Não devemos considerar como
profetas apenas aqueles a que se referem as páginas do
Velho Testamento. Além
dos ensinamentos legados por um Elias ou um Jeremias, temos de convir que
numerosos missionários do plano superior precederam a vinda do
Cristo,
distribuindo no mundo o pão espiritual de suas verdades eternas.
Um
Çakyamuni, um
Confúcio, um
Sócrates,
foram igualmente
profetas do Senhor, na
gloriosa preparação dos seus caminhos. Se desenvolveram ação distante do
ambiente e dos costumes israelitas, pautaram a missão no mesmo plano universalista,
em que as tribos de Israel foram chamadas a trabalhar, mais particularmente,
pelo progresso religioso do mundo.
Em todos os tempos houve a mais funda diferença entre o
sacerdócio e o
profetismo.
Os antigos
profetas de Israel nunca se
caracterizaram por qualquer expressão
de servilismo às convenções sociais e aos interesses econômicos, tão ao
gosto do
sacerdócioorganizado, em todas as eras e em todos os lugares.
Extremamente dedicados ao esforço próprio, não viviam do altar de sua fé,
mas do trabalho edificante, fosse na indumentária dos escravos oprimidos, ou no
insulamento do deserto que as suas aspirações religiosas sabiam povoar de um
santo dinamismo construtivo.
Os
profetas do Cristotêm voltado à esfera material para trazer aos homens
novas expressões de luz para o futuro da Humanidade.
Em tempo algum as coletividades humanas deixaram de receber a sublime cooperação
dos enviados do Senhor, na solução dos grandes problemas do porvir.
Nem sempre a palavra da profecia poderá ser trazida pelas mesmas
individualidades espirituais dos tempos idos; contudo, os
profetas de
Jesus,
isto é, as poderosas organizações espirituais dos planos superiores, têm estado
convosco, incessantemente, impulsando-vos à
evolução em todos os sentidos,
multiplicando as vossas possibilidades de êxito nas experiências difíceis e
dolorosas. É verdade que os novos enviados não precisarão dizer o que já se
encontra escrito, em matéria de revelações religiosas; todavia, agem nos
setores da Ciência e da Filosofia, da Literatura e da Arte, levantando-vos o
pensamento abatido para as maravilhosas construções espirituais do porvir.
Igualmente, é certo que os
missionários novos não encontraram o deserto de
figueiras bravas, onde os seus predecessores se nutriam apenas de
gafanhotos
e de mel selvagem, mas ainda são obrigados a viver no deserto das cidades
tumultuosas, entre corações indiferentes e incompreensíveis, cercados pela
ingratidão
e pela zombaria dos contemporâneos, que, muitas vezes, lhes impõem o
pelourinho e o sacrifício.
O amor de Jesus, todavia, é a seiva divina
que lhes alimenta a fibra de trabalho e realização, e, sob as suas bênçãos
generosas, as grandes almas solitárias atravessam o mundo, distribuindo a luz
do Senhor pelas estradas sombrias.
[41a - página 165]
EMMANUEL - 1940
HAVERÁ
FALSOS CRISTOS E FALSOS PROFETAS
Cap. XXI do Evangelho Segundo o Espiritismo Lucas,
Cap. VI, v. 43 a 45)Mateus,
Cap. VII, v. 15 a 20)Mateus,
Cap. XXIV, v. 4,5,11 a 13,23,24)Marcos,
Cap. XIII, v. 5,6,21,22)João,
Epístola 1a., Cap. IV, v. 1)Jeremias,
Cap. XXIII, v. 16,17,18,21.25,26 e 33)
As exigências da vida na
Terra,
neste inicio do século XXI, onde as distâncias sociais preponderam, obrigam o
ser humano a enfrentar problemas de sobrevivência, diariamente. E, por outro
lado, o fascínio exercido pelas propostas de facilidades a tentá-lo, torna-o
pouco receptivo aos apelos que não sejam de seu interesse.
- Se
para comer bem alguém lhe disser que é preciso acender uma vela, ele
acenderá.
- Se
para possuir um automóvel novo alguém lhe disser que é preciso não dizer
a verdade, ele não a dirá.
- Se
para ser promovido à chefia, no trabalho, alguém lhe disser que é preciso
participar de rituais no cemitério, ele participará.
O fato é que o meio social, quase sempre, molda as nossas atitudes.
Neste contexto, aproveitadores da ânsia de irmãos que buscam a
felicidade, aparecem travestidos de bons.
Falam falsamente de DEUS, apontando soluções sem labores; acenam com a
felicidade completa sem que precisem praticar a
humildade e
caridade; prometem o poder a quem se dispõe a patrociná-los, como se o poder, de fato,
fosse deste mundo.
São realmente perigosos, pois são espíritos ignorantes e, por isso,
maléficos. Ao pretenderem vantagens não levam em conta a
Lei_de_Causa_e_Efeito, que os enquadrará e aos seus seguidores
impondo-lhes as correções devidas.
São
falsos Cristos e falsos Profetas, irmãos infelizes que
resistem aos ensinamentos de
JESUS DE
NAZARÉ.
Vivem para o
gozo frenético
do presente e sofrerão muito no futuro.
Há, entretanto, espíritos encarnados neste planeta que conseguem sair
do círculo vicioso. Alguns pelo conhecimento e outros pela
missão a cumprir.
Na verdade, são espíritos preparados para sustentar o
progresso_da_humanidade. Os seus exemplos, as suas pregações, as suas
renúncias desassombradas, preponderam sobre o caos que, malgrado a negatividade, sentem o
vigor das suas vibrações renovadoras, que acende, em cada um, irresistível
desejo de
transformação_interna. É o amor com o qual DEUS criou a todos os seres humanos que
começa aflorar.
Todos os problemas que enfrentamos em nossas vidas, são momentos
especialíssimos a nos testarem a qualidade espiritual e a nos induzirem ao
aprendizado.
A vivência da felicidade possível, no presente, caldeada com o necessário
sacrifício para o aprendizado útil no amor, nos dará o direito de um amanhã
de muita Felicidade.
Que Jesus desperte a nossa criatividade para:
- Compreendermos
o meio em que vivemos;
- Aprendermos
separar o Bem do mal;
- Escolhermos
o Bem sem temer os sacrifícios;
- Estendermos
as nossas mãos em auxílio, inclusive, àqueles que escolheram o mal.
Vernil
Eliseu vernil@linkway.com.br