____Ressurgir na própria taba e renascer na carne, cujas exalações lhe magnetizam
a alma, constituem aspiração incessante do selvagem desencarnado.
____Estabelece-se nele o monoideísmo pelo qual
os outros desejos se lhe esmaecem no íntimo.
____Pela oclusão de estímulos outros, os órgãos do
corpo_espiritual se retraem
ou se atrofiam, por ausência de função, e se voltam, instintivamente, para a sede_do_governo_mental, onde se localizam, ocultos e definhados, no fulcro
dos pensamentos em circuito fechado sobre si mesmos, quais implementos
potenciais do germe vivo entre as paredes do ovo.
____Em tais circunstâncias, se o monoideísmo é somente reversível através da reencarnação,
a criatura humana desencarnada, mantida a justa distância, lembra as bactérias
que se transformam em esporos quando as condições de meio se lhes apresentam
inadequadas, tornando-se imóveis e resistindo admiravelmente ao frio e ao
calor, durante anos, para regressarem ao ciclo de evolução que lhes é
peculiar, tão logo se identifiquem, de novo, em ambiente propício.
____Sentindo-se em clima adverso ao seu modo de ser, o homem primitivo, desenfaixado
do envoltório_físico,
recusa-se ao movimento na esfera extrafísica, submergindo-se lentamente, na
atrofia das células que lhe tecem o corpo espiritual, por monoideísmo auto-hipnotizante, provocado pelo pensamento fixo-depressivo que lhe define o anseio de retorno ao abrigo fisiológico.
____Nesse período, afirmamos habitualmente que o desencarnado perdeu o seu corpo espiritual, transubstanciando-se num corpo ovóide, o que ocorre, aliás, a inúmeros desencarnados outros, em
situação de desequilíbrio, cabendo-nos notar que essa forma, segundo a nossa
maneira atual de percepção, expressa o corpo_mental da individualidade,
a encenar consigo, conforme os princípios ontogenéticos da Criação Divina,
todos os órgãos virtuais de exteriorização da alma,
nos círculos terrestres e espirituais, assim como o ovo, aparentemente simples, guarda hoje a
ave poderosa de amanhã, ou como a semente minúscula, que conserva nos tecidos
embrionários a árvore vigorosa em que se transformará no porvir.
[56 - página 90] André Luiz
|