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O sonho, o irmão do sono, é um estado psicofisiológico que nos agita enquanto temos os olhos fechados.
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Sonho[do latim somniu] – Efeito da emancipação da_alma durante o sono. Quando os sentidos ficam entorpecidos, os laços que unem o
corpo e a alma se afrouxam. Esta, tornando-se mais livre, recupera em parte suas
faculdades de Espírito e entra mais facilmente em comunicação com os seres do mundo incorpóreo. A recordação que ela conserva ao despertar,
do que viu em outros lugares e em outros mundos, ou em suas existências
passadas, constitui o sonho propriamente dito.
Sendo esta recordação apenas parcial, quase sempre incompleta e entremeada com
recordações da vigília (acordado), resultam daí, na seqüência dos fatos, soluções
de continuidade que lhes rompem a concatenação e produzem esses conjuntos
estranhos que parecem sem sentido, pouco mais ou menos, como seria a narração
à qual se houvessem truncado, aqui e ali, fragmentos de linhas ou de frases.
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Na maioria das vezes, o sonho constitui atividade reflexa das situações psicológicas do homem no mecanismo das lutas de cada
dia, quando as
forças orgânicas dormitam em repouso indispensável.
Em determinadas circunstâncias, contudo, como nos fenômenos premonitórios, ou nos de sonambulismo,
em que a alma encarnada alcança elevada porcentagem de desprendimento parcial, o sonho representa a liberdade relativa do espírito prisioneiro da Terra, quando, então,
se poderá verificar a comunicação inter vivos, e, quanto possível,
as visões proféticas, fatos esses sempre organizados pelos mentores espirituais de elevada hierarquia, obedecendo a fins superiores, e quando o
encarnado em temporária liberdade pode receber a palavra e a influência
diretas de seus amigos e orientadores do plano invisível.
[41a - página 43]
Os
Espíritos que vemos em sonho, que nos testemunham afeto e que se nos apresentam com
desconhecidos semblantes, são alguma vez os Espíritos amigos que nos seguem os
passos
na vida. Muito freqüentemente são eles que vos
vêm visitar, como ides visitar um encarcerado.
Os sonhos não são verdadeiros como o entendem os ledores de
buena-dicha, pois fora
absurdo crer-se que sonhar com tal coisa anuncia tal outra. São verdadeiros no
sentido de
que apresentam imagens que para o Espírito têm realidade, porém que,
freqüentemente, nenhuma
relação guardam com o que se passa na vida corporal. São também, como atrás
dissemos,
um pressentimento do_futuro, permitido por Deus, ou a visão do que no momento ocorre em outro lugar a que a alma se transporta. Não se contam por muitos os
casos de
pessoas que em sonho aparecem a seus parentes e amigos, a fim de avisá-los do
que a elas
está acontecendo? Que são essas aparições senão as almas ou Espíritos de
tais pessoas a
se comunicarem com entes caros? Quando tendes certeza de que o que vistes
realmente se deu,
não fica provado que a imaginação nenhuma parte tomou na ocorrência,
sobretudo se o que
observastes não vos passava pela mente quando em vigília?
Pelos sonhos, Quando o corpo repousa, acredita-o, tem o Espírito mais faculdades do
que no estado de vigília (acordado). Lembra-se do passado e algumas vezes prevê o_futuro.
Adquire maior
potencialidade e pode por-se em comunicação com os demais Espíritos, quer
deste mundo, quer do outro. Dizes freqüentemente: Tive
um sonho extravagante, um sonho horrível, mas absolutamente inverossímil.
Enganas-te. É
amiúde uma recordação dos lugares e das coisas que viste ou que verás em_outra existência ou em outra ocasião. Estando
entorpecido o corpo, o Espírito trata de quebrar seus grilhões e de investigar
no passado
ou no futuro.
O sonho é a lembrança do que o Espírito viu durante o sono. Notai, porém, que nem
sempre sonhais. Que quer isso dizer? Que nem sempre vos lembrais do que vistes,
ou de
tudo o que haveis visto, enquanto dormíeis. É que não tendes então a alma no
pleno desenvolvimento
de suas faculdades. Muitas vezes, apenas vos fica a lembrança da perturbação
que o vosso Espírito experimenta à sua partida ou no seu regresso, acrescida
da que
resulta do que fizestes ou do que vos preocupa quando despertos. A não ser
assim, como
explicaríeis os sonhos absurdos, que tanto os sábios, quanto as mais humildes
e simples
criaturas têm? Acontece também que os maus Espíritos se aproveitam dos sonhos para
atormentar as almas fracas e pusilânimes.
Em
suma, dentro em pouco vereis vulgarizar-se outra espécie de sonhos. Conquanto
tão antiga como a de que vimos falando, vós a desconheceis. Refiro-me aos sonhos de Joana, ao de Jacob, aos dos profetas judeus e aos de alguns adivinhos
indianos. São
recordações guardadas por almas que se desprendem quase inteiramente do corpo,
recordações
dessa segunda vida a que ainda há pouco aludíamos.
Tratai
de distinguir essas duas espécies de sonhos nos de que vos lembrais, do contrário
cairíeis em contradições e em erros funestos à vossa fé. Os sonhos são efeito da emancipação da_alma, que mais independente se torna pela
suspensão
da vida ativa e de relação. Daí uma espécie de clarividência indefinida que
se alonga
até aos mais afastados lugares e até mesmo a outros mundos. Daí também a lembrança
que traz à memória acontecimentos da precedente existência ou das
existências anteriores.
As singulares imagens do que se passa ou se passou em mundos desconhecidos, entremeados
de coisas do mundo atual, é que formam esses conjuntos estranhos e confusos, que
nenhum sentido ou ligação parecem ter.
A
incoerência dos sonhos ainda se explica pelas lacunas que apresenta a
recordação incompleta
que conservamos do que nos apareceu quando sonhávamos. É como se a uma narração
se truncassem frases ou trechos ao acaso. Reunidos depois, os fragmentos restantes
nenhuma significação racional teriam.
Acontece com freqüência verem-se em sonho coisas que parecem um pressentimento,
que, afinal, não se confirma. Pode
suceder que tais pressentimentos venham a confirmar-se apenas para o Espírito.
Quer dizer que este viu aquilo que desejava, foi ao seu encontro. É preciso
não esquecer
que, durante o sono, a alma está mais ou menos sob a influência da matéria e
que, por
conseguinte, nunca se liberta completamente de suas ideias terrenas, donde
resulta que as
preocupações do estado de vigília (acordado) podem dar ao que se vê a aparência do que
se deseja, ou
do que se teme. A isto é que, em verdade, cabe chamar-se efeito da
imaginação. Sempre que
uma ideia nos preocupa fortemente, tudo o que vemos se nos mostra ligado a essa
ideia.
Quando em sonho vemos pessoas vivas, muito nossas conhecidas, a praticarem
atos
de que absolutamente não cogitam, é que os Espíritos dessas
pessoas vêm visitar o teu como o teu os vai visitar, sem que saibas sempre o em
que eles
pensam. Demais, não é raro atribuirdes, de acordo com o que desejais, a
pessoas que conheceis,
o que se deu ou se está dando em outras existências.
[9a - página 225 - questão 406]
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Não se impressione com seus sonhos! Isto poderia levá-lo a extravagâncias ridículas. Viva acordado no bem, e os sonhos serão belos e bons. Se alguma característica de verdade lhe for revelada num sonho, aceite-a com simplicidade. Mas não se deixe levar a interpretações supersticiosas. Procure sempre o lado bom das coisas. Diário Espirita Bezerra de Menezes ADDE - Associação de Divulgação da Doutrina Espirita - São José do Rio Preto.
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