Jesus curando um cego, perto de Jericó
Médiuns
curadores: os que têm o poder de curar ou de aliviar o doente, pela só imposição das mãos, ou pela prece.
"Esta faculdade não é essencialmente mediúnica;
possuem-na todos os verdadeiros crentes, sejam médiuns ou não. As mais
das vezes, é apenas uma exaltação do poder magnético, fortalecido,
se necessário, pelo concurso de bons Espíritos." [17b - página 232 item 189] MÉDIUM
PASSISTA
____Entendemos que a mediunidade curativa
se reveste da mais alta importância, desde que alicerçada nos sentimentos
mais puros da mais pura fraternidade. ____É claro que não nos reportamos aos magnetizadores
que desenvolvem as forças que lhes são peculiares, no trato da saúde
humana. ____Referímo-nos, sim, aos intérpretes da Espiritualidade Superior,
consagrados à assistência providencial aos enfermos, para encorajar-lhes
a ação. ____Decerto, o estudo da constituição humana lhes é naturalmente aconselhável,
tanto quanto ao aluno de enfermagem, embora não seja médico, se
recomenda a aquisição de conhecimentos do corpo em si. E do mesmo modo
que esse aprendiz de rudimentos da Medicina precisa atentar para a
assepsia do seu quadro de trabalho, o médium
passista necessitará vigilância no seu campo de ação, porquanto
de sua higiene espiritual resultará o reflexo benfazejo
naqueles que se proponha socorrer. Eis porque se lhe pede a sustentação
de hábitos nobres e atividades limpas, com a simplicidade e a humildade
por alicerces no serviço de socorro aos doentes, de vez que semelhantes
fatores funcionarão à maneira do tungstênio na lâmpada elétrica,
suscetível de irradiar a força da usina, produzindo a luz necessária à
expulsão da sombra. ____O investimento_cultural
ampliar-lhe-á os recursos_psicológicos,
facilitando-lhe a recepção das ordens e avisos dos instrutores que lhe
propiciem amparo, e o asseio mental lhe consolidará a influência,
purificando-a, além de dotar-lhe a presença com a indispensável
autoridade moral, capaz de induzir o enfermo ao despertamento das próprias
forças de reação.
[29 - página 159] - André Luiz - 1959
____Unicamente
para não deixar de mencioná-la, falaremos aqui desta espécie de médiuns,
porquanto o assunto exigiria desenvolvimento excessivo para os limites em que
precisamos ater-nos. Diremos apenas que este gênero de mediunidade
consiste, principalmente, no dom que possuem certas pessoas de curar
pelo simples toque, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o concurso de qualquer
medicação. Dir-se-á, sem dúvida, que isso mais não é do que magnetismo. ____Evidentemente,
o fluido_magnético
desempenha aí importante papel; porém, quem examina cuidadosamente o fenômeno
sem dificuldade reconhece que há mais alguma coisa. A magnetização
ordinária é um verdadeiro tratamento seguido, regular e metódico; no caso que
apreciamos, as coisas se passam de modo inteiramente diverso. ____Todos
os magnetizadores
são mais ou menos aptos a curar, desde que saibam conduzir-se convenientemente,
ao passo que nos médiuns curadores a
faculdade é espontânea e alguns até a possuem sem jamais terem ouvido falar
de magnetismo. A intervenção de uma potência oculta, que é o que
constitui a mediunidade, se faz manifesta, em certas circunstâncias, sobretudo
se considerarmos que a maioria das pessoas que podem, com razão, ser
qualificadas de médiuns curadores recorre à prece,
que é uma verdadeira evocação. [17b - página 217 item 175] ____Eis
aqui as respostas que nos deram os Espíritos às perguntas que lhes dirigimos
sobre este assunto:
- Podem
considerar-se as pessoas dotadas de força magnética como formando
uma variedade de médiuns?
R -"Não há que duvidar."
- Entretanto,
o médium é um intermediário entre os Espíritos e o homem; ora, o
magnetizador, haurindo em si mesmo a força de que se utiliza, não
parece que seja intermediário de nenhuma potência estranha.
R -"É um erro; a força magnética reside, sem
dúvida, no homem, mas é aumentada pela ação dos Espíritos que
ele chama em seu auxilio. Se magnetizas com o propósito de curar,
por exemplo, e invocas um bom Espírito que se interessa por ti e
pelo teu doente, ele aumenta a tua força e a tua vontade, dirige o
teu fluido e lhe dá as qualidades necessárias."
- Há,
entretanto, bons magnetizadores que não crêem nos Espíritos?
R -"Pensas então que os Espíritos só atuam nos que
crêem neles? Os que magnetizam para o bem são auxiliados por bons
Espíritos. Todo homem que nutre o desejo do bem os chama, sem dar
por isso, do mesmo modo que, pelo desejo do mal e pelas más
intenções, chama os maus."
- Agiria
com maior eficácia aquele que, tendo a força magnética,
acreditasse na intervenção dos Espíritos?
R -"Faria coisas que consideraríeis milagre."
- Há
pessoas que verdadeiramente possuem o dom de curar pelo simples
contacto, sem o emprego dos passes magnéticos?
R -"Certamente; não tens disso múltiplos
exemplos?"
- Nesse
caso, há também ação magnética, ou apenas influência dos
Espíritos?
R -"Uma e outra coisa. Essas pessoas são verdadeiros
médiuns, pois que atuam sob a influência dos Espíritos; isso,
porém, não quer dizer que sejam quais médiuns curadores, conforme
o entendes."
- Pode
transmitir-se esse poder?
R -"O poder, não; mas o conhecimento de que necessita,
para exercê-lo, quem o possua. Não falta quem não suspeite sequer
de que tem esse poder, se não acreditar que lhe foi
transmitido."
- Podem
obter-se curas unicamente por meio da prece?
R -"Sim, desde que Deus o permita; pode dar-se, no
entanto, que o bem do doente esteja em sofrer por mais tempo e
então julgais que a vossa prece não foi ouvida."
- Haverá
para isso algumas fórmulas de prece mais eficazes do que outras?
R -"Somente a superstição pode emprestar virtudes
quaisquer a certas palavras e somente Espíritos ignorantes, ou
mentirosos podem alimentar semelhantes ideias, prescrevendo
fórmulas. Pode, entretanto, acontecer que, em se tratando de
pessoas pouco esclarecidas e incapazes de compreender as coisas
puramente espirituais, o uso de determinada fórmula contribua para
lhes infundir confiança. Neste caso, porém, não é na fórmula
que está a eficácia, mas na fé, que aumenta por efeito da ideia
ligada ao uso da fórmula."
[17b - página 217 item 176]
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