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Dr. J. M. Gully's comments on recording http://www.survivalafterdeath.org.uk/ photographs/crookes/3.htm (Link desativado)
http://www.ceticismoaberto.com/ referencias/katieking2.htm (Link desativado)
Como se tratasse de uma personalidade medianímica, que afirmava ter vivido alguns séculos antes, não foi possível cuidar-se da identificação pessoal. O caso todavia se apresenta como um dos mais eloqüentes a favor da existência independente dessa personalidade, porque se trata de uma entidade na posse de todos os atributos intelectuais capazes de caracterizar uma individualidade psíquica independente.
Além disso, não podemos deixar de ter em conta que essa admirável personalidade medianímica, dotada de todos os predicados de uma individualidade pensante, não cessava de afirmar, do modo mais peremptório, a sua existência espiritual independente; dá o nome por que foi conhecida em vida, conta tristemente as vicissitudes dolorosas da sua curta existência terrestre, enquanto se ocupa de provar ainda, por outra forma, a sua independência espiritual, mostrando-se aos experimentadores ao mesmo tempo que o médium, deixando-se fotografar com este último e com o Sr. Crookes, permitindo a este e à Sra. Marryat de apalparem-na, de abraçarem-na, de escutarem-lhe as pulsações do coração, de sentirem-lhe o bater do pulso e, enfim, acordando a médium e com ela conversando. Este último episódio se reveste de grande valor psicológico; sinto-me no dever mesmo de reproduzir aqui o trecho da famosa sessão em que Katie King dá o último adeus aos assistentes. o Sr. Crookes escreve:
No maravilhoso episódio acima, encontramos reunidas as melhores provas que a Ciência tem o direito de exigir para admitir a independência psíquica de uma personalidade medianímica.
Repitamo-lo com o Prof. Hyslop: “Não se pode marcar limites à credulidade de quem é capaz de sustentar seriamente semelhante interpretação dos fatos.” Não será inútil examinar aqui o episódio, em discussão, sob o ponto de vista estritamente psicofisiológico. Nele nós nos achamos diante de duas personalidades reais, perfeitamente visíveis, tangíveis, fotografáveis:
Este fato, em termos psicofisiológicos, significa que as duas personalidades medianímicas teriam acionado simultaneamente os centros corticais da inervação da linguagem falada. O fim do seu encontro e o assunto dos seus diálogos constituíam o pensamento angustioso da separação definitiva que se tornava iminente, ocasionando que as lágrimas da médium sucedessem ao testemunho comovedor de afeição, manifestado pela personalidade materializada. Achamo-nos, portanto, diante de um fenômeno irrefutável de duplicação real, incontestável, de centros e de faculdades psíquicas, que a prosopopese nunca conseguirá explicar, pois, nos casos de “personalidades alternantes” de origem patológica, se verifica constantemente que as faculdades psíquicas ou peicofisiológicas de que se serve, em dado momento, uma dessas personalidades, faltam à outra, como é aliás fácil de prever. Em reforço desta tese, parece-me oportuno acrescentar que a personalidade de Katie King, longe de se entregar passivamente aos desejos sempre formulados mentalmente ou de viva voz pelos assistentes, longe de refletir automaticamente a vontade da médium ou do Sr. Crookes, ela age como entende; aconselha, exorta, censura, recusa-se, não raro, a responder a perguntas indiscretas e, quando alguém a interroga sobre as causas da sua reaparição na Terra, responde que a sua volta atende aos deveres de uma missão, à necessidade de uma expiação, constituindo para ela um meio de progresso espiritual ulterior. Um belo dia a personalidade medianímica de Katie King anuncia aos seus amigos da Terra que a sua missão está prestes a terminar e que, em determinado dia, deixará de manifestar-se sob a forma material.
Que títeres prosopopésicos são esses que, apenas nascidos, se tornam logo intelectualmente independentes, pensam como melhor lhes parece, agem de vontade própria, tomam a identidade de entes que viveram na Terra, demonstram o que dizem por meio de todas as provas pessoais que humana e logicamente se podem exigir, manifestam-se quando bem entendem, ausentam-se para sempre quando menos se espera, falam de um estágio espiritual em que vivem, de ninguém obedecendo à vontade, exceção feita de uma entidade espiritual a que se referem, incessantemente, com veneração profunda? Quantos enigmas, e cada qual mais notável, a se resolverem pela hipótese da "prosopese- metagnomia”! [105 - páginas 146 / 150] |
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