![]() ![]() O homem não pode gozar de completa felicidade na Terra. Por isso que a vida lhe foi dada como prova ou expiação. Dele, porém, depende a suavização de seus males e o ser tão feliz quanto possível na Terra.
Quem desejar a verdadeira felicidade, há de improvisar a felicidade dos outros; BEZERRA DE MENEZES
[96 - página 250]
O
homem é quase sempre o obreiro da sua própria infelicidade.
Praticando a lei de Deus, a muitos males se forrará e proporcionará a si mesmo felicidade tão grande quanto o comporte a
sua existência grosseira.Aquele que se acha bem compenetrado de seu destino futuro não vê na vida corporal mais do que uma estação temporária, uma como parada momentânea em péssima hospedaria. Facilmente se consola de alguns aborrecimentos passageiros de uma viagem que o levará a tanto melhor posição, quanto melhor tenha cuidado dos preparativos para empreendê-la. Já nesta vida somos punidos pelas infrações, que cometemos, das leis que regem a existência corpórea, sofrendo os males conseqüentes dessas mesmas infrações e dos nossos próprios excessos. Se, gradativamente, remontarmos à origem do que chamamos as nossas desgraças terrenas, veremos que, na maioria dos casos, elas são a conseqüência de um primeiro afastamento nosso do caminho reto. Desviando-nos deste, enveredamos por outro, mau, e, de conseqüência em conseqüência, caímos na desgraça.
A felicidade terrestre é relativa à
posição de cada um. O que basta para a felicidade de um, constitui a desgraça de outro.Para a felicidade comum a todos os homens ...
Aparentemente, na sociedade, as classes sofredoras são mais
numerosas do que as felizes.Nenhuma sociedade é perfeitamente feliz e o que julgais ser a felicidade muitas vezes oculta pungentes aflições. O sofrimento está por toda parte. Entretanto, direi que as classes a que chamas sofredoras são mais numerosas, por ser a Terra lugar de expiação. Quando a houver transformado em morada do bem e de Espíritos bons, o homem deixará de ser infeliz aí e ela lhe será o paraíso terrestre. (Ver: Transição Planetária)
Quando Deus favorece com os dons da riqueza, a certos homens que não parecem tê-las merecido, isso significa um favor aos olhos dos que apenas vêem o presente. Mas, ficai sabendo, a riqueza é, de ordinário, a prova mais perigosa do que a miséria.
Há
males que independem da maneira de proceder do homem e que atingem mesmo os mais
justos.Deve resignar-se e sofrê-los sem murmurar, se quer progredir. Sempre, porém, lhe é dado haurir consolação na própria consciência, que lhe proporciona a esperança de melhor futuro, se fizer o que é preciso para obtê-lo.
Enquanto houver um gemido na paisagem em que nos movimentamos, não será lícito cogitar de felicidade isolada para nós mesmos.
EMMANUEL
Usemos o silêncio, a desculpa e a compreensão, com o exemplo vivo do nosso próprio esforço na edificação do bem e o tempo se incumbirá de tudo transformar, em auxílio de nossa felicidade, dentro dos imperativos inevitáveis da constante renovação. EMMANUEL
Segundo concluímos, se há alegria para todos os gostos, há também sofrimento para todas as necessidades. [40 - página 238]
O homem renovado para o bem é a garantia substancial da felicidade humana. EMMANUEL
O problema da felicidade pessoal nunca será resolvido pela fuga ao processo reparador. EMMANUEL
Felicidade, como ensina a sabedoria popular, não é uma estação na jornada humana. Trata-se de uma maneira de viajar. Independendo dos favores da existência, subordina-se, fundamentalmente, ao que fazemos dela. (Simonetti, Richard. In: Atravessando a Rua)
É verdadeira infelicidade acreditar-se alguém
favorito dos Céus,
como se o Pai Compassivo e Sábio não passasse de frágil e parcial ditador!
Sacode a consciência adormecida... Lembra-te de que o Todo Poderoso não se
adstringe ao nosso particularismo de criaturas falíveis, e não te esqueças de
que nos pesam, perante a universalidade dEle, inalienáveis deveres de trabalho,
exercitando os preciosos recursos que nos concedeu, a fim de alcançarmos, um
dia, a perfeição da sabedoria e do amor.[25 - página 187]
Se todo espírito tem consigo a noção da felicidade,
é sinal que ela existe e espera as almas em alguma parte.Tal como sonhada pelo homem do mundo, porém, a felicidade não pode existir, por enquanto, na face do orbe, porque, em sua generalidade, as criaturas humanas se encontram intoxicadas e não sabem contemplar a grandeza das paisagens exteriores que as cercam no planeta. Contudo, importa observar que é no globo terrestre que a criatura edifica as bases da sua ventura real, pelo trabalho e pelo sacrifício, a caminho das mais sublimes aquisições para o mundo divino de sua consciência. [41a - página 144] Ver:
A felicidade não é deste mundoNão sou feliz! A felicidade não foi feita para mim! exclama geralmente o homem em
todas as posições sociais. Isso, meus caros filhos, prova, melhor do que
todos os raciocínios possíveis, a verdade desta
máxima do Eclesiastes: " A
felicidade
não é destemundo."
Com efeito, nem a riqueza, nem o poder, nem mesmo a florida juventude são
condições essenciais à desejadas,
porquanto incessantemente se ouvem, no seio das classes mais
privilegiadas, pessoas de todas as idades se
queixarem amargamente da situação em que se encontram.Diante de tal fato, é incontestável que as classes laboriosas e militantes invejem com tanta ânsia a posição das que parecem favorecidas da fortuna. Neste mundo, por mais que faça, cada um tem a sua parte de labor e de miséria, sua cota de sofrimentos e de decepções, donde facilmente se chega à conclusão de que a Terra é lugar de provas e de expiações. Assim, pois, os que pregam que ela é a única morada do homem e que somente nela e numa só existência é que lhe cumpre alcançar o mais alto grau das felicidades que a sua natureza comporta, iludem-se e enganam os que os escutam, visto que demonstrado está, por experiência arqui-secular, que só excepcionalmente este globo apresenta as condições necessárias à completa felicidade do indivíduo.Em tese geral pode afirmar-se que a felicidade é uma utopia a cuja conquista as gerações se lançam sucessivamente, sem jamais lograrem alcançá-la.
O em que consiste a felicidade na Terra é coisa tão efêmera para aquele que não tem a guiá-lo a ponderação, que, por um ano, um mês, uma semana de satisfação completa, todo o resto da existência é uma série de amarguras e decepções. E notai, meus caros filhos, que falo dos venturosos da Terra, dos que são invejados pela multidão. Conseguintemente, se à morada terrena são peculiares as provas e a expiação, forçoso é se admita que, algures, moradas há mais favorecidas, onde o Espírito, conquanto aprisionado ainda numa carne material, possui em toda a plenitude os gozos inerentes à vida humana. Tal a razão por que Deus semeou, no vosso turbilhão, esses belos planetas superiores para os quais os vossos esforços e as vossas tendências vos farão gravitar um dia, quando vos achardes suficientemente purificados e aperfeiçoados. Todavia, não deduzais das minhas palavras que a Terra esteja destinada para sempre a ser uma penitenciária. Não, certamente! Dos progressos já realizados, podeis facilmente deduzir os progressos futuros e, dos melhoramentos sociais conseguidos, novos e mais fecundos melhoramentos. Essa a tarefa imensa cuja execução cabe à nova doutrina que os Espíritos vos revelaram. Assim, pois, meus queridos filhos, que uma santa emulação vos anime e que cada um de vós se despoje do homem velho. Deveis todos consagrar-vos à propagação desse Espiritismo que já deu começo à vossa própria regeneração. Corre-vos o dever de fazer que os vossos irmãos participem dos raios da sagrada luz. Mãos, portanto, à obra, meus muito queridos filhos! Que nesta reunião solene todos os vossos corações aspirem a esse grandioso objetivo de preparar para as gerações porvindouras um mundo onde já não seja và a palavra felicidade.
[24 - CAPÍTULO V - item 20 - página 113]
Há muito fastio para a verdade no mundo. A maioria das criaturas humanas encontra-se empanturrada pela ilusão, buscando quimeras.Frustram-se, por constatar que o mundo não lhes pode propiciar felicidade sem interrupção, tombando na insatisfação geradora de problemas e transtornos neuróticos, não se dando conta que, cessada uma satisfação, outra surge de imediato apresentando exigências, e o seu atendimento contínuo termina por exaurir, saturar ou enlouquecer. Quando estiverem cansados, os teus irmãos que teimam em ignorar o espírito, despertando, buscarão. Facilita-lhes, desde hoje, o acesso ao conhecimento, deixando-lhes esses sinais de luz, a fim de que sofram menos e sejam beneficiados pelo teu amor, que lhes poupará tempo e aflições. Joanna de Angelis
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