde o princípio seguem o caminho do bem nem por isso são Espíritos perfeitos. Não têm, é certo, maus pendores, mas precisam adquirir a experiência e os conhecimentos indispensáveis para alcançar a perfeição.
Da existência de diferentes ordens de Espíritos, há entre eles subordinação e autoridade (hierarquia). Os Espíritos têm uns sobre os outros a autoridade correspondente ao grau de superioridade que hajam alcançado, autoridade que eles exercem por um ascendente moral irresistível.
Os Espíritos das
diferentes ordens se
se vêem, mas se distinguem uns dos outros. Evitam-se ou
se aproximam, conforme à simpatia ou à antipatia que reciprocamente uns
inspiram aos outros, tal qual sucede entre vós. Constituem um mundo do qual o vosso é pálido reflexo.
Os da mesma categoria se reúnem por uma espécie de
afinidade e formam grupos ou famílias, unidos
pelos laços da simpatia e pelos fins a que visam:
Os bons Espíritos vão a toda parte e assim deve ser, para que possam influir sobre os maus Espíritos.
Uma Inteligência, que se dizia do mundo espiritual, deu-nos o seguinte ditado por meio da prancheta:
[97 - página 263]
Diferentes ordens de Espíritos Um ponto capital, na Doutrina Espírita, é o das diferenças que existem, entre os Espíritos, sob o duplo intercâmbio intelectual e moral; seu ensinamento, a esse respeito, jamais variou; mas, não é menos essencial saber que não pertencem, perpetuamente, à mesma ordem, e que, conseqüentemente, essas ordens não se constituem em espécies distintas: são diferentes graus de desenvolvimento. Os Espíritos seguem a marcha progressiva da Natureza; os das ordens inferiores são ainda imperfeitos; alcançam os graus superiores depois de estarem depurados; avançam na hierarquia à medida que adquirem as qualidades, as experiências que lhes faltam. A criança, no berço, não se parece ao que será na idade madura, e, todavia, é sempre o mesmo ser. A classificação dos Espíritos está baseada no grau do seu adiantamento, nas qualidades que adquiriram, e nas imperfeições das quais, ainda, não se despojaram. Essa classificação, de resto, nada tem de absoluta; cada categoria não apresenta um caráter distinto senão no seu conjunto; mas, de um grau ao outro a transição é imperceptível, e, sobre os limites, a nuança se apaga como nos reinos da Natureza, como nas cores do arco-íris, ou, ainda, como nos diferentes períodos da vida do homem. Pode-se, pois, formar um maior ou menor número de classes segundo o ponto de vista sob o qual se considera a questão. Ocorre aqui como em todos os sistemas de classificações científicas; os sistemas podem ser mais ou menos completos, mais ou menos racionais, mais ou menos cômodos para a inteligência, porém, quaisquer que sejam, não mudam nada no fundo da ciência. Os Espíritos, interrogados sobre esse ponto, puderam, pois, variar no número das categorias, sem que isso tivesse conseqüências sérias. Serviu-se dessa aparente contradição, sem refletir que eles não ligam nenhuma importância ao que é puramente convencional; para eles, o pensamento é tudo; nos deixam a forma, a escolha das palavras, as classificações, em uma palavra, os sistemas. Acrescentemos, ainda, esta consideração de que não se deve, jamais, perder de vista, que, entre os Espíritos, como entre os homens, há os muito ignorantes, e que não seria demais se colocar em guarda contra a tendência a crer que todos devem tudo saber porque são Espíritos. Toda classificação exige método, análise e conhecimento profundo do assunto. Ora, no mundo dos Espíritos, os que têm conhecimentos limitados são, como aqui os ignorantes, inabilitados a abarcar um conjunto, a formular um sistema; aqueles mesmo que disso são capazes, podem variar nos detalhes, segundo seu ponto de vista, sobretudo quando uma divisão nada tem de absoluta. Linnée, Jussieu, Tournefort, têm, cada um, o seu método, e a Botânica não mudou por isso; é que não inventaram nem as plantas e nem os seus caracteres; observaram as analogias segundo as quais formaram os grupos ou classes. Foi assim que procedemos; não inventamos nem os Espíritos e nem os seus caracteres; vimos e observamos, julgamo-los por suas palavras e atos, depois foram classificados por semelhanças; é o que cada um teria feito em nosso lugar. Não podemos, entretanto, reivindicar a totalidade desse trabalho como sendo obra nossa. Se o quadro, que damos em seguida, não foi textualmente traçado pelos Espíritos, e se dele tivemos a iniciativa, todos os elementos dos quais se compõe foram tomados dos seus ensinamentos; não nos restou mais do que formular-lhe a disposição material. Os Espíritos admitem, geralmente, três categorias principais ou três grandes divisões.
Essa divisão nos parece perfeitamente racional e nos apresenta caracteres bem definidos; não nos restou mais do que fazer ressaltar, por um número suficiente de sub-divisões, as nuanças principais do conjunto; foi isso o que fizemos com o concurso dos Espíritos, cujas instruções benevolentes jamais nos faltaram. Com a ajuda desse quadro, será fácil determinar a classe e o grau de superioridade, ou inferioridade, dos Espíritos com os quais possamos entrar em intercâmbio, e, conseqüentemente, o grau de confiança e de estima que merecem. De outra parte, nos interessa pessoalmente, porque, como pertencemos, por nossa alma, ao mundo espírita, no qual reentraremos deixando nosso envoltório mortal, nos mostra o que nos resta a fazer para chegarmos à perfeição e ao bem supremo. Faremos observar, todavia, que os Espíritos não pertencem sempre, exclusivamente, a tal ou tal classe; seu progresso, não se cumprindo senão gradualmente, e, freqüentemente, mais num sentido do que num outro, podem reunir os caracteres de várias categorias, o que é fácil de apreciar por sua linguagem e por seus atos. [37 - página 38] |
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