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Observemos, agora, o aspecto dinâmico do devenir,
em que se manifesta o princípio diretor da vida.
Vejamos, como se exprime a transformação nas formas de um psiquismo
crescente. As três forças que sustentam as leis de conservação e leis da evolução e se manifestam nos impulsos ...
Se a finalidade da vida é a evolução, logo o objetivo da evolução, com sua tendência constante à realização máxima na fase vida é o psiquismo. Observemos como o psiquismo surge e se desenvolve até às formas superiores humanas.
Evolução biológica é, para nós, evolução psíquica. Assim consideramos, desde o princípio, o problema da vida e o desenvolveremos até o fim, porque só desse modo podem ser resolvidos racionalmente todos os problemas biológicos, psíquicos, e éticos. É absurdo conceber que as formas da vida sejam objetivos em si mesmas e sua evolução não possua finalidade nem continuação, justamente onde um eterno transformismo as precede nas fases A continuação da evolução orgânica só pode ocorrer a partir da evolução psíquica, como de fato se realiza no homem. Este psiquismo é a meta mais alta da vida. Seu desenvolvimento é o resultado final da permuta, da seleção, da transformação da espécie, de tão grande sabedoria, de tamanha luta, de tão alta tensão.Esse psiquismo fixa-se nos órgãos, nas formas; plasma-as, anima-as em todos os níveis, delas faz um meio para evoluir ainda mais. Nas formas da vida, o psiquismo se revela e se exprime, a partir das formas, observando-as podeis subir até o princípio psíquico, à centelha que se agita em seu âmago. Tudo isso constitui um esforço, uma ascensão dolorosa, do protozoário ao homem, sempre subindo, até os mais altos cimos do psiquismo, onde se realiza a gênese do espírito, obra maravilhosa e progressiva, em que a Divindade, princípio infinito, está sempre presente num ato constante de criação. No estudo dos movimentos vorticosos, vimos como eles contêm, em germe, o desenvolvimento das leis biológicas e como a estrutura íntima cinética da vida lhes permite, desde suas unidades primordiais, admitir em sua órbita impulsos de fora e conservar seus traços em suas subsequentes alterações cinéticas íntimas. Um cálculo exato de forças existe, pois, como base dessa capacidade de conservação dinâmica, que se tornará recordação atávica, base sobre a qual se elevará a lei da hereditariedade.O ambiente externo, em que continuava a existir a matéria e a energia, ainda não elevadas à vida, representava um campo de intensa atividade cinética e se a onda dinâmica degradada tinha — ao investir a íntima estrutura atômica — gerado a vida, o ambiente externo, saturado de impulsos, continha e representava uma riqueza inexaurível de impulsos aptos a introduzir-se e a combinar-se no vórtice vital. (Ver: Mônadas celestes) Logo que surgiu o psiquismo, estabeleceu-se uma rede de ações e reações entre a nova individuação e as forças do ambiente, desenvolveu-se aquela cadeia de fenômenos, em que se apóia e progride a evolução, e são agrupados sob os nomes de ...
A_vida, com seu mais intenso dinamismo, respondeu a todas as impressões dinâmicas provenientes do mundo exterior. Estabeleceu-se uma permuta de impulsos e respostas. A vida adaptava-se e assimilava, acima de tudo recordava, diferenciava-se, selecionava-se. O íntimo princípio cinético enriquecia-se e complicava-se, aumentava sua capacidade de assimilação. Não se trata do nascimento automático do mais complexo provindo do menos complexo; apenas os entrelaçamentos cinéticos mais complexos permitiam a manifestação do princípio cinético, fechado em sua fase potencial.
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