|
O
estado de natureza é o da união livre e fortuita dos sexos. o casamento constitui um dos primeiros atos de progresso nas sociedades humanas, porque
estabelece a solidariedade fraterna e se observa entre todos os povos, se bem
que em condições diversas. A abolição do casamento seria, pois, regredir à infância da Humanidade e colocaria o homem abaixo
mesmo de certos animais que lhe dão o exemplo de uniões constantes..
A
indissolubilidade absoluta do casamento, é
uma lei humana muito contrária à da Natureza.
O celibato voluntário não representa um estado de perfeição meritório aos olhos de Deus. E, os que assim vivem, por egoísmo, desagradam a Deus e enganam o mundo.
Da
parte de certas pessoas, o celibato será um sacrifício que fazem com o fim de se votarem, de modo mais completo,
ao serviço da Humanidade.
Todo sacrifício pessoal é meritório, quando feito para o bem. Quanto maior o
sacrifício, tanto maior o mérito.
Não
é possível que Deus se contradiga, nem que ache mau o que Ele próprio fez.
Nenhum mérito, portanto, pode haver na violação da Sua_lei. Mas, se o celibato,
em si mesmo, não é um estado meritório, outro tanto não se dá quando
constitui, pela renúncia às alegrias da família, um
sacrifício praticado em
prol da Humanidade. Todo sacrifício pessoal, tendo em vista o bem e sem
qualquer ideia egoísta, eleva o homem acima da sua condição material..
Os cultos religiosos, em sua feição dogmática, são igualmente transitórios como todas as fórmulas
do convencionalismo humano.Que o espiritista sincero e cristão, assumindo os seus compromissos conjugais perante as leis dos homens,busque honrar a sua promessa e a sua decisão, santificando o casamento com o rigoroso desempenho de todos os seus deveres evangélicos, ante os preceitos terrestres e ante a imutável lei divina que vibra em sua consciência cristianizada.. [41a - página 175]
Assumindo os seus
compromissos conjugais perante as leis dos homens, o procedimento dos espiritistas na consagração do casamento deve ser o de, sem ferir as
convenções sociais reflexas dos cultos religiosos, honrar a sua
promessa e a sua decisão, santificando o casamento com o rigoroso
desempenho de todos os seus deveres evangélicos, ante os preceitos
terrestres e ante a imutável lei divina que vibra em sua consciência
cristianizada.EMMANUEL
O carinho repartido, em princípio, a dois, passa a ser dividido por
maior número de partícipes do núcleo familiar, e esses mesmos condôminos
do estabelecimento caseiro, em muitas circunstâncias, são os
associados da doce hipnose do namoro e do noivado, que mantinham nos
pais jovens, ainda solteiros, a chama da atração entusiástica até a
consumação do enlaçamento afetivo.Quase sempre Espíritos vinculados ao casal, mais fortemente ao pai ou à mãe, cooperaram na aproximação dos futuros pais, reclamando a quota de carinho e atenção que lhes é devida. EMMANUEL
Nem sempre a mulher poderá ver no companheiro o homem amado com ternura, mas sim um filho espiritual necessitado de compreensão e sacrifício para soerguer-se, como também nem sempre o homem conseguirá contemplar na esposa a flor de seus primeiros sonhos, mas sim uma filha do coração, a requisitar-lhe tolerância e bondade, a fim de que se transfira da sombra para a luz. O amor não é tão-somente a ventura rósea e doce do sexo perfeitamente atendido. É uma luz que brilha mais alto, inspirando a coragem da renúncia e do perdão incondicionais, em favor do ser e dos seres que nós amamos. é compreensível que a planta seja assaltada pelos parasitas ou pelos vermes da morte, todavia, nada há a recear se a jardineira está vigilante ... . [28a - página 194]
O matrimônio
espiritual realiza-se alma com alma, representando os demais simples
conciliações indispensáveis à solução de necessidades ou
processos retificadores, embora todos sejam sagrados. Se os consortes padecem inquietação, desentendimento, tristeza, estão unidos fisicamente, mas não integrados no matrimônio espiritual. Há, pois, casamentos de:
Toda vez que amamos alguém e nos entregamos a esse alguém, no ajuste
sexual, ansiando por não nos desligarmos desse alguém, para depois -
somente depois - surpreender nesse alguém defeitos e nódoas que antes
não víamos, estamos à frente de criatura anteriormente dilapidada por
nós, a ferir-nos justamente nos pontos em que a prejudicamos. EMMANUEL
Quando alguns dos reformadores mais adiantados compreenderam a imensa importância da questão do casamento, procuramos fazer prevalecer ideias ao alcance do mundo, conquanto ainda não preparado. Apenas fazemos uma alusão a esse respeito, intimamente ligado às questões capitais de moléstia, crime, pobreza, insanidade, que nos são penosas e embaraçam as nossas relações com os homens. Muitas dessas calamidades são atribuídas tanto à loucura como à criminosa leviandade, ou à não menos criminosa e insensata lei convencional que rege o casamento entre vós. Isso se aplica igualmente àqueles a quem chamais bem-educados e polidos e aos ignorantes e não cultivados. O grande pecado, aliás, está antes do lado dos ricos.
[108 - página 231] |
Páginas relacionadas:

