Não é substancialmente mau o princípio originário das paixões. A paixão está no excesso de que se acresceu a vontade, visto que o princípio que lhe dá origem foi posto no homem para o bem, tanto que as paixões podem levá-lo à realização de grandes coisas. O abuso que delas se faz é que causa o mal.


[9a - página 417 questão 907]

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Uma paixão se torna perigosa a partir do momento em que deixais de poder governá-la e que dá em resultado um prejuízo qualquer para vós mesmos, ou para outrem.


As paixões são alavancas que decuplicam as forças do homem e o auxiliam na execução dos desígnios da Providência. Mas, se, em vez de as dirigir, deixa que elas o dirijam, cai o homem nos excessos e a própria força que, manejada pelas suas mãos, poderia produzir o bem, contra ele se volta e o esmaga.


Todas as paixões têm seu princípio num sentimento, ou numa necessidade natural.


O princípio das paixões não é, assim, um mal, pois que assenta numa das condições providenciais da nossa existência. A paixão propriamente dita é a exageração de uma necessidade ou de um sentimento. Está no excesso e não na causa e este excesso se torna um mal, quando tem como conseqüência um mal qualquer.


Toda paixão que aproxima o homem da natureza animal afasta-o da natureza espiritual.


Todo sentimento que eleva o homem acima da natureza animal denota predominância do espírito sobre a matéria e o aproxima da perfeição.


[9a - página 417 questão 908]

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O homem sempre poderia, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações (suas paixões). E, freqüentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade.

Ah ! Quão poucos dentre vós fazem esforços!


[9a - página 418 questão 909]

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O homem pode achar nos Espíritos eficaz assistência para triunfar de suas paixões. Se o pedir a Deus e ao seu bom gênio, com sinceridade, os bons Espíritos lhe virão certamente em auxílio, porquanto é essa a missão deles.

[9a - página 418 questão 910]

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Não haverá paixões tão vivas e irresistíveis, que a vontade seja impotente para dominá-las?


Hámuitas pessoas que dizem: Quero, mas a vontade só lhes está nos lábios. Querem, porém muito satisfeitas ficam que não seja como "querem". Quando o homem crê que não pode vencer as suas paixões, é que seu Espírito se compraz nelas, em conseqüência da sua inferioridade. Compreende a sua natureza espiritual aquele que as procura reprimir. Vencê-las é, para ele, uma vitória do Espírito sobre a matéria.


[9a - página 418 questão 911]

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O meio mais eficiente de combater-se o predomínio da natureza corpórea está em praticar a abnegação.


[9a - página 418 questão 912]

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Os selvagens de infância espiritual relativa, pois já são almas desenvolvidas, visto que já nutrem paixões como sinal de consciência do eu, porquanto na alma primitiva, a inteligência e a vida se acham no estado de gérmen.


[9a - página 128 questão 191]

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Para neutralizar a influência dos maus Espíritos pratiques o bem e pondes em Deus toda a vossa confiança, repelireis a influência dos Espíritos inferiores e aniquilareis o império que desejam ter sobre vós. Guardai-vos de atender às sugestões dos Espíritos que vos suscitam maus pensamentos, que sopram a discórdia entre vós outros e que vos insuflam as paixões más. Desconfiai especialmente dos que vos exaltam o orgulho, pois que esses vos assaltam pelo lado fraco. Essa a razão por que Jesus, na oração dominical, vos ensinou a dizer: "Senhor! Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal."

[9a - página 248 questão 469]

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A verdadeira afeição nada tem de carnal; mas, quando um Espírito se apega a uma pessoa, nem sempre o faz só por afeição. Á€ estima que essa pessoa lhe inspira pode agregar-se das paixões humanas.


[9a - página 254 questão 485]

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Os Espíritos vulgares, como dizes, esses vos rodeiam constantemente e com freqüência tomam parte muito ativa no que fazeis, de conformidade com suas naturezas. Cumpre assim aconteça, porque, para serem os homens impelidos pelas diversas veredas da vida, necessário é que se lhes excitem ou moderem as paixões.


[9a - página 284 questão 567]

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Estando o rico sujeito a maiores tentações, também não dispõe, por outro lado, de mais meios de fazer o bem? "Mas, é justamente o que nem sempre faz.



Com a riqueza, suas necessidades aumentam e ele nunca julga possuir o bastante para si unicamente." A alta posição do homem neste mundo e o ter autoridade sobre os seus semelhantes são provas tão grandes e tão escorregadias como a desgraça, porque, quanto mais rico e poderoso é ele, tanto mais obrigações tem que cumprir e tanto mais abundantes são os meios de que dispõe para fazer o bem_e_o mal.


  • Deus experimenta o pobre pela resignação
  • e o rico pelo emprego que dá aos seus bens e ao seu poder.

A riqueza e o poder fazem nascer todas as paixões que nos prendem à matéria e nos afastam da perfeição espiritual. Por isso foi que Jesus disse: "Em verdade vos digo que mais fácil é passar um camelo por um fundo de agulha do que entrar um rico no reino dos céus."

[9a - página 379 questão 816]

Ver: Provação de riqueza e miséria

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O fato de ser a tua vida posta em perigo constitui um aviso que tu mesmo desejaste, a fim de te desviares do mal e te tornares melhor. Se escapas desse perigo, quando ainda sob a impressão do risco que correste, de te melhorares, conforme seja mais ou menos forte sobre ti a influência dos Espíritos bons.

Sobrevindo o mau Espírito (digo mau, subentendendo o mal que ainda existe nele), entras a pensar que do mesmo modo escaparás a outros perigos e deixas que de novo tuas paixõesse desencadeiem.

Por meio dos perigos que correis, Deus vos lembra a vossa fraqueza e a fragilidade da vossa existência. Se examinardes a causa e a natureza do perigo, verificareis que, quase sempre, suas conseqüências teriam sido a punição de uma falta cometida ou da negligência nocumprimento de um dever. Deus, por essa forma, exorta o Espírito a cair em si e a se emendar.


[9a - página 391 questão 855]

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O homem carnal, mais preso à vida corpórea do que à vida espiritual tem, na Terra, penas e gozos materiais. Sua felicidade consiste na satisfação fugaz de todos os seus desejos. Sua alma, constantemente preocupada e angustiada pelas vicissitudes da vida, se conserva numa ansiedade e numa tortura perpétua. A morte o assusta, porque ele duvida do futuro e porque tem de deixar no mundo todas as suas afeições e esperanças. O homem moral, que se colocou acima das necessidades factícias criadas pelas paixões, já neste mundo experimenta gozos que o homem material desconhece. A moderação de seus desejos lhe dá ao Espírito calma e serenidade. Ditoso pelo bem que faz, não há para ele decepções e as contrariedades lhe deslizam por sobre a alma, sem nenhuma impressão dolorosa deixarem.


[9a - página 438]

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O homem que se considera feliz na Terra, porque pode satisfazer às suas paixões, é o que menos esforços emprega para se melhorar. Muitas vezes começa a sua expiação já nessa mesma vida de efêmera felicidade, mas certamente expiará noutra existência tão material quanto aquela.


[9a - página 457]

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Será essa uma situação desejável e não compreendeis que, com as suas paixões, o homem cria para si mesmo suplícios voluntários, tornando-se-lhe a Terra verdadeiro inferno?

[9a - página 432 questão 933]

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Mentes cristalizadas na rebeldia, tentam solapar, em vão, a Sabedoria Eterna, criando quistos de vida inferior, na organização terrestre, entrincheiradas nas paixões escuras que lhes vergastam as consciências. Conhecem inumeráveis recursos de perturbar e ferir, obscurecer e aniquilar. Escravizam o serviço benéfico da reencarnação em grandes setores expiatórios e dispõem de agentes da discórdia contra todas as manifestações dos sublimes propósitos que o Senhor nos traçou às ações.


[96 - páginas 20]
André Luiz

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LIVRO DE TOMÉ, O ATLETA

Atos do Apóstolo Tomé

(Apostolo Dídimo Judas Tomé, Thomas)

Texto Gnóstico encontrado em Nag Hammad, 1945

Esses textos foram registrados a parir do diálogo que Jesus teve com Tomé, Matias provavelmente o autor, não assinou o manuscrito. Os textos são considerados originais, e datam do primeiro século.

LIVRO DE TOMÉ

Obs. Sua tradução foi baseada no texto de Marvin W.Meyer e na obra de John D. Turner



Capítulo III


Tomé respondeu: "Mestre, eu te digo que as pessoas que falam sobre o invisível e o difícil de explicar agem como arqueiros tentando acertar um alvo no meio da noite. É claro que eles atiram as flechas como qualquer outro arqueiro, já que miram um alvo; só que nesse caso, o alvo não pode ser visto. Quando a luz surge e expulsa as trevas, então se distinguirá o que cada pessoa fez. Mestre, nossa luz, trazendo a iluminação."


Jesus disse: "é na luz que a luz existe".


"Tomé pergunta:"Mestre, por que esta luz visível que brilha sobre nós nasce e se põe?"


O Salvador responde: "Bem-aventurado Tomé, esta luz visível brilha sobre ti não para manter-te aí, mas para ajuda-te a partir. Quando todos os escolhidos perderem a natureza animal, essa luz se retirará para o domínio da essência e será bem vinda, por conta de seu excelente serviço!"
(Ver: Sol)


Então o Salvador continuou: "Ó insondável amor da luz! Ó fogo amargo que queima nos corpos dos homens e em sua medula, arde dentro deles, dia e noite, queima nos membros dos homens, embriaga suas mentes e perturba suas almas, movendo-se dentro de homens e mulheres, dia e noite, movendo-se secreta ou visivelmente."


"Pois os homens estão atiçados e eles atiçam as mulheres e as mulheres atiçam os homens.


"Por isso se Diz:' Quem busca a Verdade na verdadeira sabedoria criará em si asas para voar e fugir da paixão que inflama os espíritos humanos. Quem busca, criará em si asas para escapar de qualquer espírito visível'."


http://paginas.terra.com.br/servicos/ ecard/apocrifosonline/ evangelhos_gnosticos/livro_tome.htm


(Link desativado)



Ver:
Iluminação do íntimo;
O Evangelho de Tomé
;
Corpo físico

e
Conhecimento de si mesmo

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