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Deveis contentar-vos com saber que virá o dia em que poderemos dar-vos informações mais positivas da origem do homem, da sua natureza_espiritual e do seu destino. Não estamos encarregados de alimentar a curiosidade nem de vos desviar a atenção com ideias e especulações acima da vossa capacidade. Podeis saber que a história teológica da queda original, tal como foi narrada e aceita, fazendo o homem resvalar de um estado de pureza ao pecado, é uma falácia.
Certos religiosos acalentaram a ideia de conciliar a razão com essa lenda desfigurada; fareis melhor em dirigir a atenção para o estado atual do homem, alma_encarnada; indagar como pode ele aprender as leis_que_o_governam, como a sua obediência a essas leis o conduz à felicidade no presente e ao progresso no futuro imediato. Deixai as longínquas esferas onde só os purificados residem; os olhos do mortal não podem contemplar os seus segredos. O acesso a elas só é franqueado aos bem-aventurados. Vós e todos as atingireis depois de indispensável preparo e desenvolvimento. [108 - página 176]
O
reino animal experimenta as mais estranhas transições no período_terciário,
sob as influências do meio e em face dos imperativos da lei de seleção.Mas,
o nosso raciocínio ansioso procura os legítimos antepassados das
criaturas humanas, nessa imensa vastidão do proscênio da evolução
anímica.Onde
está Adão com a sua queda do paraíso? Debalde nossos olhos procuram,
aflitos, essas figuras legendárias, com o propósito de localizá-las no
Espaço e no Tempo. Compreendemos, afinal, que Adão e Eva constituem
uma lembrança dos Espíritos personalidade
das criaturas.(Ver: Raças Adâmicas )Examinada, porém, a questão nos seus prismas reais, vamos encontrar os primeiros antepassados do homem sofrendo os processos de aperfeiçoamento da Natureza. No período terciário a que nos reportamos, sob a orientação das esferas espirituais notavam-se algumas raças de antropóides, no Plioceno inferior. Esses antropóides, antepassados do homem terrestre, e os ascendentes dos símios que ainda existem no mundo, tiveram a sua evolução em pontos convergentes, e daí os parentescos sorológicos entre o organismo do homem moderno e o do chimpanzé da atualidade.Reportando-nos, todavia, aos eminentes naturalistas dos últimos tempos, que examinaram meticulosamente os transcendentes assuntos do evolucionismo, somos compelidos a esclarecer que não houve propriamente uma "descida da árvore", no início da evolução humana.As forças espirituais que dirigem os fenômenos terrestres, sob a orientação do Cristo, estabeleceram, na época da grande maleabilidade dos elementos materiais, uma linhagem definitiva para todas as espécies, dentro das quais o princípio espiritual encontraria o processo de seu acrisolamento, em marcha para a racionalidade.Os peixes, os répteis, os mamíferos, tiveram suas linhagens fixas de desenvolvimento e o homem não escaparia a essa regra geral. |
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