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Em contacto com os ideais da Revelação_Nova, o homem, sentindo dilatar-se-lhe naturalmente a visão,
começa a perceber, com mais amplitude, os problemas que o cercam.
Por isso mesmo, acentuam-se-lhe os sofrimentos, de vez que as suas aspirações não surpreendem qualquer sintonia nos planos inferiores em que ainda respira. Desejaria o aprendiz acompanhar-se por todos aqueles que ama, na caminhada para a vida_superior, entretanto, à medida que se adianta em conhecimentos e se sutiliza em sensações, reconhece quase sempre que os amados se fazem dele mais distantes.
Se o discípulo não se rende à perturbação e ao desânimo, gradativamente começa a compreender que está sozinho, em si mesmo, para aprender e ajudar, entendendo, outrossim, que na boa-vontade e no sacrifício adquire valores eternos para si próprio. Quanto mais cede a favor de todos, mais é compensado pela Lei Divina que o enriquece de força e alegria no grande silêncio. Na marcha diária, chega à conclusão de que o individualismo ajustado aos princípios inelutáveis do bem é a base do engrandecimento da coletividade. Reconhece que o espírito foi criado para viver em comunhão com os semelhantes, que é a unidade de um todo em processo_de_aperfeiçoamento e que não pode fugir, sem dano, à cooperação, mas, à maneira da árvore no reino vegetal, precisa crescer e auxiliar com eficiência para garantir a estabilidade do campo e fazer-se respeitável. Ninguém vive só, mas chega sempre um momento para a alma em que é imprescindível saber lutar em solidão para viver bem. Sem o indivíduo forte e sábio, a multidão agitar-se-á sempre entre a ignorância e a miséria. Esforço e melhoria da unidade, para o progresso e sublimação do todo, é uma lei.
O Espiritismo, confirmando o Evangelho, vem amparar os homens e convidar o homem a aprimorar-se_e_engrandecer-se, consoante a sabedoria da Lei que determina: “a cada um, segundo as suas obras”. [10
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