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Não haverá no mundo posições em que o homem possa jactar-se de gozar de absoluta liberdade, porque todos precisam uns dos outros, assim os pequenos como os grandes.
Desde que juntos estejam dois homens, há entre eles direitos recíprocos que lhes cumpre respeitar; não mais, portanto, qualquer deles goza de liberdade absoluta.
A obrigação de respeitar os direitos alheios, de modo algum, tira ao homem o de pertencer-se a si mesmo. Porquanto este é um direito que lhe vem da Natureza.
Difícil
conciliar as opiniões liberais de certos homens com o despotismo que costumam exercer no seu lar e sobre os seus subordinados. Eles têm a
compreensão da lei natural, mas contrabalançada pelo orgulho e pelo egoísmo. Quando
não representam calculadamente uma comédia, sustentando princípios liberais,
compreendem como as coisas devem ser, mas não as fazem assim. Ser-lhes-ão, na outra vida, levados em conta os princípios que professaram
neste mundo.Quanto
mais inteligência tem o homem para compreender um princípio, tanto menos escusável é de o não aplicar a si mesmo. Em verdade vos digo que o homem simples, porém
sincero, está mais adiantado no caminho de Deus, do que um que pretenda parecer
o que não é.
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