Poder oculto - Feiticeiros - Talismàs


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Um homem mau, com o auxílio de um mau Espírito que lhe seja dedicado, não pode fazer mal ao seu próximo. Deus não o permitiria.


[9a - página 277 questão 551]


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O que devemos pensar da crença no poder, que certas pessoas teriam, de enfeitiçar, é o seguinte: algumas pessoas dispõem de grande força_magnética, de que podem fazer mau uso, se maus forem seus próprios Espíritos, caso em que possível se torna serem secundados por outros Espíritos maus. Não creias, porém, num pretenso poder mágico, que só existe na imaginação de criaturas supersticiosas, ignorantes das verdadeiras leis da Natureza. Os fatos que citam, como prova da existência desse poder, são fatos naturais, mal observados e sobretudo mal compreendidos.

[9a - página 278 questão 552]


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Aqueles a quem chamais feiticeiros são pessoas que, quando de boa-fé, gozam de certas faculdades, como sejam a força magnética ou a dupla_vista. Então, como fazem coisas geralmente incompreensíveis, são tidas por dotadas de um poder sobrenatural. Os vossos sábios não têm passado muitas vezes por feiticeiros aos olhos dos ignorantes?O Espiritismo e o magnetismo nos dão a chave de uma imensidade de fenômenos sobre os quais a ignorância teceu um sem-número de fábulas, em que os fatos se apresentam exagerados pela imaginação. O conhecimento lúcido dessas duas ciências que, a bem dizer, formam uma única, mostrando a realidade das coisas e suas verdadeiras causas, constitui o melhor preservativo contra as ideias supersticiosas, porque revela o que é possível e o que é impossível, o que está nas leis da Natureza e o que não passa de ridícula crendice.

[9a - página 279 questão 555]


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Algumas pessoas, verdadeiramente, têm o poder de curar pelo simples contacto. A força magnética pode chegar até aí, quando secundada pela pureza dos sentimentos e por um ardente desejo de fazer o bem, porque então os bons Espíritos lhe vêm em auxílio. Cumpre, porém, desconfiar da maneira pela qual contam as coisas pessoas muito crédulas e muito entusiastas, sempre dispostas a considerar maravilhoso o que há de mais simples e mais natural. Importa desconfiar também das narrativas interesseiras, que costumam fazer os que exploram, em seu proveito, a credulidade alheia.

[9a - página 279 questão 556]


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  • Houve em todas as épocas médiuns naturais e inconscientes que,só porque produziam fenômenos insólitos e incompreendidos, foram qualificados de feiticeiros e acusados de pactuarem com o diabo.
  • Ocorreu o mesmo com a maioria dos sábios que possuíamconhecimentos acima do vulgar.

A ignorância exagerou seu poder e,eles mesmos, freqüentemente, abusaram da credulidade pública,explorando-a; daí a justa reprovação de que foram objeto. Bastacomparar o poder atribuído aos feiticeiros e a faculdade dos verdadeiros médiuns, para estabelecer-lhes a diferença, mas a maioria dos críticosnão se dão a esse trabalho. O Espiritismo, longe de ressuscitar a feitiçaria, a destruiu para sempre, despojando-a do seu pretenso podersobrenatural, de suas fórmulas, de seus livros de magia, amuletos etalismàs, reduzindo os fenômenos possíveis ao seu justo valor, sem sairdas leis naturais.

A semelhança que certas pessoas pretendem estabelecer, provém doerro em que se encontram, de que os Espíritos estão às ordens dosmédiuns; repugna à sua razão crer que possa depender de alguém,fazer vir à sua vontade e chamado, o Espírito de tal ou tal personagemmais ou menos ilustre; nisso estão perfeitamente com a verdade, e se,antes de atirar pedra ao Espiritismo, tivessem se dado ao trabalho dedele se inteirar, saberiam que ele diz positivamente que osEspíritos nãoestão ao capricho de ninguém, e que ninguém pode, à vontade, fazê-losvir a contragosto;do que se segue que os médiuns não são feiticeiros.

[78 - Os médiuns e os feiticeiros]


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Aquele que, com ou sem razão, confia no que chama a virtude de um talismà, pode atrair um Espírito, por efeito mesmo dessa confiança, visto que, então, o que atua é o pensamento, não passando o talismà de um sinal que apenas lhe auxilia a concentração. Mas, da pureza da intenção e da elevação dos sentimentos depende a natureza do Espírito que é atraído. Ora, muito raramente aquele que seja bastante simplório para acreditar na virtude de um talismà deixará de colimar um fim mais material do que moral. Qualquer, porém, que seja o caso, essa crença denuncia uma inferioridade e uma fraqueza de ideias que favorecem a ação dos Espíritos imperfeitos e escarninhos.

[9a - página 78 questão 554]


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Os efeitos que podem produzir as fórmulas e práticas mediante as quais pessoas pretendem dispor do concurso dos Espíritos, são os seguintes:

  • O efeito de torná-las ridículas, se procedem de boa-fé.
  • No caso contrário, são tratantes que merecem castigo.

Todas as fórmulas são mera charlatanaria. Não há palavra sacramental nenhuma, nenhum sinal cabalístico, nem talismà, que tenha qualquer ação sobre os Espíritos, porquanto estes só são atraídos pelo pensamento e não pelas coisas materiais.Efetivamente, alguns Espíritos têm ditado, eles próprios, fórmulas cabalísticas. Espíritos há que indicam sinais, palavras estranhas, ou prescrevem a prática de atos, por meio dos quais se fazem os chamados conjuros. Mas, ficai certos de que são Espíritos que de vós outros escarnecem e zombam da vossa credulidade.

[9a - página 278 questão 553]


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Criaturas há que, para manter sua energia espiritual sempre ativa, precisam concentrar a atenção em algum objeto tangível, visando os estados sugestivos indispensáveis às suas realizações, como esses crentes que não prescindem de imagens e símbolos materiais para admitir a eficácia de suas preces.

Ficai certos, porém, de que o talismà para a felicidade pessoal, definitiva, se constitui de um bom coração sempre afeito à harmonia, à humildade e ao amor, no integral cumprimento dos desígnios de Deus.

[41a - página 129]
EMMANUEL - 1940

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