Daí suas afeições, como conseqüência da conformidade dos sentimentos.
A verdadeira afeição nada tem de carnal; mas, quando um Espírito se apega a uma pessoa, nem sempre o faz só por afeição. À estima que essa pessoa lhe inspira pode agregar-se das paixões humanas.
Os
bons Espíritos fazem todo o bem que lhes é possível e se sentem ditosos com as vossas
alegrias. Afligem-se com os vossos males, quando os não suportais com
resignação, porque nenhum benefício então tirais deles, assemelhando-vos, em
tais casos, ao doente que rejeita a beberagem amarga que o há de curar.
Dos males dos homens, os que mais afligem os Espíritos são o vosso egoísmo
e a dureza dos vossos corações. Daí decorre tudo o mais.
Sabendo ser transitória a vida corporal e que as tribulações que lhe são inerentes constituem meios de alcançarmos melhor estado, os Espíritos mais se afligem pelos nossos males devidos a causas de ordem moral, do que pelos nossos sofrimentos físicos, todos passageiros. Pouco se incomodam com as desgraças que apenas atingem as nossas ideias mundanas, tal qual fazemos com as mágoas pueris das crianças. Vendo nas amarguras da vida um meio de nos adiantarmos, os Espíritos as consideram como a crise ocasional de que resultará a salvação do doente. Compadecem-se dos nossos sofrimentos, como nos compadecemos dos de um amigo. Porém, enxergando as coisas de um ponto de vista mais justo, os apreciam de um modo diverso do nosso. Então, ao passo que...
Os
parentes e amigos, que nos precederam na outra vida, maior simpatia nos votam do que os Espíritos que nos são estranhos. E, quase sempre, nos
protegem como Espíritos, de acordo com o poder de que dispõem. São
muito sensíveis à afeição que lhes
conservamos. Mas esquecem-se dos que os olvidam.
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