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Ínsula (de Reil) s. f. (fr. insule de Reil; ing. insula). http://medicosdeportugal.saude.sapo.pt/action/ 10/glo_id/6948/menu/2/ (Link desativado)
Uma pequena estrutura do cérebro, a ínsula, está
surpreendendo os cientistas, que ali descobrem
a sede de diversos sentimentos humanos. Anna Paula BuchallaNuma das regiões mais recônditas do cérebro, os neurocientistas encontraram uma nova peça para um dos mais instigantes quebra-cabeças da medicina – o mapeamento das emoções humanas. Do tamanho de uma ameixa seca, a ínsula trabalha em parceria com outras duas estruturas cerebrais, o córtex pré-frontal e a amígdala (estes, sim, velhos conhecidos dos estudiosos no controle de diversas emoções). A ínsula funciona como uma espécie de intérprete do cérebro ao traduzir sons, cheiros ou sabores em emoções e sentimentos como nojo, desejo, orgulho, arrependimento, culpa ou empatia.
Descrita pela primeira vez no fim do século XVIII, pelo anatomista e fisiologista alemão Johann Christian Reil, a ínsula sempre foi negligenciada pelos pesquisadores. A dificuldade de acesso impedia estudos mais minuciosos sobre sua fisiologia. Nos últimos dez anos, graças ao aperfeiçoamento dos exames de imagens, como a ressonância magnética funcional, a ínsula despertou a atenção dos neurocientistas. Flagrada em pleno funcionamento, já se viu que ela é ativada toda vez que:
"Os estudos já mostraram também que a superativação da ínsula está relacionada a diversos distúrbios psiquiátricos, sobretudo as fobias e o transtorno obsessivo-compulsivo", diz o neurologista Mauro Muszkat, da Universidade Federal de São Paulo. Imagens do cérebro indicam que lesões na ínsula podem levar à...
O trabalho mais fascinante sobre a ínsula foi divulgado recentemente pela revista científica Science. Tudo começou com a história do senhor N., de 38 anos. Tabagista compulsivo, ele fumava cerca de quarenta cigarros por dia. Um derrame, no entanto, fez com que ele instantaneamente abandonasse o vício – "esquecesse a vontade de fumar", como descreveu aos pesquisadores das universidades de Iowa e do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos. Com o derrame, a ínsula do senhor N. havia sido lesionada. Outros pacientes, também fumantes e com danos na mesma região cerebral, foram avaliados. A maioria deles perdeu a vontade de fumar. Esse estudo foi o primeiro a relacionar uma área específica do cérebro ao vício. "O tabagismo não pode ser explicado apenas pela ação da nicotina no cérebro", diz Nasir Naqvi, um dos autores da pesquisa. "o vício deflagra uma série de mudanças comportamentais e fisiológicas – o aumento dos batimentos cardíacos, a elevação da pressão, a alteração do paladar e a sensação da fumaça entrando nos pulmões, entre outras." Todas essas informações são processadas na ínsula e traduzidas na ânsia de acender mais um cigarro. Trabalhos como esse abrem o caminho para o desenvolvimento de novos tratamentos contra o tabagismo e outros vícios, como a dependência de drogas e o alcoolismo. Como se trata de uma área de pesquisa relativamente nova, a ciência ainda não conseguiu esmiuçar todas as funções da ínsula. As diferentes partes do cérebro não agem isoladamente, mas por meio de circuitos múltiplos, que interagem entre si – o que torna o estudo do cérebro extremamente complexo. De qualquer forma, as descobertas recentes sobre a ínsula são uma fonte preciosa de informações sobre a anatomia das emoções. Um dos grandes estudiosos do tema é o neurocientista português António Damásio. Ele busca em seus estudos a base biológica das emoções e da consciência humanas. "Os sentimentos não são nem inatingíveis nem ilusórios. São o resultado de uma curiosa organização fisiológica que transformou o cérebro no público cativo das emoções teatrais do corpo", escreveu Damásio no livro O Erro de Descartes. A ponte entre o corpo e a mente ONDE FICA: - Do tamanho de uma ameixa seca, a ínsula está localizada numa das áreas mais profundas do cérebro, na face interna do lobo temporal, um dos sistemas envolvidos no processamento da memória, do pensamento e da linguagem O QUE SE SABIA SOBRE A íNSULA... Até dez anos atrás, a ínsula era caracterizada como uma das áreas mais primitivas do cérebro, envolvida em atividades básicas como alimentar-se e fazer sexo ...E O QUE REVELAM AS DESCOBERTAS MAIS RECENTES:
align="right" class="style_Verdana12pxC"> Fontes: Mauro Muszkat, neurologista, e revista Science
http://veja.abril.com.br/140207/ p_092.shtml#quadro (Link desativado)
Cientistas mapeiam as emoções no corpo humano ![]()
Lateralmente o bloco cerebral central tem a ínsula como um verdadeiro escudo externo
das principais estruturas cerebrais subcorticais. As escolhas dos acessos microneurocirúrgicos às lesões
relacionadas com o bloco cerebral central devem ter como maior preocupação as suas relações topográficas
com o tálamo e com as fibras da cápsula interna.http://www.abet.org.br/Artigosc/ A%20%C3%8Dnsula% 20e%20o%20 conceito%20de%20Bloco% 20Cerebral%20Central.pdf
Ana Regina Caner-Cukiert, Beatriz Lefevre, Arthur Cukiert, Serviço de Cirurgia de Epilepsia, Hospital Brigadeiro e Clínica de Diagnóstico e Terapêutica das Epilepsias de São Paulo. O cortex insular representa conjunto de difícil estudo neuropsicológico e neurofisiológico já que o mesmo encontra-se recoberto pelos cortices frontal e temporal. A síndrome epiléptica originada na ínsula possui inúmeras características similares à epilepsia do lobo tempora l (ELT). Lesões focais da ínsula são relativamente raras, dificultando ainda mais a definição de seu envolvimento em processos cognitivos. O presente estudo relata achados neuropsicológicos em pacientes epilépticos com lesões insulares.
Clínica Neurológica e Neurocirúrgica http://www.cukiert.com.br/ frame_neuropsicologia_insula.htm (Link desativado) |
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