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Há uma gradação do amor,
no seio das manifestações da natureza visível e invisível. Essa gradação
existiu em todos os tempos, como gradativa é a posição de todos os
seres na escala infinita do progresso.
O amor é a lei própria da vida e, sob o seu domínio sagrado, todas as criaturas e todas as coisas se reúnem ao Criador, dentro do plano grandioso da unidade universal...
Reconhecida a sua luz divina em todos os ambientes, observaremos a união dos seres como um ponto sagrado de referência dessa lei única que dirige o Universo.Das expressões de sexualidade, o amor caminha para o supersexualismo, marchando sempre para as sublimadas emoções da espiritualidade pura, pela renúncia e pelo trabalho santificantes, até alcançar o amor divino, atributo dos seres angélicos, que se edificaram para a união com Deus, na execução de seus sagrados desígnios no Universo. (Ver: Sexo no Espírito e Disciplina afetiva) [41ª - página 184]
É preciso considerar que nos achamos ainda longe de adquirir o verdadeiro amor, puro e sublime. Nosso amor é, por enquanto,
uma aspiração de eternidade encravada no egoísmo e na
ilusão, na fome de prazer e na
egolatria
sistemática, que fantasiamos como sendo a celeste virtude. Por isso mesmo, a
nossa afetividade terrestre, quando na primavera dos primeiros sonhos da
experiência física, pode ser um conjunto de estados mentais, consubstanciando
simplesmente os nossos desejos. E nossos desejos se alteram todos os dias... Em razão disso, recordemos o imperativo da recapitulação. Nessa ou naquela idade física, o homem e a mulher, com a supervisão da Lei que nos governa os destinos, encontram as pessoas e as situações de que necessitam para superarem as provas do caminho, provas indispensáveis ao burilamento espiritual de que não prescindem para a justa ascensão às Esferas Mais Altas. Assim é que somos atraídos por determinadas almas e por determinadas questões, nem sempre porque as estimemos em sentido profundo, mas sim porque o passado a elas nos reúne, a fim de que por elas e com elas venhamos a adquirir a experiência necessária à assimilação do verdadeiro amor e da verdadeira sabedoria. É por isso que a maioria dos consórcios humanos, por enquanto, constituem ligações de aprendizado e sacrifício, em que, muitas vezes, as criaturas se querem mutuamente e mutuamente sofrem pavorosos conflitos na convivência uma das outras. Nesses embates, alinham-se os recursos da redenção.
[83 - página 197] |
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