Aqueles pelos quais se manifesta de preferência um Espírito,
até com exclusão de todos os demais, o qual responde pelos outros que são
chamados.
"Isto
resulta sempre de falta de maleabilidade. Quando o Espírito é bom, pode
ligar-se ao médium, por simpatia,
ou com um intento louvável; quando mau, é sempre objetivando pôr o
médium na sua dependência. É mais um defeito do que uma qualidade
e muito próximo da obsessão." |
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página237 Item192]
Acontece
muito freqüentemente que um médium só se pode comunicar com um único Espírito, que a ele se liga e responde
pelos que são chamados por seu intermédio. Nem sempre há nisso uma obsessão,
porquanto o fato pode derivar da falta de maleabilidade do médium, de uma
afinidade especial sua com tal ou tal Espírito.
Somente
há obsessão propriamente dita, quando o Espírito se impõe e afasta
intencionalmente os outros, o que jamais é obra de um Espírito bom.
Geralmente, o Espírito que se apodera do médium, tendo em vista dominá-lo,
não suporta o exame crítico das suas comunicações; quando vê que não são
aceitas, que as discutem, não se retira, mas inspira ao médium o pensamento de
se insular, chegando mesmo, não raro, a ordenar-lho. Todo médium, que se
melindra com a crítica das comunicações que obtém, faz-se eco do Espírito
que o domina, Espírito esse que não pode ser bom, desde que lhe inspira um
pensamento ilógico, qual o de se recusar ao exame. O insulamento do médium é sempre coisa deplorável para ele, porque fica sem uma
verificação das comunicações que recebe. Não somente deve buscar a opinião
de terceiros para esclarecer-se, como também necessário lhe é estudar todos
os gêneros de comunicações, a fim de as comparar. Restringindo-se às que lhe
são transmitidas, expõe-se a se iludir sobre o valor destas, sem considerar
que não lhe é dado tudo saber e que elas giram quase sempre dentro do mesmo
círculo.
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página315 Item248] |