____Quando
qualquer de nós, abandonar a disciplina a que somos constrangidos para manter a
boa forma na recepção da luz, rendendo-se às sugestões da vaidade
ou do desânimo, que costumamos fantasiar como sendo direitos adquiridos ou
injustificável desencanto, decerto sofrerá o assédio_de_elementos_destrutivos que lhe perturbarão a nobre experiência
atual de subida. Muitos médiuns
se arrojam a prejuízos dessa ordem. Depois de ensaios promissores e começo
brilhante, acreditam-se donos de recursos espirituais que lhes não
pertencem ou temem as aflições prolongadas da marcha e recolhem-se à
inutilidade, descendo de nível moral ou conchegando-se a improdutivo repouso,
porquanto retomam inevitavelmente a cultura dos impulsos primitivos que o
trabalho incessante no bem os induziria a olvidar ... ____Nossas realizações espirituais do presente são pequeninas réstias de
claridade sobre as pirâmides de sombra do nosso passado. É imprescindível
muita cautela com as sementeiras do bem para que a ventania do mal não as
arrase. É por isso que a tarefa_mediúnica,
examinada como instrumentação para a obra das Inteligências superiores, não
é tão fácil de ser conduzida a bom termo, de vez que, contra o canal ainda frágil
que se oferece à passagem da luz, acometem as ondas pesadas de treva da ignorância,
a se agitarem, compactas, ao nosso derredor.
[28a - página 35] - André Luiz |