O homem
não tem o direito de dispor da sua vida. Só a Deus assiste esse direito. O suicídio voluntário importa numa
transgressão desta lei.Não é sempre voluntário o suicídio. O
louco que se mata não sabe o que faz. [9a
p.439 q.944]
| Comete suicídiomoral o homem que perece vítima de
paixões que ele sabia lhe haviam de
apressar o fim, porém a que já não podia resistir, por havê-las o hábito
mudado em verdadeiras necessidades físicas. Não percebeis que, nesse caso, o homem é duplamente
culpado? Há nele então falta de coragem e bestialidade, acrescidas do
esquecimento de Deus.É
mais culpado do que o que tira a si mesmo a vida por desespero porque tem tempo de
refletir sobre o seu suicídio. Naquele que o
faz instantaneamente, há, muitas vezes, uma espécie de desvairamento, que
alguma coisa tem da loucura. O outro será muito mais punido, por isso que as penas são proporcionadas sempre à consciência que o culpado tem das faltas
que comete.
[9a
p.442 q.952]
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