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Materialização de formas
completas, vivas, falantes, que se produziram em Varsóvia, por
intermédio do médium polaco Frank Kluski que,
note-se bem, é um rico banqueiro, que se presta às
funções de médium por amor exclusivo à Ciência. É
além disto um poeta elegante e um apaixonado das
ciências naturais. Em sua família a medianimidade é
hereditária; ele se sente arrastado às experiências
por uma imperiosa necessidade de penetrar o grande
mistério de que ele próprio é o protagonista
inconsciente. O Professor Pawloski teve ocasião de assistir a algumas sessões em casa de Kluski e deu à publicidade um relatório, no número de setembro de 1925 do Journal of the American Society for Psychical Research. Esse relatório é em extremo interessante sob vários aspectos, mas dele devo reproduzir apenas alguns trechos. o Professor Pawloski sintetiza nos seguintes termos as suas impressões relativamente aos fantasmas materializados com o auxílio da medianimidade de Frank Kluski:
Numa destas ocasiões, ao materializar-se a personalidade de um turco, que era conhecido dos demais experimentadores, tive ensejo de ler-lhe na fisionomia os sentimentos que o animavam, quando notou nos meus traços a expressão de espanto e de satisfação que a sua aparição havia exercido sobre mim. Veio então a mim, inclinando-se e cumprimentando-me em turco, por estas palavras: "Chokyask Lebistan?". Vendo que eu não havia compreendido, ele repetiu com certa ênfase as mesmas palavras, com um sorriso amável. Nós outros, polacos, nutrimos um sentimento de viva simpatia pela nação turca, o que me levou, por nada haver compreendido do que me disse, a responder pela exclamação: Viva a Turquia!. Vi logo que ele havia compreendido, pois que ele de novo me sorriu; seus olhos brilharam de contentamento e aplaudiu, batendo as mãos. Depois disto, inclinouse, cumprimentando-me ainda, e retirou-se. Minha cortesia lhe havia proporcionado um momento de satisfação patriótica. Tomei logo nota, embora obedecendo apenas à fonética, da frase que ele me havia dirigido, procurando no dia imediato quem ma pudesse traduzir, e vi, não sem surpresa, que a frase por mim não compreendida queria dizer: Viva a Polônia! ... A mais rara e provavelmente a mais elevada das formas materializadas obtidas por intermédio da medianimidade de Kluski, forma que por duas vezes tive ocasião de observar, era uma figura solene de velho completamente_luminoso. Dir-se-ia um farol. Disseram-me que ele visitava constantemente o grupo. A luz que de seu corpo se desprendia tinha intensidade bastante para iluminar toda a assistência e mesmo os objetos mais afastados na sala. Os centros de luz mais viva são nele a região do coração e as palmas das mãos. Nas sessões com Kluski, a mesa medianímica, atrás da qual fica estendido o médium, está colocada em um dos ângulos da sala. O fantasma luminoso, de uma vez, apareceu no centro, a certa distância de nós; trazia na cabeça um chapéu cônico e estava envolto em uma veste longa e farta Dirigiu-se para a assistência com passo firme e majestoso, enquanto a sua toga após si se desenrolava pelo chão. Traçou com a mão um grande triângulo no ar e começou a falar com voz solene e profunda. Parou durante uns dez segundos por detrás de mim, estendendo a mão para a assistência, mão que desprendia luz enquanto ele falava. Retirou-se em seguida para um dos cantos, onde desapareceu. Sua presença produziu ozônio em tal quantidade que o ambiente da sala ficou saturado até depois de terminada a sessão. Parecia um homem de idade muito avançada, trazendo uma longa barba grisalha. A língua que falava era gutural, para todos incompreensível, embora os assistentes, todos juntos, conhecessem uns doze idiomas diferentes. Até o presente ainda não se conseguiu identificar esse fantasma nem a língua que fala; mas no grupo é conhecido pela designação de padre assírio, qualificativo que se adapta admiravelmente ao seu aspecto e trajo sob os quais se apresenta. [105 - páginas 194 / 196] |
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