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é oculta a ação dos Espíritos sobre a nossa existência e quando nos protegem, não o fazem de modo ostensivo. Se vos fosse dado contar sempre com a ação deles, não obraríeis por vós mesmos e o vosso Espírito não progrediria. Para que este possa adiantar-se, precisa de experiência, adquirindo-a freqüentemente à sua custa. É necessário que exercite suas forças, sem o que, seria como a criança a quem não consentem que ande sozinha. A ação dos Espíritos que vos querem bem é sempre regulada de maneira que não vos tolha o livre-arbítrio, porquanto, se não tivésseis responsabilidade, não avançaríeis na senda que vos há de conduzir a Deus. Não vendo quem o ampara, o homem se confia às suas próprias forças. Sobre ele, entretanto, vela o seu guia e, de tempos a tempos, lhe brada, advertindo-o do perigo.
Quando
um Espírito protetor deixa
que seu protegido se transvie na vida, não
é porque não possa lutar contra os Espíritos maléficos, mas porque não quer. E não quer, porque das provas sai o seu
protegido mais instruído e perfeito. Assiste-o sempre com seus conselhos,
dando-os por meio
dos bons pensamentos que lhe
inspira, porém que quase nunca são atendidos. A fraqueza,
o descuido ou o orgulho do homem são exclusivamente o que empresta força aos maus
Espíritos, cujo poder todo advém do fato de lhes não opordes
resistência.
Quando
o Espírito protetor, consegue trazer ao bom caminho o seu
protegido, constitui
isso um mérito que lhe é levado em conta, seja para seu progresso, seja para
sua felicidade. Sente-se ditoso quando vê bem sucedidos os seus esforços, o
que representa,
para ele, um triunfo, como triunfo é, para um preceptor, os bons êxitos do seu
educando. Entretanto, não é responsável pelo mau resultado de seus esforços.
Pois que fez o que de si dependia.
O Espírito protetor quando vê que seu protegido segue mau caminho, não
obstante
os avisos que dele recebe, compungem-no
os erros do seu protegido, a quem lastima. Tal aflição, porém, não tem
analogia com as angústias da paternidade terrena, porque ele sabe que há
remédio para o
mal e que o que não se faz hoje, amanhã se fará.
A CURA ou SOLUÇÃO - NEM SEMPRE ALCANÇAMOS ... entre o auxílio e a solução vai sempre alguma distância em qualquer dificuldade, e não podemos esquecer que cada um de nós possui os seus próprios enigmas ......Na vida eterna, a existência no corpo físico, por mais longa, é sempre curto período de aprendizagem. E não nos cabe olvidar que a Terra é o campo onde ferimos a nossa batalha evolutiva. Dentro dos princípios de causa e efeito, adquirimos os valores da experiência com que estruturamos a nossa individualidade para as Esferas Superiores. A mente, em verdade, é o caminheiro buscando a meta da angelitude, contudo, não avançará sem auxílio. Ninguém vive só. Os pretensos mortos precisam amparar os companheiros em estágio na matéria densa, porquanto em grande número serão compelidos a novos mergulhos na experiência carnal. É da Lei que a sabedoria socorra a ignorância, que os melhores ajudem aos menos bons. Os homens, cooperando com os Espíritos esclarecidos e benevolentes, atraem simpatias preciosas para a vida espiritual, e as entidades amigas, auxiliando os reencarnados, estarão construindo facilidades para o dia de amanhã, quando de volta à lide terrestre. ...No mundo habituamo-nos a esperar do Céu uma solução decisiva e absoluta para inúmeros problemas que se nos deparam.Semelhante atitude, porém, decorre de antiga viciação mental no Planeta.Para maior clareza do assunto, rememoremos a exemplificação do divino Mestre. Jesus, o Governador Espiritual do Mundo, auxiliou a doentes e aflitos, sem retirá-los das questões fundamentais que lhes diziam respeito:
Segundo reconhecemos, seria ilógico aguardar dos desencarnados a liquidação total das lutas humanas. Isso significaria furtar o trabalho que corresponde ao sustento do servidor, ou subtrair a lição ao aluno necessitado de luz. [28a - página 172 ]
Dentro das leis da cooperação, será justo aceitar o braço amigo que se nos
oferece para a jornada salvadora, entretanto é imprescindível não esquecer
que cada qual de nós transporta consigo questões essenciais e necessidades
intransferíveis.Desencarnados e encarnados, todos palmilhamos extenso campo de experimentações e de provas, condizentes com os impositivos de nosso crescimento para a imortalidade. [28a - página 177 ] |
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