____O livro é igualmente como a semeadura. O
escritor correto, sincero e bem-intencionado é o lavrador
previdente que alcançará a colheita abundante e a elevada retribuição
das leis divinas à sua atividade, O literato fútil, amigo da insignificância
e da vaidade, é bem aquele
trabalhador preguiçoso e nulo que “semeia ventos para colher
tempestades”. E o homem_de_inteligência que vende a sua pena, a sua opinião e o seu
pensamento, no mercado da calúnia, do interesse, da ambição e da
maldade, é o agricultor criminoso que humilha as possibilidades generosas
da Terra, que rouba os vizinhos, que não planta e não permite o
desenvolvimento da semeadura alheia, cultivando espinhos e agravando responsabilidades
pelas quais responderá um dia, quando houver despido a indumentária do
mundo, para comparecer ante as verdades do Infinito.
[41a - página 125] - EMMANUEL - 1940 |