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Naturais: os que produzem os fenômenos espontaneamente sem participação
da vontade.
Médiuns
naturais ou inconscientes: os que
produzem espontaneamente os fenômenos, sem intervenção da própria vontade e,
as mais das vezes, à sua revelia.
Os
médiuns involuntários ou naturais são
aqueles cuja influência se exerce a seu mau grado. Nenhuma consciência têm do
poder que possuem e, muitas vezes, o que de anormal se passa em torno deles não
se lhes afigura de modo algum extraordinário. Isso faz parte deles, exatamente
como se dá com as pessoas que, sem o suspeitarem, são dotadas de dupla_vista. São muito dignos de observação esses indivíduos e
ninguém deve descuidar-se de recolher e estudar os fatos deste gênero que lhe
cheguem ao conhecimento. Manifestam-se em todas as idades e, freqüentemente, em
crianças ainda muito novas.Tal
faculdade não constitui, em si mesma, indício de um estado patológico,
porquanto não é incompatível com uma saúde perfeita. Se sofre aquele
que a possui, esse sofrimento é devido a uma causa estranha, donde se segue que
os meios terapêuticos são impotentes para fazê-la desaparecer. Nalguns
casos, pode ser conseqüente de uma certa fraqueza orgânica, porém, nunca é
causa eficiente. Não seria, pois, razoável tirar dela um motivo de
inquietação, do ponto de vista higiênico. Só poderia acarretar
inconveniente, se aquele que a possui abusasse dela, depois de se haver tornado médium_facultativo, porque então se verificaria nele uma emissão demasiado
abundante de fluido vital
e, por conseguinte, enfraquecimento dos órgãos.
O
que há a fazer-se, quando uma faculdade dessa natureza se desenvolve espontaneamente num indivíduo, é deixar que o fenômeno siga o seu curso
natural: a Natureza é mais prudente do que os homens. Acresce que a
Providência tem seus desígnios e aos maiores destes pode servir de instrumento
a mais pequenina das criaturas. Porém, forçoso é convir, o fenômeno
assume por vezes proporções fatigantes e importunas para toda gente Eis,
então, o que em todos os casos importa fazer-se. No capítulo V - Das manifestações_físicas_espontâneas, já demos alguns conselhos a este respeito,
dizendo ser preciso entrar em comunicação com o Espírito, para dele saber-se
o que quer. O meio seguinte também se funda na observação.Os
seres invisíveis, que revelam sua presença por efeitos sensíveis, são, em
geral, Espíritos_de_ordem
inferior e que podem ser dominados pelo ascendente moral. A
aquisição deste ascendente é o que se deve procurar.Para
alcançá-lo, preciso é que o indivíduo passe do estado de médium
natural ao de médium_voluntário. Produz-se, então, efeito análogo ao que se observa no sonambulismo.
Como se sabe, o sonambulismo natural cessa geralmente, quando substituído pelo
sonambulismo magnético. Não se suprime a faculdade, que tem a alma, de emancipar-se;
dá-se-lhe outra diretriz. O mesmo acontece com a faculdade_mediúnica. Para isso, em vez de pôr óbices
ao fenômeno, coisa que raramente se consegue e que nem sempre deixa de ser
perigosa, o que se tem de fazer é concitar
o médium a produzi-los à sua vontade, impondo-se ao Espírito. Por esse
meio, chega o médium a sobrepujá-lo e, de um dominador às vezes
tirânico, faz um ser submisso e, não raro, dócil. Fato
digno de nota e que a experiência confirma é que, em tal caso, uma criança
tem tanta e, por vezes, mais autoridade que um adulto: mais uma prova a favor
deste ponto capital da Doutrina, que o Espírito só é criança pelo corpo; que
tem por si mesmo um desenvolvimento necessariamente anterior à sua encarnação
atual, desenvolvimento que lhe pode dar ascendente sobre Espíritos que lhe são
inferiores.A
moralização de um Espírito, pelos conselhos de uma terceira pessoa influente
e experiente, não estando o médium em estado de o fazer, constitui
freqüentemente meio muito eficaz. (1).
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