Grande injustiça comete quem afirma encontrar no Evangelho a religião da tristeza e da amargura.
Indubitavelmente, o sacerdócio muita vez impregnou o horizonte cristão
de nuvens sombrias, com certas etiquetas do culto exterior, mas o Cristianismo, em sua essência, é a revelação da profunda alegria do Céu entre as
sombras da Terra.A vinda do Mestre é precedida pela visitação dos anjos.
Maria,
jubilosa, conversa com um mensageiro divino que a esclarece sobre a
chegada do Embaixador Celestial.
Nasce
Jesus na manjedoura
humilde, que se deslumbra ao clarão de inesperada estrela.Tratadores rústicos são chamados por um emissário espiritual,
repentinamente materializado à frente deles, declarando-se portador das
“ notícias de grande alegria” para todo o povo. No mesmo
instante, vozes cristalinas entoam cânticos na Altura, glorificando o
Criador e exaltando a paz
e a boa-vontade entre os homens.
Começam a reinar o contentamento e a esperança...
Mais tarde, o Mestre inicia o seu apostolado numa festa nupcial,
assinalando os júbilos da família.Como que percebendo limitação e estreiteza em qualquer templo de
pedra para a sua palavra no mundo, o Senhor principia as suas pregações
à beira do lago, em pleno santuário da natureza. Flores e pássaros, luz
e perfume representam a moldura de sua doutrinação.
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