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A questão do "endeusamento" de Jesus é complexa e não pode ser reduzida a um único ano ou decreto imperial específico.
O desenvolvimento da doutrina da divindade de Jesus foi um processo gradual que ocorreu ao longo de vários séculos: Primeiro Concílio de Niceia (325 d.C.)
Primeiro Concílio de Constantinopla (381 d.C.)
Concílio de Calcedônia (451 d.C.)
é importante notar que os cristãos já adoravam Jesus como divino muito antes desses concílios - os concílios formalizaram e definiram teologicamente essas crenças que já existiam nas comunidades Cristãs primitivas. As epístolas de Paulo (escritas entre 50-60 d.C.) já continham elementos de cristologia elevada. Portanto, não houve um "endeusamento" súbito, mas sim um processo de clarificação doutrinária que culminou principalmente em Niceia (325 d.C.) sob Constantino I. https://claude.ai
Orígenes de Alexandria (c. 185-254 d.C.) tinha uma visão complexa e às vezes controversa sobre a divindade de Cristo que influenciou significativamente o desenvolvimento da teologia Cristã primitiva. Principais aspectos da cristologia origeniana: Subordinacionismo Orígenes ensinava uma forma de subordinacionismo, onde o Filho (Jesus) era subordinado ao Pai na hierarquia divina. Para ele, o Pai era a fonte suprema da divindade, e o Filho derivava sua divindade do Pai. Isso mais tarde seria rejeitado pelos concílios. Geração eterna Desenvolveu a doutrina da "geração eterna" do Filho - a ideia de que Jesus sempre existiu como Filho do Pai, sem um momento específico de criação. Usava a analogia da luz e do brilho: assim como a luz sempre produz brilho, o Pai sempre gera o Filho. Logos divino Via Jesus como o Logos (Palavra) divino, uma hipóstase distinta de Deus que mediava entre o Pai transcendente e a criação. O Logos era verdadeiramente divino, mas de forma subordinada ao Pai. Influência posterior As ideias de Orígenes influenciaram tanto defensores quanto opositores da plena divindade de Cristo:
Orígenes foi posteriormente considerado controverso, com alguns de seus ensinamentos sendo condenados no Segundo Concílio de Constantinopla (553 d.C.), embora sua contribuição para a teologia Cristã tenha sido fundamental. |
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