Personagens do texto abaixo:
Silas..................... |
Espírito orientador de André Luiz, no plano espiritual.
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André Luiz............. |
Espírito que ditou o texto abaixo, por intermédio do médium Chico_Xavier.
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Leonel................... |
Entidade
delituosa - Espírito_obsessor.
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Luis....................... |
Encarnado obsidiado
- O avarento.
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____... - O avarento sob nossa vista guarda o propósito de comprar ou extorquir
determinada gleba vizinha, a qualquer preço, mesmo em se tratando de transação
criminosa, para valorizar as aguadas da propriedade que nos pertence. Tratando-se de
assunto no tema essencial da existência dele, que é a cobiça, facilmente recolherá as
imagens que eu lhe deseje transmitir, utilizando-me da própria onda_mental em que as suas
ideias habitualmente se exprimem...
____Leonel, passando das palavras para a ação, colocou a
destra sobre a fronte de Luís, mantendo-se na profunda atenção do hipnotizador governando a presa.
____Vimos o pobre amigo,
desligado_do_corpo_físico,
arregalar os olhos com a volúpia do faminto que contempla um prato saboroso, a distância, e exibir uma
carantonha de maldade satisfeita, falando a sós: ____Agora! agora! as terras serão minhas! muito minhas! Ninguém concorrerá
com meus preços! ninguém!... ____Logo após, afastou-se, lépido, com a expressão
indefinível de um louco. ____Acompanhamo-lo até à saída e, da extensa varanda,
podíamos vê-lo, avançando, à pressa, desaparecendo, por fim, no grande maciço de arvoredo próximo, na direção
de fazendola fronteiriça.
____- Viram? - exclamou Leonel, contente - transmiti-lhe ao campo mental
um quadro fantástico, através do qual as terras do vizinho estariam em leilão,
caindo-lhe, enfim, nas unhas. Bastou que eu mentalizasse uma tela nesse sentido,
arquitetando o sítio à venda, para que ele a tomasse por realidade indiscutível, porquanto, em
se tratando de nosso reflexo_fundamental, somos induzidos a crer naquilo que desejamos
aconteça... Tão logo termine o fluxo controlado de minha influenciação hipnótica,
retomará o corpo_carnal,
lambendo os beiços, na certeza de haver sonhado com a falência da granja
sobre a qual pretende um título de posse. ____Silas, com manifesta intenção, ajuntou, sereno: ____Ah! sim!... Estamos diante de um processo de transmissão de imagens,
até certo ponto análogo aos princípios dominantes na televisão, no reino da eletrônica,
atualmente em voga no plano terrestre. Sabemos que cada um de nós é um fulcro gerador
de vida, com qualidades específicas de emissão e recepção. O campo mental do
hipnotizador, que
cria no mundo da própria imaginação as formas-pensamentos que deseja
exteriorizar, é algo semelhante à câmara de imagem do transmissor comum, tanto quanto esse dispositivo é
idêntico, em seus valores, à câmara escura da máquina fotográfica. Plasmando a imagem da
qual se propõe extrair o melhor efeito, arroja-a sobre o campo mental do hipnotizado que,
então, procede à guisa do mosaico em televisão ou à maneira da película sensível do serviço
fotográfico. Não ignoramos que na transmissão de imagens, a distância, o mosaico,
recolhendo os quadros que a câmara está explorando, age como um espelho sensibilizado,
convertendo os traços luminosos em impulsos elétricos e arremessando-os sobre o aparelho
de recepção que os recebe, através de antenas especiais, reconstituindo com eles as
imagens pelos chamados sinais de vídeo, e recompondo, dessa forma, as cenas televisadas
na face do receptor comum. No problema em estudo, você, Leonel, criou os quadros que se
propôs transmitir ao pensamento de Luís, e, usando as forças positivas
da vontade, coloriu-os com os seus recursos de concentração na sua
própria mente, que funcionou como câmara de imagem. Aproveitando a energia_mental, muito mais poderosa que a força eletrônica, projetou-os, como legítimo hipnotizador, sobre o
campo mental de Luís, que funcionou qual mosaico, transformando as impressões recebidas em impulsos
magnéticos, a reconstituírem as formas_pensamentos_plasmadas por você nos centros
cerebrais, por intermédio dos nervos que desempenham o papel de antenas específicas, a
lhes fixarem as particularidades na esfera dos sentidos, num perfeito jogo alucinatório,
em que o som e a imagem se entrosam harmoniosamente, como acontece na televisão, em que a
imagem e o som se associam com o apoio eficiente de aparelhos conjugados, apresentando
no receptor uma seqüência de quadros que poderíamos considerar como sendo "miragens
técnicas". [83 - páginas 112 / 113] - André Luiz -
1956 |