A questão proposta ao Rabi Nazareno era, provavelmente, velha objeção jamais
solucionada, e argumento irrespondível,
quando apresentado aos fariseus e doutores para combater a "ressurreição".Strack e Billerbeck (o.c. t.3, página 650) cita o Tratado Jebannoth (4, 6b, 35) que traz um desses "casos": eram treze irmãos, sendo doze casados, mas todos estes morrem sem filhos; o décimo terceiro recebe as doze viúvas e fica, com cada uma, um mês do ano; após três anos, está com trinta e seis filhos. Eram "casos" que visavam a demonstrar o "absurdo" da ressurreição. Os casos citados prendem-se à chamada "Lei do Levirato" (Núm.25:1-10): "Se irmãos moram juntos e um deles morrer e não tiver filhos, a mulher do defunto não se casará com gente estranha, de fora; mas o irmão de seu marido estará com ela, recebê-la-á como mulher fará a obrigação de um cunhado, com ela". O adultério só existia para as mulheres. A questão foi proposta, e a resposta aguardada ansiosamente. Sem alterar-se, diz-lhes Jesus que "não conhecem as Escrituras, pois quando os espíritos se erguem (ressurgem) abandonando os corpos cadaverizados, são COMO os anjos do céu: nem (os homens) se casam, nem (as mulheres) se dão em casamento". Essa resposta, porém, constituía uma afirmativa teórica, que podia ser aceita ou recusada de plano. Sabendo disso, Jesus traz um argumento irrespondível, citando exatamente uma frase do Êxodo (3:6), pois os saduceus só aceitavam o Pentateuco como divinamente inspirado. Aí se encontra a palavra de YHWH: "Eu sou o deus de Abraão, o deus de Isaac, o deus de Jacob". Ora, os três já haviam morrido, para a Terra. No entanto, YHWH - afirma Jesus de acordo com a crença dos fariseus - não é um deus de mortos, mas de vivos. A resposta foi tão inesperada e tão fantasticamente irretrucável, que os próprios escribas não puderam conter-se e elogiaram de público o adversário: "Mestre, falaste bem"! Em Lucas há dois pormenores que chamam a atenção: "os filhos deste eon casam-se ... mas os dignos de participar daquele eon e da ressurreição dos mortos, não; pois nem mais podem morrer, sendo QUAIS anjos, filhos de Deus, já que são filhos da ressurreição". O outro: "Não é Deus de mortos, mas de vivos, pois para ele, todos vivem". Aprendamos, primeiramente, a lição que nos é dada a respeito do reerguimento do espírito, após abandonar à terra seu corpo imprestável, na chamada "ressurreição dos mortos" (anástasis ek tõn nekrõn). Note-se, de passagem, que jamais fala o Novo Testamento em ressurreição DA CARNE invenção muito posterior; só fala em ressurreição "dos mortos", valendo esse DOS como ponto de partida, ablativo (em inglês from). A distinção é feita com a palavra eon (aiôn), opondo-se este eon, ao que vem após, aquele eon: dois estágios da mesma vida contínua, eterna, indestrutível. Neste eon, mergulhados na matéria, há necessidade do uso de uniões sexuais para que se propague a humanidade, evitando o desaparecimento da espécie humana. Imperativo biológico, imposto pela natureza a todos os seres. No entanto, alguns são dignos de participar daquele eon e da ressurreição dos mortos. Se só alguns são dignos, isto quer dizer quem nem todos o são, e por isso, nem todos ressurgem. Como seria isso? Sabemos que a grande massa de catalogados como pertencentes à espécie hominal, na realidade ainda não atingiu plenamente esse estágio, pois se acha pouco acima da escala animal não racionalizada. São seres recém-saídos do reino animal, que "ainda não têm espírito" (Jud. 19), isto é, que ainda não tomaram consciência de serem espíritos, mas se julgam somente "o corpo". Estes, quando perdem esse corpo e o largam no chão da terra, permanecem adormecidos, (como os bichos), com vaga percepção de que existem, mas incapazes de pensar. Apenas "sentem" sensações (etérico) e emoções (astral). O intelecto não está ainda firmado independentemente. Por isso, vão e voltam de seguida, automaticamente, para reaver outro corpo, para o qual se sentem irresistivelmente atraídos. Isso ocorre com os animais já individualizados e com os seres humanos ainda animalizados, que constituem a imensa maioria da massa terrestre. Ainda "não são dignos", por incapacidade intelectiva à evolutiva de verdadeiramente ressurgir, ou seja, de fora da matéria poderem levar vida independente, livre e consciente. Não se trata, pois somente de dignidade moral, mas de capacidade evolutiva (kataxiôthéntes, de ka-tarióô, "julgo alguém digno de algo"). Ninguém pode ser digno de receber alguma coisa que não entenda. Dessa forma não chegam a viver no plano astral: apenas vegetam, aguardando o novo e inevitável mergulho na matéria densa. E não "vivem" mas continuam "mortos": então, não ressurgiram dos mortos! Incapacidade por atraso, por involução. Não são dignos por não terem aquele mínimo grau de evolução necessária. Aqueles, todavia, que já alcançaram um grau evolutivo que os faça perceber seu novo estado no mundo astral; aqueles que despertam fora do corpo, consciente de si, e portanto vivem "naquele eon", esses "são dignos de ressuscitar": afastam-se, de fato, de seus cadáveres que debaixo da terra apodrecem, erguem-se (egeírô) realmente do meio dos outros "mortos", e penetram na vida espiritual semelhante à dos mensageiros divinos. Sabem que são filhos de Deus. Sabem que são homens ressuscitados ("filhos da ressurreição"). Sabem que jamais morrerão: estão vendo que não existe a morte. Sabem que não há necessidade, para eles, nesse novo estado, de uniões sexuais, e que todo amor é sentimento, mais que emoção. E sabem que o amor é a chave da vida. Preparam-se, então, para futuros encontros no planeta denso, para recomeçarem suas experiências de aprendizado ou de resgate. A propósito, encontramos um trecho de um livro ainda inédito do Professor Pietro Ubaldi (cap. 16, "O Meu Caso Parapsicológico", da obra "Um Destino Seguindo Cristo"), que vem confirmar tudo isso. Escreveu ele: "Nos primitivos não desenvolvidos no supraconsciente, ativos apenas no plano físico, a vida é somente a corpórea e a morte dá a sensação da anulação final, e é, por isso, olhada com terror. Mas isso não quer dizer que eles não sobrevivam. Mas sobrevivem caindo na inconsciência ou ficando com a capacidade de pensar apenas no nível do subconsciente animal, o faz realmente sofrer essa sufocante diminuição vital, que é o que torna terrível a morte. Extinto o cérebro, que era a zona dentro da qual estava limitada toda a consciência que o indivíduo possuía, mentalmente é como se este fosse finito, mesmo que sobrevivam em seu subconsciente resíduos de reminiscências terrestres. Para tais indivíduos, a vida é a do corpo no plano físico, por isso temem perdê-la e, perdida, a procuram, reencar indivíduo que alcançou desenvolvimento mental e nível de consciência psicocêntrico mais avançado que o normal, a sobrevivência da personalidade, após a morte, advém sem nenhuma perda de consciência, em estado lúcido, sem a sensação da anulação e da morte". Então, enquanto lá vivem, todos se sentem irmãos, amando-se profunda, sincera e fraternalmente, sem exclusivismos nem ciúmes. Que importa se a mulher pertenceu corporalmente aos sete? Não é mais de nenhum, pois aquele corpo que foi possuído, não mais existe: filha da ressurreição, imortalizada no amor universal, semelhante aos angélicos mensageiros do plano astral, compreende que a união de corpos é totalmente superada quando se perdem esses corpos. O Mestre, entretanto, reforça sua lição, pois é preciso fixar categoricamente o princípio irrecusável da vida após a morte. E o texto trazido para comprová-lo, jamais fora utilizado pelos rabinos com essa interpretação espiritual. Mas é taxativo. Quando Moisés, no Sinai, ouve a voz de seu espírito-guia, YHWH, (naquela época o espírito-guia era chamado "Deus", conforme vimos no vol. 5), ele deseja saber de quem se trata. E YHWH, sem zangar-se, identifica-se como sendo o mesmo espírito-guia "de teu pai (Amram), de Abraão, de Isaac e de Jacob". Não diz: "FUI o deus de" ... mas diz: "SOU o deus de" ... A diferença é sutil, mas filosoficamente importante: YHWH continua sendo o espírito-guia ou deus de Amram, de Abraão, de Isaac, e de Jacob. Então, eles continuam vivos! Quem se daria ao trabalho de querer guiar algo que deixou deexistir (morreu)? E o acréscimo de Lucas traz um impacto de grandiosidade magnificente e confortadora, numa das mais sublimes lições, que o Cristo jamais deu aos homens: "para Deus, todos vivem". Vejamos o original: pántes gàr autôi zôsin. Podemos interpretá-la de quatro maneiras diferentes:
Os dois primeiros significados são traduções literais, rigorosamente dentro da expressão original, sem nenhum desvio interpretativo; e como procuramos manter sempre o máximo de fidelidade ao original, usamos em nossa tradução o primeiro sentido, que é o mais fiel ao texto, inclusive quanto à ordem das palavras. Há que penetrar, portanto, o significado do texto tal como chegou até nós. E, sem a menor dúvida, para Deus, que é a Vida substante a todas as coisas e a todos os seres, tudo o que existe partilha de Sua Vida, e logicamente vive. A morte seria o aniquilamento, isto é, a não-existência, o nada. E sendo Deus TUDO, o nada não pode coexistir onde o Tudo impera: teríamos que imaginar "buracos vazios" no Todo.Então, o ensino é perfeito: "para Deus, todos vivem", não importa se revestidos de matéria pesada ou dela libertos em planos superiores de vibração. Este o sentido REAL da frase. É assim que, iluminada pela Luz, a humanidade pode entrever a grande REALIDADE e descobrir o rumo, estabelecer a rota, demarcar o roteiro, e seguir adiante, até atingir a meta: luzes ofuscantes que nos apresenta a Beleza Divina!
A ressurreição, palavra muito usada na
Bíblia, era de sentido ambíguo
para os Judeus, pois eles não sabiam direito se a
ressurreição seria do
espírito ou do corpo, embora prevalecesse mais o sentido da ressurreiçãodo espírito, enquanto que o Cristianismo optou para a
ressurreiçãodo corpo, quando dele foi banida a
reencarnação. Assim foi que, no Credo Católico, introduziu-se a expressão "creio na ressurreição da carne", ao invés de "creio na ressurreição do espírito", consoante o ensinamento e exegese bíblicos racionais e não dogmáticos, pois da Bíblia, no seu Novo Testamento , consta claramente que a ressurreiçãoé do espírito. Exemplifiquemos o que estamos dizendo com uma frase de São Paulo: "Há dois corpos, um natural e outro espiritual, e ressuscita o corpo espiritual" (1 Coríntios 15: 44). E quem criou a frase "creio na ressurreição da carne" foi o reencarnacionista Santo Atanásio, a qual faz parte do retocado Credo de sua autoria rezado nas missas, não sendo ela, pois, da Bíblia. Santo Atanásio deveria ter querido dizer, pois, "creio na ressurreiçãona carne", e não da carne. E poderia também ter querido expressar o seguinte: Creio na misericórdia de Deus, que fará ressuscitar para mim uma nova carne, um novo corpo carnal, para que eu possa continuar a minha evolução espiritual na minha peregrinação terrena. http://www.ajornada.hpg.ig.com.br/ colunistas/jrchaves/jrc-0001.htm
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I CORINTIOS [15] 1 Ora, eu vos lembro, irmãos, o evangelho que já vos anunciei; o qual também recebestes, e no qual perseverais, 2 pelo qual também sois salvos, se é que o conservais tal como vo-lo anunciei; se não é que crestes em vão. 3 Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; 3 Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; 5 que apareceu a Cefas, e depois aos doze; 6 depois apareceu a mais de quinhentos irmãos duma vez, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormiram; 7 depois apareceu a Tiago, então a todos os apóstolos; 8 e por derradeiro de todos apareceu também a mim, como a um abortivo. 9 Pois eu sou o menor dos apóstolos, que nem sou digno de ser chamado apóstolo, porque persegui a igreja de Deus. 10 Mas pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vÁ, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus que está comigo. 11 Então, ou seja eu ou sejam eles, assim pregamos e assim crestes. 12 Ora, se prega que Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, como dizem alguns entre vós que não há ressurreição de mortos? 13 Mas se não há ressurreição de mortos, também Cristo não foi ressuscitado. 14 E, se Cristo não foi ressuscitado, logo é vÁ a nossa pregação, e também é vÁ a vossa fé. 15 E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na verdade, os mortos não são ressuscitados. 16 Porque, se os mortos não são ressuscitados, também Cristo não foi ressuscitado. 17 E, se Cristo não foi ressuscitado, é vÁ a vossa fé, e ainda estais nos vossos pecados. 18 Logo, também os que dormiram em Cristo estão perdidos. 19 Se é só para esta vida que esperamos em Cristo, somos de todos os homens os mais dignos de lástima. 20 Mas na realidade Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. 21 Porque, assim como por um homem veio a morte, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. 22 Pois como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados. 23 Cada um, porém, na sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda. ... 31 Eu vos declaro, irmãos, pela glória que de vos tenho em Cristo Jesus nosso Senhor, que morro todos os dias. 32 Se, como homem, combati em Éfeso com as feras, que me aproveita isso? Se os mortos não são ressuscitados, comamos e bebamos, porque amanhã morreremos. 33 Não vos enganeis. As más companhias corrompem os bons costumes. 34 Acordai para a justiça e não pequeis mais; porque alguns ainda não têm conhecimento de Deus; digo-o para vergonha vossa. 35 Mas alguém dirá: Como ressuscitam os mortos? e com que qualidade de corpo vêm? 36 Insensato! o que tu semeias não é vivificado, se primeiro não morrer. 37 E, quando semeias, não semeias o corpo que há de nascer, mas o simples grão, como o de trigo, ou o de outra qualquer semente. 38 Mas Deus lhe dá um corpo como lhe aprouve, e a cada uma das sementes um corpo próprio. ... 51 Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos dormiremos mas todos seremos transformados, 52 num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos transformados. 53 Porque é necessário que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade. ... 58 Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.
Segundo a célebre especialista Elaine Pagels, alguns ministros, teólogos e
estudiosos começaram a contestar a ressurreição literal de Jesus, ressaltando
a atração psicológica que ela exerce sobre as nossas esperanças e medos mais
profundos. São Paulo admitia a ressurreição "material" de Jesus, entretanto, estes especialistas citados acima lembram que Paulo viu Jesus como espírito e não com o seu corpo carnal. Seus acompanhantes não viram ninguém, apenas "uma voz" (Testemunho da Verdade 45: - 48:18, in NHL. 117). Apesar de, a princípio, defender a materialidade da ressurreição, Paulo concluiu: "Digo-lhes, irmãos, a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção (i.e. o corpo mortal) herdar a incorruptibilidade". Entretanto diz Pagels: "A cristandade ortodoxa, ferrenhamente, continuou crendo na " Ressurreição da Carne". Os gnósticos acreditavam com o "Tratado da Ressurreição", que o Cristo ressurrecto sofrera uma Transfiguração, não seria um corpo de carne e sim um corpo "Transfigurado". Um mestre gnóstico no "Tratado da Ressurreição" de Nag-Hammadi define - "Não suponha que a ressurreição seja uma aparição (phantasia - fantasia), é algo real. http://www.jornalinfinito.com.br/materias.asp?cod=54 (Link desativado)
LUCAS [24]
Se algumas das histórias do Novo Testamento insistem na visão literal da ressurreição, outras se prestam a diferentes interpretações. É possível sugerir que determinadas pessoas, em momentos de grande estresse emocional, sentem, de repente, que experimentaram a presença de Jesus. A experiência de Paulo pode ser lida dessa maneira. Quando viajava na estrada de Damasco com intenção de prender cristãos, “subitamente uma luz vinda do céu o envolveu de claridade. Caiu por terra” ao ouvir a voz de Jesus repreendendo-o pela perseguição. 12
Embora sua discussão, com freqüência, seja interpretada como um argumento para a ressurreição do corpo, conclui com as palavras “digo-vos, irmãos: a carne e o sangue não podem herdar o Reino de Deus, nem o que está sujeito a perecer [ou seja, o corpo mortal] herdar o imperecível”. 15 Paulo descreve a ressurreição como “um mistério”,16 a transformação da existência física na espiritual. Se os relatos do Novo Testamento podem apoiar uma variedade de interpretações, por que os cristãos ortodoxos, no século II, insistiram na visão literal da ressurreição e rejeitaram todas as outras como heréticas?
9 - Marcos 16:12; Lucas 24:13-32. 10 - Lucas 24:31. 11 - João 20:11-17. 12 - Atos 9:3-4. 13 - Ibid., 9:7 14 - Ibid., 22:9. 15 - I Coríntios 15:50 16 - Ibid., 15:51-53
Meu Pai quer que vos ajudando mùtuamente, mortos e vivos, isto é, mortos segundo a carne, porquanto a morte não existe, vos socorrais e que a voz dos que já não existem ainda se faça ouvir, clamando-vos: Orai e crede! porque ...
Jesus de Nazaré
O
APOCALIPSE DE PEDRO TERCEIRA VISÃO: A RESSURREIÇÃO E eu vi, aproximando-se de nós, um que parecia com Ele, exatamente com Aquele que estava sorridente sobre a árvore. Estava vestido do Espírito Santo. Ele é o Salvador. E houve uma grande luz, inefável, que o envolveu, e uma multidão de anjos inefáveis e invisíveis que o louvavam. Quando eu olhei para ele, ele se manifestou glorificado. E me disse: Coragem! Na verdade, tu és aquele a quem foi dado conhecer estes mistérios, a saber, que aquele a quem crucificaram é o primogênito, e a casa dos demônios e o recipiente de pedra, onde habitam os demônios, o homem de Elohim, o homem da cruz, aquele que está sob a Lei. Ao contrário, Aquele que está junto dele é o Salvador vivente, ele, que primeiro que estava com ele, que prenderam e soltaram, Aquele que, alegre, olha para os que o trataram com violência, enquanto eles estavam divididos. Por este motivo, ele ri de sua falta de visão, sabendo que são cegos de nascença. Existe, certamente, aquele que toma sobre si o sofrimento, pois o corpo é o substituto. No entanto, o corpo que eles libertaram é o meu corpo incorpóreo. Enquanto, eu sou o Espírito intelectual pleno de luz radiante. Aquele que viste vindo sobre mim é nosso Pleroma intelectual, aquele que une a luz perfeita ao meuEspírito Santo. Estas coisas, pois, que tu viste, tu deves transmiti-las à outra estirpe, àqueles que não provêm deste mundo. Porque um dom deste gênero não é dado a homens que não sejam imortais; mas tão somente naqueles que foram escolhidos em virtude de sua natureza imortal, naqueles que demonstraram ser capazes de acolhê-lo: este espírito dar-lhes-á a própria plenitude. Por isso, eu digo que “A todo aquele que tem será dado e terá em abundância”. Mas a quem não tem – ao homem deste lugar, aquele que está completamente morto, que está longe dos seres da criação, que foram gerados, a esse que, quando aparece alguém cuja natureza é imortal, pensa que a possui -, a ele será tirado o que te e será dado àquele que tem. Tu, pois, sejas corajoso e não tenhas medo de nada. Porque eu estarei contigo para que nenhum de teus inimigos tenha poder sobre ti. A paz esteja contigo. Seja forte!” Quando Jesus disse estas coisas, Pedro voltou a si. http://www.srcoronado.com/smf/ index.php?topic=7773.0 (Link desativado)
MARCOS [14]
MARCOS[16]
JOÃO [5]
LUCAS [14]
[18]
Os discípulos disseram a Jesus: "Dize-nos como será o nosso
fim."Jesus disse: "Haveis, então, discernido o princípio, para que estejais procurando o fim? Pois onde estiver o princípio ali estará o fim. Feliz daquele que tomar seu lugar no princípio: ele conhecerá o fim e não provará a morte." Evangelho de Tomé
TRANSFIGURAÇÃO
DE JESUS
MATEUS
[27]
É singular que tais prodígios, operando-se no momento mesmo em que
a atenção da cidade se fixava no suplício de Jesus, que era o acontecimento
do dia, não tenham sido notados, pois que nenhum historiador os menciona.
Parece impossível que um tremor de terra e o ficar toda a Terra envolta em trevas durante três horas, num país onde o céu é sempre de perfeita limpidez, hajam podido passar despercebidos. A duração de tal obscuridade teria sido quase a de um eclipse do Sol, mas os eclipses dessa espécie só se produzem na lua nova, e a morte de Jesus ocorreu em fase de lua cheia, a 14 de Nissan, dia da Páscoa dos judeus. O obscurecimento do Sol também pode ser produzido pelas manchas que se lhe notam na superfície. Em tal caso, o brilho da luz se enfraquece sensivelmente, porém, nunca ao ponto de determinar obscuridade e trevas. Admitido que um fenômeno desse gênero se houvesse dado, ele decorreria de uma causa perfeitamente natural. (1) Quanto aos mortos que ressuscitaram, possivelmente algumas pessoas tiveram visões ou viram aparições, o que não é excepcional. Entretanto, como então não se conhecia a causa desse fenômeno, supuseram que as figuras vistas saíam dos sepulcros. Compungidos com a morte de seu Mestre, os discípulos de Jesus sem dúvida ligaram a essa morte alguns fatos particulares, aos quais noutra ocasião nenhuma atenção houveram prestado. Bastou, talvez, que um fragmento de rochedo se haja destacado naquele momento, para que pessoas inclinadas ao maravilhoso tenham visto nesse fato um prodígio e, ampliando-o, tenham dito que as pedras se fenderam. Jesus é grande pelas suas obras e não pelos quadros fantásticos de que um entusiasmo pouco ponderado entendeu de cercá-lo. (1) Há constantemente, na superfície do Sol,
manchas físicas, que lhe acompanham omovimento
de rotação e hão servido para determinar-se a duração desse movimento. Às
vezes,porém, essas manchas aumentam em
número, em extensão e em intensidade. É então que seproduz
uma diminuição da luz e do calor solares. O aumento do número das manchas
parececoincidir com certos fenômenos
astronômicos e com a posição relativa de alguns planetas, o quelhes
determina o reaparecimento periódico. É muito variável a duração daquele
obscurecimento;por vezes não vai além de
duas ou três horas, mas, em 535, houve um que durou catorze meses. |
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