Dificilmente conseguiremos ser bem-sucedidos na vida se erramos dentro de nosso próprio Lar/Casa.
A melhor escola de preparação das almas reencarnadas na Terra ainda
é o lar, onde a criatura deve receber as bases do sentimento e do caráter. Os estabelecimentos de ensino , propriamente do mundo, podem instruir, mas só o instituto da família pode educar. É por essa razão que a universidade poderá fazer o cidadão, mas somente o lar pode edificar o homem. Na sua grandiosa tarefa de cristianização, essa é a profunda finalidade do Espiritismo evangélico, no sentido de iluminar a consciência da criatura, a fim de que o lar se refaça e novo ciclo de progresso espiritual se traduza, entre os homens, em lares cristãos, para a nova era da Humanidade. [41a - página 73]
O lar não é apenas o domicílio dos corpos... [4 - página 196]
A mulher, símbolo do santuário do lar e da família, na sua espiritualidade, pode, muitas vezes, numa simples reflexão, devassar mistérios insondáveis dos caracteres e das almas, na tela espessa e sombria das reencarnações sucessivas e dolorosas. EMMANUEL
O instituto doméstico, legitimamente considerado, é celeiro de supremos valores educativos para quantos procurem os interesses divinos, acima das cogitações humanas. O lar terrestre é bendita forja de redenção. Reencontrará as simpatias e antipatias de outro tempo, oferecendo possibilidades felizes de reajustamento emocional. [40 - página 149]
Toda mulher, e mormente todas as mães, precisam compreender o valor da renúncia, da caridade, do perdão. EMMANUEL
Lar, celeiro de sentimentos. O mundo pode fabricar novas indústrias, novos arranha-céus, erguer estátuas e cidades, mas, sem a bênção do lar, nunca haverá felicidade verdadeira. [103 - páginas 194]
Amontoarás riquezas e apetrechos de conforto para a tua casa terrena,
imprimindo-lhe perfil dominante e revestindo-a de esplendores
artísticos,
contudo, se não possuíres na intimidade do lar a harmonia que sustenta
a felicidade de viver, o teu domicílio será tão-somente um mausoléu
adornado.EMMANUEL Trabalho
de João Gonçalves Filho
... Sabemos que a obsessão
entre desencarnados ou encarnados, sob qualquer prisma em que se mostre, é uma
enfermidade mental, reclamando por vezes tratamento de longo curso.
... É a influenciação de almas encarnadas entre si que, às vezes, alcança o clima de perigosa obsessão. Milhões de lares podem ser comparados a trincheiras de luta, em que pensamentos guerreiam pensamentos, assumindo as mais diversas formas de angústia e repulsão. [28a - páginas 180 e 186 ] Compras na Terra o pão e a vestimenta, o calçado e o remédio, menos a paz. Darte-á o dinheiro residência e conforto, com exceção da tranqüilidade de espírito. Eis porque nos recomenda Jesus venhamos a dizer, antes de tudo, ao entramos numa casa: " paz seja nesta casa". A lição exprime vigoroso apelo à tolerância e ao entendimento. No limiar do ninho doméstico, unge-te de compreensão e de paciência, a fim de que não penetres o clima dos teus, à feição de inimigo familiar. Se alguém está fora do caminho desejável ou se te desgostam arranjos caseiros, mobiliza a bondade e a cooperação para que o mal se reduza. Se problemas te preocupam ou apontamentos te humilham, cala os próprios aborrecimentos, limitando as inquietações. Recebe a refeição por bênção divina. Usa portas e janelas, sem estrondos brutais. Não movas objetos, de arranco. Foge à gritaria inconveniente. Atende ao culto da gentileza. Há quem diga que o lar é ponto do desabafo, o lugar em que a pessoa se desoprime. Reconhecemos que sim; entretanto, isso não é razão para que ele se torne em praça onde a criatura se animalize. Pacifiquemos nossa área individual para que a área dos outros se pacifique. Todos anelamos a paz do mundo; no entanto, é imperioso não esquecer que a paz do mundo parte de nós. EMMANUEL http://members.tripod.com/vishina/pazem.htm
Os quadros de viciação
mental, ignorância e sofrimentos nos lares
sem equilíbrio religioso, são muito grandes. [16a - página 118 ]
Sem dúvida, o lar digno, santuário em que
a vida se manifesta, na formação de corpos abençoados para a experiência da alma,
é uma instituição venerável, sobre a qual se concentram as atenções da
Providência divina; entretanto, junto dele, dispomos igualmente das associações
de seres que se aglutinam uns aos outros, nos sentimentos mais puros, em favor
das obras da caridade e
da educação.[83 - página 204 ]
Desejando colher valores educativos que fluíam naturalmente da palestra da senhora Laura, perguntei, curioso: – Desempenhando tantos deveres, a senhora ainda tem atribuições fora de casa? – Sim; vivemos numa cidade de transição; no entanto, as finalidades da colônia residem no trabalho e no aprendizado. As almas femininas, aqui, assumem numerosas obrigações, preparando-se...
– Mas a organização doméstica, em "Nosso Lar", é idêntica à da Terra? A interlocutora esboçou uma fácies muito significativa e acrescentou: – O lar terrestre é que, de há muito, se esforça por copiar nosso instituto doméstico; mas os cônjuges por lá, com raras exceções, estão ainda a moldar o terreno dos sentimentos, invadido pelas ervas amargosas da vaidade pessoal e povoado de monstros do ciúme e do egoísmo. Quando regressei do planeta, pela última vez, trazia, como é natural, profundas ilusões. Coincidiu, porém, que, na minha crise de orgulho ferido, fui levada a ouvir um grande instrutor, no Ministério do Esclarecimento. Desde esse dia, nova corrente de ideias me penetrou o espírito. – Não poderia dizer-me algo das lições recebidas? - indaguei com interesse. – O orientador, muito versado em matemática - prosseguiu ela -, fez-nos sentir que o lar é como se fora um ângulo reto nas linhas do plano da evolução divina.
O lar é o sagrado vértice onde o homem e a mulher se encontram para o entendimento indispensável. É templo, onde as criaturas devem unir-se espiritual antes que corporalmente. Há na Terra, agora, grande número de estudiosos das questões sociais, que aventam várias medidas e clamam pela regeneração da vida doméstica. Alguns chegam a asseverar que a instituição da família humana está ameaçada. Importa considerar, entretanto, que, a rigor, o lar é conquista sublime que os homens vão realizando vagarosamente. Onde, nas esferas do globo, o verdadeiro instituto doméstico, baseado na harmonia justa, com os direitos e deveres legitimamente partilhados? Na maioria, os casais terrestres passam as horas sagradas do dia vivendo a indiferença ou o egoísmo feroz.
Nem a consorte se decide a animar o esposo, na linha horizontal de seus trabalhos temporais, nem o marido se resolve a segui-la no vôo divino de ternura e sentimento, rumo aos planos superiores da Criação. Dissimulam em sociedade e, na vida íntima, um faz viagens mentais de longa distância, quando o outro comenta o serviço que lhe seja peculiar.
É claro que, em tais circunstâncias, o ângulo divino não está devidamente traçado. Duas linhas divergentes tentam, em vão, formar o vértice sublime, a fim de construírem um degrau na escada grandiosa da vida eterna. Esses conceitos calavam-me fundo e, sumamente impressionado, observei: – Senhora Laura, essas definições suscitam um mundo de pensamentos novos. Ah! se conhecêssemos tudo isso lá na Terra!... – Questão de experiência, meu amigo - replicou a nobre matrona -, o homem e a mulher aprenderão no sofrimento e na luta. Por enquanto, raros conhecem que o lar é instituição essencialmente divina e que se deve viver, dentro de suas portas, com todo o coração e com toda a alma. Enquanto as criaturas vulgares atravessam a florida região do noivado, procuram-se mobilizando os máximos recursos do espírito, e daí o dizer-se que todos os seres são belos quando estão verdadeiramente amando. O assunto mais trivial assume singular encanto nas palestras mais fúteis. O homem e a mulher comparecem aí, na integração de suas forças sublimes. Mas logo que recebem a bênção nupcial, a maioria atravessa os véus do desejo e cai nos braços dos velhos monstros que tiranizam corações.
E apaga-se a beleza luminosa do amor, quando os cônjuges perdem a camaradagem e o gosto de conversar. Daí em diante, os mais educados respeitam-se; os mais rudes mal se suportam. Não se entendem. Perguntas e respostas são formuladas em vocábulos breves. Por mais que se unam os corpos, vivem as mentes separadas, operando em rumos opostos. – Tudo isso é a pura verdade! - aduzi comovido. – Que fazer, porém, meu amigo? - replicou a bondosa senhora - na fase atual evolutiva do planeta, existem na esfera carnal...
Procurando retomar o fio das considerações sugeridas por minha pergunta inicial, continuou a genitora de Lísias: – As almas femininas não podem permanecer inativas aqui. É preciso aprender a ser mãe, esposa, missionária, irmã. A tarefa da mulher, no lar, não pode circunscrever-se a umas tantas lágrimas de piedade ociosa e a muitos anos de servidão. É claro que o movimento coevo do feminismo desesperado constituí abominável ação contra as verdadeiras atribuições do espírito feminino. A mulher não pode ir ao duelo com os homens, através de escritórios e gabinetes, onde se reserva atividade justa ao espírito masculino. Nossa colônia, porém, ensina que existem nobres serviços de extensão do lar, para as mulheres. A enfermagem, o ensino, a indústria do fio, a informação, os serviços de paciência, representam atividades assaz expressivas. O homem deve aprender a carrear para o ambiente doméstico a riqueza de suas experiências, e a mulher precisa conduzir a doçura do lar para os labores ásperos do homem.
Não pude deixar de sorrir, ouvindo a interrogação. A mãe de Lísias, depois de longo intervalo, continuou: – Quando o Ministério do Auxílio me confia crianças ao lar, minhas horas de serviço são contadas em dobro, o que lhe pode dar ideia da importância do serviço maternal no plano terreno. Entretanto, quando isso não acontece, tenho meus deveres diuturnos nos trabalhos de enfermagem, com a semana de quarenta e oito horas de tarefa. Todos trabalham em nossa casa. A não ser minha neta convalescente, não temos qualquer pessoa da família em zonas de repouso. Oito horas de atividade no interesse coletivo, diariamente, é programa fácil a todos. Sentir-me-ia envergonhada se não o executasse também. Interrompeu-se a interlocutora por alguns momentos, enquanto me perdia em vastas considerações... [32 - páginas 110/114]
Um célebre pintor, que tinha realizado vários trabalhos de grande beleza, convenceu-se,
certo dia, de que ainda lhe faltava pintar a sua obra prima. Continuou ainda o pintor a sua procura. (Goodwin) Colaboração de Vera Vicente |
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