____Não é necessário o sono completo para a emancipação do
Espírito. Basta que os sentidos entrem em
torpor para que o Espírito recobre a sua
liberdade.
Para se emancipar, ele se aproveita de todos os instantes de trégua que o corpo
lhe
concede. Desde que haja prostração das forças vitais, o Espírito se_desprende, tornando-se tanto
mais livre, quanto mais fraco for o corpo. Assim
se explica que imagens idênticas às que vemos, em sonho, vejamos estando apenas
meio dormindo, ou em simples modorra. (Ver: Fenômenos_hipinagógicos e Experiência_de_quase-morte) [9a - página 225 questão 407]
____A libertação pelo sono é o recurso imediato de nossas manifestações de
amparo fraterno.
- A princípio, recebem-nos a influência inconscientemente
- em seguida, porém, fortalecem a mente, devagarinho, ...
[25 - página 18]
____São efeitos vários, ou de modalidades diversas, de uma
mesma causa. Esses fenômenos, como os sonhos,
estão na ordem da Natureza. Tal a razão por que hão
existido em todos os tempos. A História mostra que foram
sempre conhecidos e até explorados desde a mais remota antigüidade e neles se
nos depara a explicação de uma imensidade de fatos que os
preconceitos fizeram fossem tidos por sobrenaturais.
[9a - página 244 questão 455]
SERVIÇOS
REALIZADOS DURANTE O SONO
____Quando
encarnados, na Crosta, não temos bastante consciência dos serviços
realizados durante o sono_físico; contudo,
esses trabalhos são inexprimíveis e imensos. Se todos os homens
prezassem seriamente o valor da preparação espiritual, diante de semelhante gênero
de tarefa, certo efetuariam as conquistas mais brilhantes, nos domínios psíquicos,
ainda mesmo quando ligados aos envoltórios_inferiores. Infelizmente, porém, a maioria se vale, inconscientemente,
do repouso_noturno para sair à caça de emoções_frívolas ou menos dignas. Relaxam-se as defesas próprias, e certos
impulsos, longamente sopitados durante a vigília (acordado), extravasam em
todas as direções, por falta de educação espiritual, verdadeiramente sentida
e vivida.
[16a - página 80] - André Luiz - 1943 ____A determinadas horas da noite, três quartas partes da população de cada um dos hemisférios da Crosta_Terrestre se acham nas zonas de contacto, no plano_espiritual, e a maior percentagem desses semilibertos do corpo, pela influência natural do sono, permanecem detidos nos círculos de baixa vibração qual este em que nos movimentamos provisoriamente. Por aqui, muitas vezes se forjam dolorosos dramas que se desenrolam nos campos da carne. Grandes crimes têm nestes sítios as respectivas nascentes e, não fôsse o trabalho ativo e constante dos Espíritos_protetores que se desvelam pelos homens no labor sacrificial da caridade oculta e da educação perseverante, sob a égide do Cristo, acontecimentos mais trágicos estarreceriam as criaturas.
[96 - páginas 80] - André Luiz |
____"Nossos amigos da Crosta, parcialmente libertos da carne pela atuação do sono, afluem até aqui, todas as noites, trazidos por companheiros espirituais, com o fim de receberem socorros ou avisos necessários. A Casa_Transitória_de_Fabiano oferece recursos aos encontros oportunos.
____Não consegui disfarçar a surpresa, ante a cena maravilhosa, contemplando, embevecido, o cuidado terno dos benfeitores desencarnados com todos aqueles que vinham dos círculos terrestres mais densos.
____Atravessada a zona magnética de defesa, confundimo-nos com os passantes. Não longe de mim, interessante menino, que aparentava nove a dez anos de idade, revestido de gracioso halo de luz, guiava uma senhora de passos incertos. Parecia enferma, incapaz de autocontrole. O pequeno, porém, segurava-lhe firmemente a destra e, após saudar a Orientadora Irmã Zenôbia, respeitoso, exclamou para a matrona hesitante:
____— Por aqui, mamãe! por aqui! venha sem medo.
____Ouvindo-o, a interpelada parecia acordar num sonho bom e gritava, semi-inconsciente:
____— Meu filhinho, meu filhinho! não me deixes voltar. Quero-te sempre, sempre!...
____... são tantas mães e tantas crianças a transitarem por aqui!... Certamente, o filhinho, como tantos outros, conduz a genitora a gabinetes de auxilio". [40 - páginas 139/140] - André Luiz |