• EVOCAÇÃO s.f. Ação de evocar, de recordar, de lembrar: a evocação do passado. / Ação de fazer aparecer, através de exorcismos, entidades sobrenaturais, espíritos, almas dos finados.
  • INVOCAÇÃO s.f. Ação de invocar, de chamar por alguém. / Chamamento; pedido de socorro; rogo. / Ato de aduzir como prova do que se diz. / Súplica do poeta a uma divindade, a uma musa, para pedir inspiração. / Liturgia Consagração, dedicação, proteção: igreja colocada sob a invocação da Virgem Maria.

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Toda oração é uma "invocação"


[133 - Capítulo 23]


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Os Espíritos podem comunicar-se espontaneamente, ou acudir ao nosso chamado, isto é, vir por evocação.

Pensam algumas pessoas que todos devem abster-se de evocar tal ou tal Espírito e ser preferível que se espere aquele que queira comunicar-se.

Em nossa opinião, consideramos errado pensar que, chamando determinado Espírito, não podemos ter a certeza de ser ele quem se apresente, e que aquele que vem espontaneamente, melhor prova a sua identidade, pois que manifesta assim o desejo que tem de se entreter conosco, ...

  • primeiramente, porque há sempre em torno de nós Espíritos, as mais das vezes de condição inferior, que outra coisa não querem senão comunicar-se;
  • em segundo lugar e mesmo por esta última razão, não chamar a nenhum em particular é abrir a porta a todos os que queiram entrar.

Numa assembléia, não dar a palavra a ninguém é deixá-la livre a toda a gente.

A chamada direta de determinado Espírito constitui um laço entre ele e nós; chamamo-lo pelo nosso desejo e opomos assim uma espécie de barreira aos intrusos.

Sem uma chamada direta, um Espírito nenhum motivo terá muitas vezes para vir confabular conosco, a menos que seja o nosso Espírito familiar.

As comunicações espontâneas inconveniente nenhum apresentam, quando se está senhor dos Espíritos e certo de não deixar que os maus tomem a dianteira.

É quase sempre bom aguardar a boa-vontade dos que se disponham a comunicar-se, porque nenhum constrangimento sofre o pensamento deles e dessa maneira se podem obter coisas admiráveis; entretanto, pode suceder que o Espírito por quem se chama não esteja disposto a falar, ou não seja capaz de fazê-lo no sentido desejado.

O exame escrupuloso, que temos aconselhado, é, aliás, uma garantia contra as comunicações más.

Nas reuniões regulares, naquelas, sobretudo, em que se faz um trabalho continuado, há sempre Espíritos habituais que a elas comparecem, sem que sejam chamados, por estarem prevenidos, em virtude mesmo da regularidade das sessões.

Tomam, então, freqüentemente a palavra, de modo espontâneo, para tratar de um assunto qualquer, desenvolver uma proposição ou prescrever o que se deva fazer, caso em que são facilmente reconhecíveis, quer pela forma da linguagem, que é sempre idêntica, quer pela escrita, quer por certos hábitos que lhes são peculiares.

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Quando se deseja comunicar com determinado Espírito, é de toda necessidade evocá-lo.

Se ele pode vir, a resposta é geralmente: Sim, ou Estou aqui, ou, ainda: Que quereis de mim?

As vezes, entra diretamente em matéria, respondendo de antemão às perguntas que se lhe queria dirigir.

Quando um Espírito é evocado pela primeira vez, convém designá-lo com alguma precisão.

Nas perguntas que se lhe façam, devem evitar-se as fórmulas secas e imperativas, que constituiriam para ele um motivo de afastamento.

As fórmulas devem ser afetuosas, ou respeitosas, conforme o Espírito, e, em todos os casos, cumpre que o evocador lhe dê prova da sua benevolência.

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Abstenhamo-nos de empregar a palavra «prece», quando se trate do desequilíbrio — aduziu Clarêncio, bondoso —, digamos « invocação»

Quando alguém nutre o desejo de perpetrar uma falta está invocando forças inferiores e mobilizando recursos pelos quais se responsabilizará.

Através dos impulsos infelizes de nossa alma, muitas vezes descemos às desvairadas vibrações da cólera ou do vício e, de semelhante posição, é fácil cairmos no enredado poço do crime, em cujas furnas nos ligamos, de imediato, a certas mentes estagnadas na ignorância, ...

  • que se fazem instrumentos de nossas baixas idealizações
  • ou das quais nos tornamos deploráveis joguetes na sombra. (Ver: Obsidiado)

Todas as nossas aspirações movimentam energias para o bem ou para o mal.

Por isso mesmo, a direção delas permanece afeta à nossa responsabilidade.

Analisemos com cuidado a nossa escolha, em qualquer problema ou situação do caminho que nos é dado percorrer, porqüanto o nosso pensamento voará, diante de nós, atraindo e formando a realização que nos propomos atingir e, em qualquer setor da existência, a vida responde, segundo a nossa solicitação. Seremos devedores dela pelo que houvermos recebido.

[4 página 12]
André Luiz


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Surpreende, não raro, a prontidão com que um Espírito evocado se apresenta, mesmo da primeira vez.

Dir-se-ia que estava prevenido.

É, com efeito, o que se dá, quando com a sua evocação se preocupa de antemão aquele que o evoca.

Essa preocupação é uma espécie de evocação antecipada e, como temos sempre conosco os nossos Espíritos familiares, que se identificam com o nosso pensamento, eles preparam o caminho de tal sorte que, se nenhum obstáculo surge, o Espírito que desejamos chamar já se acha presente ao ser evocado.

Quando assim não acontece, é o Espírito familiar do médium, ou o do interrogante, ou ainda um dos que costumam freqüentar as reuniões que o vai buscar, para o que não precisa de muito tempo.

Se o Espírito evocado não pode vir de pronto, o mensageiro marca um prazo, às vezes de cinco minutos, um quarto de hora e até muitos dias. Logo que ele chega, diz: Aqui estou. Podem então começar a ser feitas as perguntas que se lhe quer dirigir.

O mensageiro nem sempre é um intermediário indispensável, porquanto o Espírito pode ouvir diretamente o chamado do evocador, sobre o modo de transmissão do_ pensamento.

Quando dizemos que se faça a evocação em nome de Deus, queremos que a nossa recomendação seja tomada a sério e não levianamente.

Os que nisso vejam o emprego de uma fórmula sem conseqüências farão melhor abstendo-se.

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Freqüentemente, as evocações oferecem mais dificuldades aos médiuns do que os ditados espontâneos, sobretudo quando se trata de obter respostas precisas a questões circunstanciadas.

Para isto, são necessários médiuns especiais, ao mesmo tempo flexíveis e positivos, estes últimos são bastante raros, por isso que, conforme dissemos, as relações fluídicas nem sempre se estabelecem instantaneamente com o primeiro Espírito que se apresente.

Daí convir que os médiuns não se entreguem às evocações pormenorizadas, senão depois de estarem certos do desenvolvimento de suas faculdades e da natureza dos Espíritos que os assistem, visto que com os mal assistidos as evocações nenhum caráter podem ter de autenticidade.

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Nas reuniões doutrinárias, acima de todas as expressões fenomênicas, devem prevalecer a sinceridade e a aplicação individuais, no estudo das leis morais que regem o intercâmbio entre o planeta e as esferas do invisível.

De modo algum se deverá provocar as manifestações mediúnicas, cuja legitimidade reside nas suas características de espontaneidade, mesmo porque o programa espiritual das sessões está com os mentores que as orientam do plano invisível, exigindo-se de cada estudioso a mais elevada porcentagem de esforço próprio na aquisição do conhecimento, porquanto o plano espiritual distribuirá sempre, de acordo com as necessidades e os méritos de cada um.

Forçar o fenômeno mediúnico é tisnar uma fonte de água pura com a vasa das paixões egoísticas da Terra, ou com as suas injustificáveis inquietações.

[41a - página 206]
EMMANUEL - 1940


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Não somos dos que aconselham a evocação direta e pessoal, em caso algum.

Se essa evocação é passível de êxito, sua exeqüibilidade somente pode ser examinada no plano espiritual.

Daí a necessidade de sermos espontâneos, porquanto, no complexo dos fenômenos espiríticos, a solução de muitas incógnitas espera o avanço moral dos aprendizes sinceros da Doutrina.

O estudioso bem-intencionado, portanto, deve:

  • pedir sem exigir,
  • Orar sem reclamar,
  • Observar sem pressa, considerando que a esfera espiritual lhe conhece os méritos e retribuirá os seus esforços de acordo com a necessidade de sua posição evolutiva e segundo o merecimento do seu coração.

Podereis objetar que Allan Kardec se interessou pela evocação direta, procedendo a realizações dessa natureza, mas precisamos ponderar, no seu esforço, a tarefa excepcional do Codificador, aliada a necessidades e méritos ainda distantes da esfera de atividade dos aprendizes comuns.

[41a - página 207]
EMMANUEL - 1940


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