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Continuação das experiências estudo das reações mecânicas CAPÍTULO XVI, do livro "MECÂNICA PSÍQUICA", 2ª Edição - 1975, de W. J. Crawford Exp. 26 e 27. — Condutibilidade elétrica da estrutura psíquica .A experiência teve por fim verificar se a extremidade da alavanca_psíquica, a qual cinge a parte inferior da mesa, conduz as correntes a baixa tensão. Atarrachei sob a mesa, no centro, duas lingüetas de latão de 3 x 10 cms, a uma distância de 2 cms. Formavam os pólos de um circuito elétrico encerrando uma campainha. Pedi aos operadores que erguessem a mesa colocando o cume da alavanca atravessado pelas duas peças de latão. Ao cabo de um instante a mesa foi erguida, sem que a campainha tocasse. O aparelho funcionava muito bem, mas os operadores explicaram ser-lhes impossível cobrir as peças de cobre e que haviam erguido a mesa apoiando-se ao lado. Exp. 28. — Emprego de um galvanômetro.Após o insucesso das duas tentativas, decidi substituir a campainha por um galvanômetro capaz de medir as mais fracas correntes. Pelos ruidos produzidos e também pelas suas respostas, compreendemos que os operadores encontravam muita dificuldade em fechar o circuito, conforme eu lhes havia pedido, ou porque os eletródios estivessem brilhantes e lustrosos, ou por serem de metal, ou por estarem eletrificados. Não foi possível constatar nenhum desvio na agulha do galvanômetro. Exp. 29 a 31. — Contacto da mesa com a mão do médium .Estando a mesa suspensa, um dos membros do círculo disse ao médium que verificasse, com sua mão, a grande resistência que ela oferecia às pressões. Mlle_G. aproximou sua mão da mesa que caiu. Essa experiência foi repetida várias vezes, mas a mesa sempre caiu gradualmente em menos de dois segundos, assim que o médium a houvesse tocado.
O médium ergueu então um de seus pés passando-o ao comprido do pé mais próximo da mesa; esta não tornou a descer. Nesse momento eu disse ao médium que tocasse ao mesmo tempo com a mão, a mesa, que caiu com estrondo. Quinze dias depois, eu prosseguia com as experiências. O médium tocou sucessivamente a mesa com um atiçador de ferro, depois com um fio de cobre. Em ambos os casos, a mesa caiu em 6 ou 7 segundos. Com a mão calçada em luva de pelica, a queda teve lugar em 8 segundos. O médium colocou sua mão em cima da mesa até o momento em que a levitação o levou ao contacto: a mesa caiu rapidamente. Segurei a mão direita do médium na minha mão esquerda e toquei a mesa com a direita: a mesa desceu pouco a pouco, parecendo ser a energia_psíquica gradualmente absorvida. No entanto com M._Morrison,_M._Goligher e um estranho no círculo, não houve transmissão alguma, pois a mesa permaneceu suspensa. Em seguida, todos os assistentes (salvo o médium) colocaram simultaneamente suas mãos sobre a mesa suspensa: não teve efeito algum. O médium, unindo sua mão à pilha, a mesa caiu em dois segundos. Enfim a mesa caiu quando o médium apoiava sua mão em cima ou em baixo da mesa, sem contacto. Exp. 32. — Médium dando as costas ao círculo.Estando o médium sentado de costas para o círculo, produziram-se alguns raps a sua frente, isto é, fora do circulo, e sob sua cadeira. Nenhum fenômeno foi obtido dentro do círculo, nem mesmo o menor movimento da mesa. Exp. 33. — Médium sentado de perfil.Achando-se o médium sentado no ângulo direito de sua posição habitual, foi a mesa arrastada sobre o solo, mas não erguida. Disseram os operadores que não podiam fazer uso senão de uma haste, aquela saindo do tornozelo do médium mais próximo à mesa. Exp. 34. — Médium e membros do círculo em pé.Neste caso, não foi possível erguer a mesa, mas esta foi facilmente arrastada sobre o solo. Foram obtidos raps. Exp. 35. — Efeito produzido ao ser encerrado o tornozelo do médium.Rodeei com a mão, o tornozelo do médium, ao mesmo tempo que dirigia algumas perguntas aos operadores. Nessas condições, eles respondem com raps surdos que presumimos serem produzidos por uma haste procedente do tornozelo livre. Durante esse tempo os músculos, sob a mão, parecem “jorrar”, o termo não é elegante, mas é o único capaz de descrever a sensação experimentada. O pé fica totalmente em sossego, somente os músculos próximos ao tornozelo estão vibrando. Exp. 36. — Calor e energia psíquica.Um meu amigo, tendo sugerido que os operadores podiam utilizar a energia calorífica extraida da mesa, fiz no centro uma cavidade, e aí fixei um termômetro. Mas a temperatura permaneceu a mesma: 24º C., antes e depois da levitação (talvez com 1/4 de diferença). Exp. 37. — Temperatura da alavanca e da matéria psíquica .No decorrer de uma levitação, introduzi sob a mesa um termômetro de 20 cms. de comprimento, movendo-o em todos os sentidos durante tres minutos, o que não afetou em nada o fenômeno. Não constatei nenhuma alteração na temperatura, salvo uma duvidosa diminuição de meio grau C. Isto é estranho, pois a região sob a mesa parece sempre fria a mâo. Exp. 38. — Interposição de uma grade entre e médium e a mesa.Um pedaço de grade cujas malhas tinham cerca de 6 cms., 75 cms. de altura, e 1 metro de comprimento, foi interposto entre o médium e a mesa. Era mantido no lugar pelos assistentes sentados ao lado do médium. Por conseguinte, os operadores não podiam agir sobre a mesa sem encontrar a grade. Não conseguiram nem erguê-la, nem deslocá-la. Pareceu mover-se uma ou duas vezes, mas creio que nesse momento era tocada pela grade. Os operadores devem ter feito grandes esforços, pois a grade foi por diversas vezes quase arrancada das mãos que a seguravam, como se o braço da alavanca tentasse atravessá-la. Exp. 39. — Interposição de uma tela.Quinze dias depois, substitui a grade por um saco de batatas já usado, no qual se podia fàcilmente ver através dele.
A razão de tudo isto, como mostrarei mais tarde, é que a materialização da extremidade da haste psíquica realiza-se muito próxima à pele do médium, e algumas vezes mesmo sobre sua pele. É este tecido material que não pode atravessar o écran, a menos que a haste seja bastante fina (a menor com a espessura de um lapis) e as malhas bastante largas. Exp. 40. — Tentativa de escrita a lapis.Desejava saber se os operadores podiam escrever a lapis. Coloquei dois sob a mesa, assim como uma folha de papel pardo. Ouvi-os agitar os lapis, deixá-los cair, etc. Mas não encontramos senão grande número de traços informes sobre o papel como também sobre o assoalho. (Ver: Pneumatografia) Exp. 41. — Tentativa de pesagem do corpo psíquico do médium .Muitos espíritas e mesmo alguns estudiosos do psiquismo afirmam ter o homem dois corpos:
Esse último é suposto ser a repetição do primeiro no que diz respeito à forma e mesmo o modelo sobre o qual é estruturado. É a opinião dos operadores. Tentei então pesar o corpo psíquico de meu médium. Pedi aos operadores que o exteriorizassem, isto é, que o separassem do corpo físico que ficaria sobre a báscula. Quando os operadores avisaram, por meio de tres pequenos raps, que haviam executado o que eu lhes havia pedido, constatei que o peso do médium havia diminuido 3 quilos 600. Entretanto, esse peso pouco a pouco tornou-se normal ainda que os operadores afirmassem estar o corpo astral sempre separado do corpo físico. Pensei, naquela época, que a experiência tivesse malogrado. Refleti mais tarde que talvez os operadores não possam dissociar o corpo astral em si, mas são obrigados a arrastar com ele uma matéria_mais_grosseira que em seguida o abandona gradualmente para novamente entrar no corpo do médium e deixar a forma_psíquica cada vez mais pura. (Ver: Desdobramento em serviço) |
