____A resignação
espírita decorre, não de uma sujeição místico-religiosa
a forças incontroláveis, mas de uma compreensão do problema da vida.
Quando o espírita se resigna, não está se submetendo
pelo medo, mas apenas aceitando uma realidade à qual terá de se
sujeitar, exatamente para superá-la, para vencê-la. Não é, pois, o conformismo que se manifesta nessa resignação,
mas a inteligente compreensão de que a vida é um processo em
desenvolvimento, dentro do qual o homem tem que se equilibrar. A resignação ou aceitação é ativa e consciente, enquanto o conformismo é passivo e
inconsciente.
J.
HERCULANO PIRES
Trabalho
de João Gonçalves Filho - (RESIGNAÇÃO -2850)
____A calma e a resignação hauridas da
maneira de considerar a vida terrestre e da confiança no
futuro dão ao espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio . Com
efeito, é certo que a maioria dos casos de loucura se deve à comoção
produzida pelas vicissitudes que o homem não tem a coragem de suportar. Ora, se encarando
as coisas deste mundo da maneira por que o Espiritismo faz que ele as considere, o homem recebe com indiferença,
mesmo com alegria, os reveses e as decepções que o houveram
desesperado noutras circunstâncias, evidente se torna que essa força, que o
coloca acima dos acontecimentos, lhe preserva de abalos a
razão, os quais, se não fora isso, a conturbariam.
[24 - página 108 item 13]
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____A doutrina de Jesus ensina, em todos os seus pontos, a obediência e a resignação, duas virtudes companheiras da doçura e muito ativas, se bem os homens erradamente as
confundam com a negação do sentimento e da vontade.
- A
obediência é o consentimento da razão;
- a
resignação é o consentimento do coração, forças
ativas ambas, porquanto carregam o fardo das provações que a revolta
insensata deixa cair.
____O pusilânime não pode ser resignado, do mesmo modo que o orgulhoso e o egoísta não
podem ser obedientes. Jesus foi a encarnação dessas virtudes que a antigüidade material desprezava. (O Evangelho, Cap. IX, item 8 - Obediência
e resignação)
Colaboração
de: Aylton José de Moura - moura@int.efoa.br
[24 - página 164 item 8]
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