No cérebro existem os lobos cerebrais. Uma cirurgia que remove toda ou parte dessas áreas é chamada de lobectomia. Este tipo de cirurgia pode ser feita, por exemplo, quando uma pessoa tem crises epilépticas de dificílimo controle medicamentoso e que começam sempre no mesmo lobo.

É possível parar as crises removendo a área que as produz, caso isto possa ser feito com segurança, sem danificar funções vitais. A lobectomia remove uma área pequena do cérebro. Entretanto, em poucos casos, um paciente pode ter doenças cerebrais graves somente de um lado do cérebro, que produz crises incontroláveis e paralisias no lado oposto do corpo.

Quando isto acontece, uma operação mais extensa deve ser considerada. Ela é chamada hemisferectomia. Assim sendo, a rigor, Hemisferectomia significa a extirpação cirúrgica de um hemisfério cerebral. Ela remove todo ou quase todo o hemisfério cerebral.

É impossível que um adulto possa funcionar somente com metade do cérebro mas em crianças uma metade pode substituir a outra que foi removida. Porém, haverá fraqueza e perda de alguns movimentos do lado oposto do corpo. Haverá também uma perda da visão periférica.

http://www.psiqweb.med.br/gloss/dicgh.htm

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Operação destinada às vítimas de hemimegaloencefalia, anomalia congênita: um dos hemisférios cerebrais cresce exageradamente e provoca crises epiléticas. A criança já nasce convulsionando.

  • O cérebro de uma criança é um órgão de grande plasticidade.

    • O desenvolvimento motor se completa após os 2 anos de idade;
    • a Fala (expressão e compreensão) se completa após os 6 anos de idade,
    • e a Visão aos 7 anos de idade.

Ver: Infância


  • No adulto, a operação seria devastadora.

    • Retirando-se o hemisfério esquerdo do cérebro, afetará os movimentos do lado direito do corpo, a fala, o entendimento verbal e outros.
    • Retirando-se o hemisfério direito do cérebro, afetará os movimentos do lado esquerdo do corpo, a noção espacial, capacidade de interpretar emoções e outros.
  • Quanto mais jovem menor o risco de seqüela.
  • Devem se submeter somente os doentes resistentes à medicação antiepiléptica.

Uma criança normal nasce com todos os neurônios de sua vida, aproximadamente, 100 bilhões de neurônios e 400gr de massa cinzenta, atingindo na fase adulta, aproximadamente, 1.200 kg. Até os 7 anos de idade os neurônios ainda não se ligaram a milhares de outros numa rede de cerca de 100 trilhões de conexões. Graças a trama (malha) de neurônios que o homem pensa, enxerga, ouve, aprende e emociona-se.Os únicos circuitos cerebrais que vieram prontos no nascimento são os responsáveis pelo controle de funções vitais como:

  • A temperatura corporal,
  • Os batimentos cardíacos,
  • e a respiração.

As outras são feitas com o passar dos anos.

Revista VEJA ano 36 - nº33 edição 1816
de 20 de Agosto de 2003

Reportagem: "Cirurgia retira metade do cérebro de bebê de 2 meses"

www.veja.com.br -

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Um novo estudo realizado pelos cientistas do Johns Hopkins Children's Center confirma os benefícios duradouros da hemisferectomia, uma intervenção cirúrgica dramática na qual metade do cérebro é removida para aliviar as convulsões graves freqüentes que as medicações não conseguem controlar. Eric Kossoff, principal autor do estudo e epileptologista pediátrico do Children's Center. "Está claro agora que a qualidade de vida das crianças com convulsões crônicas e graves melhora imensamente após a hemisferectomia," ele comenta.Embora as crianças com distúrbios causados pelo desenvolvimento cerebral (displasias) tenham 100% de chance de não terem mais convulsões após a cirurgia, mesma aquelas com convulsões persistentes depois da cirurgia têm uma redução no número de convulsões, disse Kossoff.Uma vez que o cérebro das crianças são "plásticos", se os cirurgiões removem a porção afetada do cérebro, a porção remanescente se apossa da maior parte das funções do lado retirado.

http://www.emedix.com.br/not2003/ 03out14neu-scb-convulsao.shtml


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Recuperação motora após hemisferectomia em animais de experimentação.


Um modelo para o estudo da plasticidade do Sistema Nervoso Central.


A hemisferectomia é um procedimento realizado em seres humanos para o tratamento de síndromes epilépticas refratárias à tratamento medicamentoso.

Permanece ainda obscuro, entretanto, o mecanismo de remodelação neural subseqüente à cirurgia, uma vez que há recuperação parcial da motricidade e sensibilidade, o que contraria as leis clássicas da neurologia. O objetivo do presente estudo foi localizar a representação do hemicorpo ipsolateral à hemisferectomia.

  • Método Utilizamos ratos Wistar pesando 250 g, submetidos à remoção do hemisfério cerebral direito, preservando-se o diencéfalo e as porções encefálicas mais caudais. Com matrizes de elétrodos posicionadas sobre o córtex estudamos eletrofisiologicamente o ratúnculo motor antes da hemisferectomia e após a recuperação motora.
  • Resultados: No mapeamento pós-recuperação, a estimulação de grupos neuronais que movem seus respectivos alvos movem também os alvos simétricos, originalmente aferentados pelo hemisfério excisado, ou seja, a área responsável pelo membro anterior esquerdo passa a controlar também o membro anterior direito, e assim sucessivamente.
  • Conclusão: Na remodelação cortical que acompanha a recuperação motora pós-hemisferectomia o ratúnculo motor remanescente passa a representar o removido.

http://www.usp.br/siicusp/10osiicusp/ cd_2002/ficha1097.htm


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Ver: Descorticação animal


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LINKS:


  • http://aolbusca.aol.com.br/ results.adp?query=hemisferectomia
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