- Médiuns
sérios: os que unicamente para o bem se servem de suas faculdades e
para fins verdadeiramente úteis. Acreditam profaná-las, utilizando-se
delas para satisfação de curiosos e de indiferentes, ou para futilidades.
- Médiuns
modestos: os que nenhum reclamo fazem das comunicações que recebem,
por mais belas que sejam. Consideram-se estranhos a elas e não se julgam ao
abrigo das mistificações. Longe de evitarem as opiniões desinteressadas,
solicitam-nas.
- Médiuns
devotados: os que compreendem que o verdadeiro médium tem uma missão a
cumprir e deve, quando necessário, sacrificar gostos, hábitos, prazeres,
tempo e mesmo interesses materiais ao bem dos outros.
- Médiuns
seguros: os que, além da facilidade de execução, merecem toda a
confiança, pelo próprio caráter, pela natureza elevada dos Espíritos que
os assistem; os que, portanto, menos expostos se acham a ser iludidos.
Veremos mais tarde que esta segurança de modo algum depende dos nomes mais
ou menos respeitáveis com que os Espíritos se manifestem.
"É incontestável, bem o sentis, que, epilogando
assim as qualidades e os defeitos dos médiuns, isto suscitará
contrariedades e até a animosidade de alguns; mas, que importa? A
mediunidade se espalha cada vez mais e o médium que levasse a mal estas
reflexões, apenas uma coisa provaria: que não é bom médium, isto é,
que tem a assisti-lo Espíritos maus. Ao demais, como já eu disse, tudo
isto será passageiro e os maus médiuns, os que abusam, ou usam mal de
suas faculdades, experimentarão tristes conseqüências, conforme já
se tem dado com alguns. Aprenderão à sua custa o que resulta de
aplicarem, no interesse de suas paixões terrenas, um dom que Deus lhes
outorgara unicamente para o adiantamento moral deles. Se os não
puderdes reconduzir ao bom caminho, lamentai-os, porquanto, posso
dizê-lo, Deus os reprova." -(ERASTO.) |
"Este quadro é de grande importância, não si para
os médiuns sinceros que, lendo-o, procurarem de boa-fé preservar-se
dos escolhos a que estão expostos, mas também para todos os que se
servem dos médiuns, porque lhes dará a medida do que podem
racionalmente esperar. Ele deverá estar constantemente sob as vistas de
todo aquele que se ocupa de manifestações, do mesmo modo que a escala
espírita, a que serve de complemento. Esses dois quadros reúnem todos
os princípios da Doutrina e contribuirão, mais do que o supondes, para
trazer o Espiritismo ao verdadeiro caminho." (SÓCRATES.) |
[17b - página 242 item 197]
O bom médium, portanto, é aquele que
transmite tão fielmente quanto possível o pensamento do comunicante,
interferindo o mínimo que possa no que este tem a dizer. |