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O
primeiro de todos os direitos naturais do homem, é
o de viver. Por isso é que ninguém tem o de atentar contra a vida de seu
semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer-lhe a existência
corporal.
O direito de viver dá ao homem o de acumular bens que lhe permitam repousar quando não mais possa trabalhar. Mas ele deve fazê-lo em família, como a abelha, por meio de um trabalho honesto, e não como egoísta. Há mesmo animais que lhe dão o exemplo de previdência.
O que, por meio do trabalho honesto, o homem junta constitui legítima propriedade sua, que ele tem o direito de defender, porque a propriedade que resulta do trabalho é um direito natural, tão sagrado quando o de trabalhar e de viver.
É natural o desejo de possuir. Mas quando o homem deseja possuir para si somente e para sua satisfação pessoal, o que há é egoísmo. Há homens insaciáveis, que acumulam bens sem utilidade para ninguém, ou apenas para saciar suas paixões. Julgas que Deus vê isso com bons olhos? Aquele que, ao contrário, junta pelo trabalho, tendo em vista socorrer os seus semelhantes, pratica a lei de amor e caridade, e Deus abençoa o seu trabalho.
Propriedade
legítima só é a que foi adquirida sem prejuízo de outrem. Proibindo-nos que façamos aos outros o que não desejáramos que nos fizessem,
a lei_de_amor_e_de_justiça nos proíbe, ipso facto, a aquisição de bens por quaisquer
meios que lhe sejam contrários.
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