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Várias vezes já têm sido repetidos os ensinamentos que estou
transmitindo sobre as provações terrenas de cada indivíduo.
Muito antes
da encarnação,
Dentro do infinito do Universo e com as faculdades integrais do seu próprio “eu”, reconhece a alma que somente a luta lhe oferta inúmeras possibilidades de evolução, em todos os setores da atividade humana; e, daí, a preferência pelos ambientes de dor_e_privação, abençoados corretivos que a Providência lhe oferece para a redenção do passado ou para o desenvolvimento das suas forças latentes e imprecisas; cada Espírito, voluntariamente, escolhe as suas sendas futuras, conforme o seu progresso e de acordo com os desígnios superiores. [71 - página 166]
Quando
errante, pouco importa ao Espírito encarnar no corpo de um homem, ou
no
de uma mulher. O que o guia na escolha
são as prova por que haja de passar. Os
Espíritos encarnam como homens ou como mulheres, porque não têm sexo. Visto que lhes cumpre progredir em tudo, cada sexo,
como cada posição social, lhes proporciona provações
e deveres especiais e, com isso, ensejo de ganharem experiência. Aquele
que só como homem encarnasse só saberia o que sabem os homens. (Ver: Sexo no Espírito)
Nas provações por
que lhe cumpre passar para atingir a perfeição, o
Espírito não tem que sofrer tentações de todas as naturezas e nem tem
que se achar em todas as circunstâncias que
possam excitar-lhe o orgulho, a inveja, a avareza, a sensualidade, etc.Pois
bem sabeis haver Espíritos que desde o começo tomam um caminho que os exime de
muitas provas. Aquele, porém, que se deixa arrastar para o mau caminho, corre todos os perigos que o inçam. Pode um Espírito, por
exemplo, pedir a riqueza e ser-lhe esta concedida. Então, conforme o seu caráter,
Daí não se segue, entretanto, que haja de forçosamente passar por todas estas tendências. (Ver: Prova da riqueza e miséria)
O
Espírito escolhe provas
que queira sofrer, de acordo com a
natureza de suas faltas, as que o levem à expiação
destas e a progredir mais depressa.
Quando na erraticidade, antes de começar nova existência corporal, o Espírito tem Ele próprio a escolha do gênero de prova por que há de passar e nisso consiste o seu livre-arbítrio.
Nem
todas as tribulações que experimentamos na
vida nós as previmos e buscamos,
porque não escolhemos e previmos tudo o que nos sucede no mundo, até
às mínimas coisas. Escolhemos apenas o gênero das provações.
As particularidades correm por conta da
posição em que nos acharmos; são, muitas vezes, conseqüências das nossas
próprias ações. Escolhendo,
por exemplo, nascer entre malfeitores, sabia o Espírito a que
arrastamentos se expunha; ignorava, porém, quais os atos que viria a praticar.
Esses atos resultam do exercício da sua vontade,
ou do seu livre-arbítrio.
Os acontecimentos secundários se originam das circunstâncias e da força mesma das coisas. Previstos só são os fatos principais, os que influem no destino. Se tomares uma estrada cheia de sulcos profundos, sabes que terás de andar cautelosamente, porque há muitas probabilidades de caíres; ignoras, contudo, em que ponto cairás e bem pode suceder que não caias, se fores bastante prudente. Se, ao percorreres uma rua, uma telha te cair na cabeça, não creias que estava escrito, segundo vulgarmente se diz.
A nós (encarnados) pode parece natural que se escolham as provas menos dolorosas, ao Espírito, não. Logo que este se desliga da matéria, cessa toda ilusão e sua maneira de pensar passa a ser outra. Sob a influência das ideias carnais, o homem, na Terra, só vê das provas o lado penoso.
O Espírito pode enganar-se quanto à
eficiência da prova
que escolheu.
Mas, então, voltando ao mundo dos Espíritos, verifica que nada ganhou e pede outra que lhe faculte recuperar o tempo perdido.
O
Espírito pode apressar ou retardar o
momento da sua reencarnação.
Nenhum, porém assim procede impunemente, visto que sofre por isso, como aquele que recusa o remédio capaz de curá-lo.
O
Espírito, além do gênero de
vida que lhe sirva de prova,
O Espírito poderia recusar, à última hora, tomar o corpo por ele escolhido. Mas, sofreria muito mais do que aquele que não tentasse provas alguma. |
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