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Mateus[16]:
Marcos[8]:
Lucas[9]
Cedo, naquela manhã de terça-feira, Jesus e os doze apóstolos saíram do parque de Magadam rumo a Cesaréia-Filipe, a capital de domínio do tetrarca Filipe. Cesaréia-Filipe situava-se em uma região de uma beleza magnífica. Estava abrigada em um vale encantador, entre colinas, por onde o Jordão corria, saindo de uma grota subterrânea. O cimo do monte Hermom dava visão plena para o norte, enquanto das colinas para o sul tinha-se uma vista magnífica do alto Jordão e do mar da Galiléia.Jesus tinha ido ao monte Hermom nas suas primeiras experiências com os assuntos do Reino, e agora, que estava entrando na época final do seu trabalho, desejava retornar a esse lugar de provações e de triunfos, onde esperava que os apóstolos pudessem ganhar uma nova visão das próprias responsabilidades e adquirir uma nova força , para os períodos difíceis que viriam. À medida que viajavam pelo caminho, quando passavam ao sul das águas de Merom, os apóstolos começaram a conversar entre si sobre as suas experiências recentes na Fenícia, e outros lugares, e a contarem como a mensagem deles tinha sido recebida, e como os diferentes povos consideravam o seu Mestre. Quando pararam para o almoço, Jesus subitamente lançou, pela primeira vez, uma pergunta aos doze, que jamais tinha feito, a respeito de si próprio. Esta foi a pergunta surpreendente que lhes fez Jesus: “Quem os homens dizem que sou?” Jesus passara longos meses treinando esses apóstolos quanto à natureza e ao caráter do Reino do céu e bem sabia que tinha chegado a época em que devia começar a ensinar a eles mais sobre a sua própria natureza e a sua relação pessoal com o Reino. E agora, com eles assentados sob as amoreiras, o Mestre estava pronto para ter uma das mais memoráveis sessões da sua longa ligação com os apóstolos escolhidos.Mais da metade dos apóstolos participaram das respostas à pergunta de Jesus. Eles disseram que ele era considerado um profeta, ou um homem extraordinário, por todos que o conheciam; e, que, mesmo os seus inimigos o temiam muito, explicando os seus poderes com a acusação de que estava coligado ao príncipe dos demônios. Disseram-lhe que algumas pessoas na Judéia e na Samaria, que não o tinham conhecido pessoalmente, acreditavam que ele era João Batista ressuscitado dos mortos. Pedro explicou que ele tinha sido, em várias épocas e por várias pessoas, comparado a Moisés, Elias, Isaías, e Jeremias. Depois de ouvir a tudo isso, Jesus colocou-se sobre os próprios pés e, olhando para os doze assentados em volta dele em um semicírculo, com ênfase surpreendente apontou para eles com um gesto expressivo de mão e perguntou: “Mas, e vós, quem dizeis que eu sou?” Houve um momento de silêncio tenso. Nenhum dos doze tirava os olhos do Mestre e, então, Simão Pedro, colocando-se de pé bruscamente, exclamou: “Tu és o Libertador, o Filho do Deus vivo”. E os outros onze apóstolos assentados levantaram-se e, em uma só voz, indicaram que Pedro tinha falado por todos eles.Depois Jesus acenou-lhes para que se assentassem de novo, ficando ainda de pé diante deles, para dizer: “Isso lhes foi revelado pelo meu Pai. É chegada a hora em que deveis saber a verdade sobre mim. Mas por enquanto eu vos peço que não digais nada sobre isso a nenhum homem. Vamos embora daqui”.E, assim, retomaram a viagem a Cesaréia-Filipe, chegando tarde naquela noite e parando na casa de Celsus, que estava esperando por eles. Os apóstolos dormiram pouco naquela noite; pareciam sentir que um grande fato havia acontecido nas suas vidas de trabalho do Reino. http://www.urantia.org/portuguese/o_livro/02por157.htm [75 - página 1746] - Volume IV |
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