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Antes de Allan_Kardec publicar O LIVRO DOS ESPÍRITOS aos 18 de abril de 1857, com o qual surgia no
mundo a Doutrina Espírita,
dois acontecimentos se deram, da maior importância, preparatórios do advento
do ESPIRITISMO:
A França dos últimos séculos zombadora e ocupada com uma filosofia que, querendo destruir os abusos da intolerância religiosa, extinguia no ridículo tudo quanto era ideal, a França devia afastar o Espiritismo que não cessava de progredir no Norte. Deus tinha permitido esta luta das ideias_positivas contra as ideias espiritualistas porque o fanatismo se tinha tornado uma arma destas últimas. Agora que o progresso da indústria e das ciências desenvolveu a arte de bem viver a um tal ponto que as tendências materiais se tornaram dominantes Deus...
O Espírito humano segue uma marcha necessária, imagem da gradação sofrida por tudo quanto povoa o universo visível e invisível. Todo progresso chega a seu tempo: o da elevação moral chegou para a humanidade.
O progresso do moderno Espiritualismo apresenta-nos alguma coisa de maravilhoso. Em cerca de
quarenta anos ele tem, pelo menos, conquistado vinte milhões de adeptos em
todas as partes do mundo. Adaptando-se, apesar de sua afinidade eclética com
todas as manifestações da verdade, a todas as nacionalidades e classes
sociais, e repetindo as suas manifestações, peculiares por toda a parte, entre
pessoas que ignoram suas fórmulas e antecedentes, ele se apresenta com a feição
de uma verdade universal, com o desenvolvimento
de
uma grande e transcendental ciência, que vem confirmar todas as tradições e intuições sobre a imortalidade da_alma, e anuncia o despontar de uma
aurora em cuja luz todas as outras ciências, que tratam da natureza e do destino do homem, devem buscar orientar-se no futuro
.
[97 - página 23]
Ficais sentido pelo fato de homens eminentes verem nos fenômenos aquilo a que chamais “um meio empregado pela Providência para sustar a marcha do atual materialismo”. Que achais de irreverente ou irracional nessa opinião?
O Espiritismo já deu a plena certeza da imortalidade a milhões de almas deste mundo. Tem já convertido muitos dos mais terríveis descrentes, e em trinta e três anos se derramou no seio da Humanidade com expansibilidade sem igual na história dos credos. Se existem Espíritos, por que deixaremos de crer que os atuais fenômenos se dêem com permissão da Providência? [97 - página 125]
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